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Estado de Minas

Coluna Baptista Chagas de Almeida


postado em 23/11/2016 12:00 / atualizado em 23/11/2016 08:04

(foto: Arte/Soraia Piva)
(foto: Arte/Soraia Piva)

Uma lista tão grande que dói até comentar

Geddel, Delcídio, Lula, Cabral estão nas manchetes das páginas de política da edição de ontem do Estado de Minas. Para registro, vamos na ordem: Geddel Vieira Lima, ainda ministro da Secretaria de Governo. Delcídio do Amaral, ex-líder do governo Dilma no Senado, que dispensa maiores apresentações, tanto tempo já faz que está preso por conta da Operação da Lava-Jato, da Polícia Federal em conjunto com o Ministério Público Federal (MPF).

É preciso continuar. Vamos lá: Luiz Inácio Lula da Silva (PT), acusado na mesma matéria que se refere a Delcídio de saber do esquema de corrupção na Petrobras para favorecer partidos da base aliada. Embaixo dela, o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (PMDB) contesta acusações de delatores de pagamento de propina em porcentagens do custo de obras feitas por empreiteiras durante a sua gestão. Nem precisa fazer as contas. A Polícia Federal já fez. Encontrou contas da sua mulher, Adriana Ancelmo, com R$ 11 milhões de saldo. Vale registrar que inclui também as contas de sua empresa de advocacia.

Faltou alguém? Ah! Tem também outro ex-governador do Rio. É Anthony Garotinho (PR), que foi preso, mas passou por um hospital particular, depois de um cateterismo e a colocação de stent em uma artéria, e agora está em prisão domiciliar. Ele nega as acusações.

Quanto será que custou aos cofres públicos o que os citados acima “desviaram”, para tucanar o “roubaram”? Nem tudo foi descoberto e deve ter muita mais gente que anda preocupada com as investigações da Polícia Federal país afora.

Por falar em contas, melhor passar para as contas públicas, que também não trazem boas notícias. É o próprio presidente Michel Temer (PMDB) quem explica: “No Brasil que nós encontramos, não havia apenas um déficit fiscal. Havia também, lamento dizer, um certo déficit de verdade, e não é possível continuar assim. A gigantesca crise que enfrentamos é, em parte, produto de tentativas de disfarçar a verdade”.

Se sinceridade pouca não é bobagem, vale mais um registro da fala de Temer: “Encarar a verdade muitas vezes é difícil. Mas, se você não encará-la, você irá ludibriar aqueles a quem nós servimos”. É mesmo melhor encarar a verdade.

Dói no bolso vazio do desempregado e dói ainda mais a despensa vazia para alimentar corretamente os filhos. Dói naqueles que passam a noite na fila do hospital, sentindo as dores de uma infecção. Dói ver essa situação, tantos são os exemplos que nem precisa falar deles.

Ó nós aqui “travez”
Quando todo mundo pensava que eles tinham ido embora, mas olha eles de novo na Assembleia Legislativa (ALMG). Integrantes do MST voltaram com bandeiras amarradas em enormes pedaços de madeira e ficaram de prontidão na portaria principal da Casa, enquanto outros se espalhavam pelo hall das bandeiras e galerias. Dessa vez, a turma de vermelho trouxe reforço: um enorme grupo de membros da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), identificados pelos bonés verdes e que tomaram as galerias. Vieram do Norte de Minas, de Bocaiúva. Ficaram em silêncio muito tempo e ensaiaram umas palmas e gritos quando o deputado Paulo Guedes (PT) foi ao microfone tentar explicar o bem que o então presidente Lula fez para o Brasil. A mesma ladainha de sempre. Não convenceu.

Aluno malcriado
O decoro anda em falta na Assembleia Legislativa, pelo menos para o parlamentar Sargento Rodrigues (PDT). Semana passada, em discurso sobre a autorização do Superior Tribunal de Justiça (STJ) do processo sobre o governador Fernando Pimentel (PT), faltou pouco para ele não agredir um próprio colega. O deputado chegou a descer da tribuna e só não consumou a agressão porque a turma do “deixa disso” foi rápida e impediu. E de quebra sobre o decoro, o pedetista ainda exibiu um pé de alface, para chamar a atenção. Então, melhor mandá-lo de volta à escola. São as professoras que entendem de “chamar a atenção” de alunos malcriados.

Quem é Serzedello?
Está na agenda de hoje do presidente Michel Temer (PMDB): “Solenidade de Inauguração da Nova Sede do Instituto Serzedello Corrêa – TCU”. Bem, TCU quase todo mundo sabe, é a sigla do Tribunal de Contas da União. Mas quem é Serzedello Corrêa? Foi ministro de Agricultura, Interior, Justiça, deputado federal, governador do Paraná e prefeito, duas vezes, no Rio de Janeiro. Por que tudo isso? Foi ele quem idealizou e se empenhou para a criação dos tribunais de contas, país afora, diga-se de passagem. Na época, ministro da Fazenda, sabia fazer as contas da importância de ter um tribunal para tomar conta dos governantes.

Os famosos quem?
“Transição de Governo.” É o título. Assim mesmo, em negrito e em letras garrafais. Agora o texto: “Nesta terça-feira (22) todos os relatórios de gestão, de todas as secretarias e órgãos da administração direta e indireta, foram enviados à equipe de transição do prefeito eleito. Neles estão contidas todas as informações da Administração Municipal nos últimos 4 anos”. É repetição, é sempre assim, “prefeito eleito”, no caso, Odelmo Leão (PP), de Uberlândia. E, dessa vez, o e-mail nem veio assinado pelo atual prefeito, Gilmar Machado (PT). Só traz: “informa a Secretaria Municipal de Comunicação Social”.

PINGAFOGO

Em tempo: sobre a nota “Release poético” em relação à Ascom (Assessoria de Comunicação do TRE-MG) “a sigla de quem informa, no e-mail, não é informado” é de propósito.

Do autor dessas mal escritas linhas. Não rima, mas informa e não é informado... Ai, dói nos ouvidos.

Mais um tempo: já que falamos da sucessão em Uberlândia, está uma briga danada por lá. Tanto que já foi parar na Justiça. É o prefeito eleito processando o prefeito que está no cargo até dezembro. Ihh! Também não dei os nomes.

No título, tucanaram: “Parecer sobre importação de papel-moeda sem licitação pode ser votado nesta quarta”. É que foi adiada para hoje a votação da medida provisória (MP) que trata da importação de material para fazer cédulas e moedas pelo Banco Central.

O relator é o deputado Leonardo Quintão (PMDB-MG) e o parecer já foi apresentado ontem mesmo. Quintão fez algumas mudanças, mas com o objetivo de tornar mais claras as regras sobre a permissão de importar.

 


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