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Estado de Minas

Coluna do Baptista Chagas de Almeida


postado em 30/09/2016 12:00 / atualizado em 30/09/2016 08:00

(foto: Arte/Soraia Piva)
(foto: Arte/Soraia Piva)

Ainda bem que para escrever é no assento

Eu não apoio este apoio. Melhor dizendo, aliás, melhor escrevendo. E você? Apoia ou não apoia essa mudança que já está em vigor?  É verdade, mas não dá para ignorar, ou melhor, apoiar a mudança do Acordo Ortográfico que tirou o acento do verbo, que diferenciava o substantivo. Ainda mais com a desculpa oficial, já que é da própria Agência Brasil a justificativa: “No caso de ‘apóio’, o leitor deverá compreender o contexto em que se insere – em “Eu apoio o candidato Fulano”, leia-se “eu apóio”. Já mesa de apoio não precisa do circunflexo para a pronúncia “apôio”.

Então, a coluna apoia, desde que com apoio dos professores e demais educadores, que se faça uma assembleia para acabar com esta paranoia. Assembleia, vá lá. “Paranôia”, me poupe, é paranoico (Oh! Faltou o acento para a pronúncia sem acento, “fala-se” agora paranôico?). Em tempo: é comentário já feito na coluna, mas não dá para resistir com tanta insistência. Com a palavra o Ministerio da Educação. Atenção revisão, a falta do acento em ministério é de propósito. A regra do acento é paroxítona terminada em ditongo crescente obrigatoriamente acentuada.

Mais um tempo: o próprio site do Ministério da Educação acentua o seu próprio nome. Aliás, tem até livro com o título na capa que diz: “A nova ortografia sem mistério”. A mudança veio com o Novo Acordo Ortográfico, obrigatório desde 1º de janeiro deste ano, que introduziu uma mudança na acentuação tanto no Brasil quanto em Portugal. Oh! Obrigatório mantém o acento. Também, já imaginou pronunciar obrigatório, sem acento? Viraria obrigatorio. Eu rio (não de água, mas do verbo), ou melhor, riria.

É que o Brasil adotou a mudança para unificar a escrita com os demais importantíssimos países de língua portuguesa. Tirando Portugal, para ser justo, são: Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste. Sem comentário e sem preconceito. Oh! De novo. Comentário ainda é acentuado? Resposta rápida: é, com acento. Ainda...

Estou assentado em frente do computador para fazer este texto. Ainda bem que é com dois SS, sem polêmica (Polêmica: proparoxítona obrigatoriamente acentuada).

Polêmica pouca...
“No mínimo, bizarra.” Começou assim, mas continuou dizendo que não passaria “na prova dos 9 do jardim de infância do direito constitucional”. Quem pegou pesado, preste atenção, foi o próprio presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes. Tudo bem que depois ele até tentou aliviar, mas já era tarde demais: “Acho que o único tropeço que houve foi aquele do fatiamento, o DVS da própria Constituição, no qual teve contribuição decisiva o presidente do Supremo”. Em tempo: DVS é a sigla de destaque para votação em separado, em que o texto vem primeiro e depois os destaques apresentados pelo plenário.

...é bobagem
Gilmar Mendes se referia ao ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski, que pôs a culpa da atual crise no país na própria Constituição por causa do presidencialismo de coalizão. “Deu no que deu. Nesse impeachment a que todos assistiram e devem ter a sua opinião sobre ele. Mas encerra exatamente um ciclo, daqueles aos quais eu me referia, a cada 25, 30 anos no Brasil, nós temos um tropeço na nossa democracia. É lamentável. Quem sabe vocês, jovens, consigam mudar o rumo da história.” O comentário de Gilmar foi ontem, o de Lewandowski em aula na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), onde leciona teoria do Estado. É claro, se referindo à ex-presidente Dilma.

"Convenhamos que quem está governando é o vice-presidente do PT, que ganhou a eleição passada. Independentemente de quem tenha convocado para o gabinete, é uma continuidade”

O presidente da Argentina, Mauricio Macri, assumidamente de direita, anda precisando de informações de seu gabinete. Michel Temer, “vice-presidente do PT”? Me poupe. Em tempo: segunda-feira, Temer, do PMDB, diga-se de passagem, tem encontro marcado com Macri em Buenos Aires.

Bases neoliberais
“Registre-se, por último, que o governo tem forte compromisso com essa agenda e quem vai votá-la é um Congresso cuja composição pode ser classificada como liberal, do ponto de vista econômico; conservador, do ponto de vista social; e atrasado em relação ao meio ambiente e aos direitos humanos.” A frase é do jornalista, analista político e diretor de Documentação do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) Antônio Augusto de Queiroz. Será que tem mais? Tem. Ele destaca que “o governo dispõe de uma base parlamentar ampla, coesa e identificada com reformas e ajustes em bases neoliberais”. Se alguém encontrar artigo do Diap que não fale em neoliberalismo a coluna se redime e publica pedido de desculpas.

Como assim?
Causou estranheza a ação do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e do Ministério Público do Trabalho (MPT) contra a Samarco pedindo na Justiça a readmissão de todos os funcionários que aderiram ao Plano de Demissão Voluntária. Para advogados do setor de mineração, trata-se de litigância de má-fé. Representantes do segmento apontam que, ao mesmo tempo em que o MPMG impede a empresa de retomar as operações, pede que continue pagando tributos como se estivesse operando normalmente e quer a volta dos empregados, algo impossível de ser conciliado. Destacam também que existe um Termo de Ajustamento de Conduta assinado com o MPT, que dá aval ao plano de desligamento anunciado em junho.

PINGAFOGO

“Salário mínimo menor e ajuste fiscal maior.” As aspas são porque a sugestão foi da presidente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde. É, e foi em documento por escrito, para ficar na história. Melhor se ficasse calada, ops, largasse a caneta.

Cá entre nós, senhora Lagarde. Vai dar pitaco assim lá na China. Ah! Lá você não tem coragem. O comércio com os chineses, do tamanho que é, não deixa. Não é mesmo?

Atenção empresários, vai uma palestra aí? Deve estar baratinha, baratinha, uma verdadeira liquidação de primavera. Basta contratar a LILS, uma empresa especializada em palestras.

Estou falando do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (LILS), que tem suas palestras investigadas pelo juiz Sérgio Moro, da Operação Lava-Jato. É que o movimento de dinheiro da LILS está sendo rastreado.

Os advogados do ex-presidente Lula, Cristiano Zanin Martins e Roberto Teixeira, divulgaram nota para contestar uma reportagem e alegam que ela quer “influenciar indevidamente no julgamento de recurso que ainda será interposto”.

 


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