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Estado de Minas

Coluna Baptista Chagas de Almeida


postado em 15/11/2016 12:00

(foto: Arte/Soraia Piva)
(foto: Arte/Soraia Piva)

Se na política fosse assim, seria Massa

Nunca antes na história do automobilismo mundial, parafraseando a famosa frase de um ex-presidente, houve despedida como esta. “Eu nunca esperei uma coisa assim na minha vida. Acho que não mereço tudo isso. Por isso, o mínimo que posso dizer é obrigado. Nunca vou esquecer este dia”. É frase de Felipe Massa, que faz em Abu Dhabi a sua última corrida, mas a despedida, como não poderia deixar de ser, foi em Interlagos, São Paulo, Brasil.

Uai, a coluna agora é de esporte? Não, é de política, diante da lição para a classe política, pena que eles pensam mais em liberar suas emendas para fazer média com as bases e pavimentar eventual reeleição do que saber reconhecer como Massa: “Deus sabe o que faz. Eu estava caminhando e a reação do público foi incrível. E não só dos fãs, mas de todos na F1. Todos vieram me cumprimentar”.

“É impossível descrever todos esses sentimentos. Eu nunca esperei uma coisa assim na minha vida.” Por isso é preciso lamentar, se Massa nunca esperou uma coisa assim em sua vida, os brasileiros gostariam de dizer o mesmo, acreditar que os políticos poderiam ter um comportamento capaz de melhorar suas vidas, de dar atenção aos desempregados, de combater a pobreza. Mas não, nunca fazem “uma coisa assim” em suas vidas. No Parlamento ou nos executivos, da União aos estados e municípios.

O presidente Michel Temer (PMDB), quem sabe, se cumprir a promessa de não disputar a reeleição, consiga descer a rampa do Planalto com todas as escuderias, ops, comandantes de todos os partidos perfilados, depois de aprovar as reformas que o país precisa, do teto salarial – para todos os poderes, bem entendido – “dos gastos públicos ao novo marco regulatório do pré-sal e à nova Lei das Estatais”.

Só que no meio do caminho tinha o detalhe automobilístico que cabe como luva na política. Felipe Massa, motivo do acidente, pela ânsia de chegar ao pódio, largou no 13º lugar do grid”. Décimo terceiro lugar no grid, 13 nas urnas, será que o PT vai entender a importância de um país unido em busca de dias melhores? Só se for por acidente de percurso, como aconteceu com Massa. Nada disso, no entanto, impediu a grande festa da torcida por ele. Um estádio inteiro unido, até os estrangeiros presentes. União que faz falta na política apesar da torcida dos brasileiros para que a saída da crise seja encontrada.

Onde estão?
Advogados de Eduardo Cunha, preso na Operação Lava-Jato, alegaram “dificuldade de localização” de duas testemunhas que seriam trocadas: Pedro Augusto Cortes Xavier, ex-gerente da Petrobras, e João Paulo Cunha (PT), ex-deputado e ex-presidente da Câmara. No lugar, foram escalados o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega e o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB), entre as pessoas a serem ouvidas. Detalhe: ainda falta combinar com o juiz Sérgio Moro da Operação Lava-Jato. Para fazer a troca, é preciso que ele autorize. Em tempo: o ex-presidente Lula (PT) e o presidente Temer (PMDB), que vai responder por escrito, continuam na lista.

No meio do...

...caminho tem a recessão, tem a recessão no meio do caminho. E olha que não foi um mineiro que comentou, só não vou contar que foi um paulista para não criar cizania. Ihh! Tarde demais. É sobre o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), que está prosa e pouco humilde por ser apontado como o grande responsável pela eleição de João Doria (PSDB) como prefeito. O próprio Doria em discurso, lançou Alckmin à Presidência da República. A questão é, com a crise que atinge estados, prefeituras sem contar o próprio governo federal, o tiro pode sair pela culatra. Doria terá imensas dificuldades e o mau desempenho vai respingar em quem? Nem precisa responder, né?

De fato pertinente

“Em complemento ao comentário sobre o Fundo Partidário (domingo, 13/11, no PingaFogo/Em Dia com a Política)”, destaca Waldemar Lopes Jr.: “Prezado jornalista Baptista Chagas de Almeida, já ficamos livres do dinheiro das empresas e o ideal é que não existisse qualquer dinheiro público financiando organizações partidárias (que cada partido conquiste votos e recursos dos seus simpatizantes). É claro que é mínima a probabilidade de se chegar a este ideal. Mas a atual regra de partilha do dinheiro público precisa ser corrigida logo”. E tece outros longos argumentos pertinentes.

O samba de Noel
O positivismo ficou de tal forma conhecido no Brasil que o prenome de Comte foi aportuguesado para Augusto e a corrente filosófica tornou-se tema de um samba de Noel Rosa e Orestes Barbosa. A canção intitulada Positivismo, lançada em 1933, termina com os versos: “O amor vem por princípio, a ordem por base/O progresso é que deve vir por fim/Desprezaste esta lei de Augusto Comte/E foste ser feliz longe de mim”. A informação vem da Secretaria de Educação do Paraná, na seção “Dia a dia Educação”, toda estilizada e sem o “da” educação. E ainda: Fonte: Revista Nova Escola.

Indigestão na certa

Às 10h, a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia. Às 16h, o presidente Michel Temer (PMDB), no Palácio do Planalto. Ambos os encontros fora do horário de almoço. O que faz todo sentido. Para não dar indigestão, bem-entendido. É que no cardápio dos senadores, tanto com a presidente do Supremo quanto com o presidente da República, estão previstas “audiências da Comissão Extrateto”. Tomara que a indigestão não tenha como sobremesa aumento de impostos. Torcida pouca é bobagem, juízes e promotores já mandaram o recado. Sempre vou repetir, vai continuar tendo salário de R$ 100 mil?

PINGAFOGO


Em tempo: faltou incluir que os encontros com Cármen Lúcia e Michel Temer da Comissão Extrateto serão amanhã, depois de proclamar a República, vão proclamar os bolsos cheios da grana, do seu, do meu, do nosso dinheirinho dos impostos.

É previsão do tempo: estava ontem no site em.com.br: “Chuva deve continuar em Belo Horizonte ao menos até quarta-feira. O tempo deve continuar instável no interior de Minas Gerais também”. Como é amanhã, na volta ao trabalho do Congresso, a previsão é a mesma: tempo instável para o governo.

Mais um em tempo, porque é antiga a expressão, gíria na verdade, na época: “Massa”. Mas os dicionários registram no sentido figurado como usado no abre da coluna: “[Gíria] Excessivamente bom: este filme é muito massa”.

Agenda de ontem na Câmara dos Deputados: “PLENÁRIO – Sessão não Deliberativa de Debates em 14/11/2016 às 14h – E N C E R R A D A (C O M U N I C A D O). 55ª Legislatura - 2ª Sessão Legislativa Ordinária”.

Comunicado, entre parênteses, que raios de “comunicado” é este? É que ninguém sabe, ninguém viu, ninguém no plenário. Tanto que a própria Câmara dá o horário de início. Acabou quando: ai, de novo! Ninguém sabe, ninguém viu. Não tinha relógio, nem de pulso, muito menos de parede.


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