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Estado de Minas

Debate da TV Alterosa é marcado por críticas à atual gestão e ao segundo colocado

Durante quase duas horas, oito candidatos debateram entre si e responderam perguntas de internautas e jornalistas


postado em 28/09/2016 00:46 / atualizado em 28/09/2016 09:48

(foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press )
(foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press )

Críticas à atual gestão na Prefeitura de Belo Horizonte e ao segundo colocando nas pesquisas, Alexandre Kalil (PHS), marcaram o debate promovido pela TV Alterosa na noite dessa terça-feira. Pela primeira vez, o deputado estadual João Leite (PSDB), que está em primeiro lugar nos levantamentos, confrontou Kalil, porém de forma indireta. Durante quase duas horas, oito candidatos debateram entre si e responderam perguntas de internautas e jornalistas. Os candidatos também apresentaram propostas sobre educação, mobilidade, meio ambiente e saúde. Já nas apresentações iniciais, os candidatos começaram demarcando bem suas posições.


O vice-prefeito Délio Malheiros (PSD) disse que a administração do prefeito Marcio Lacerda (PSB) é voltada para as pessoas. Afirmou ainda que, apesar de as pesquisas apontarem dois candidatos muito à frente dos demais, a realidade é outra. "Queria deixar essa reflexão. As eleições não estão decididas", disse. Luís Tibé (PTdoB) também ressaltou que a eleição será daqui a cinco dias e que cabe ao eleitor decidir quem vai administrar a cidade.

Kalil também usou as pesquisas para dizer que conseguiu chegar à segunda posição com apenas 20 segundos de programa de TV e isso porque foi às ruas conhecer o pobre. Foi a deixa para o deputado Sargento Rodrigues (PDT) alfinetá-lo, dizendo que nunca precisou de "peça de marqueteiro para conhecer a vida dos mais humildes”. As críticas à PBH ficaram por conta do candidato Rodrigo Pacheco (PMDB), que destacou problemas como desemprego, falta de saúde adequada e inclusão: "Proponho um pacto a todos para termos uma cidade melhor". Marcelo Álvaro Antônio (PR) também disse que a atual gestão ficou focada nas obras e esqueceu as pessoas.



No segundo bloco, os candidatos responderam perguntas de jornalistas do grupo Diários Associados sobre camelôs, mobilidade urbana, violência, educação e a infestação de carrapatos na Lagoa da Pampulha. Reginaldo Lopes (PT) criticou a política da atual gestão sobre os camelôs e prometeu um diálogo maior com eles."Temos hoje uma insensibilidade desse consórcio que administra BH, do PSDB com Lacerda. Esses trabalhadores estão sendo explorados, e é preciso uma política séria para discutir a situação desses trabalhadores", disse o petista.

Marcelo Álvaro Antônio também atacou a gestão de Lacerda ao falar sobre o risco de febre maculosa na Pampulha. “Infelizmente, a cidade vive um momento difícil, com um problema sério de negligência da atual administração", disse o candidato. O candidato João Leite (PSDB), foi questionado sobre a mobilidade urbana e prometeu uma integração entre os modais de transporte. "Precisamos fazer rotas dos ônibus entre os bairros, o que não foi feito com o Move", afirmou o tucano.

Alexandre Kalil (PHS) foi perguntado sobre como vai negociar verbas para BH caso eleito, porque diz que não é político. Kalil prometeu ir atrás de verbas e alfinetou os outros candidatos com trajetória política. "Não precisa de política para negociar verbas, precisamos de ir atrás de homens que podem resolver o problema. Se político resolvesse o problema, a cidade já teria tudo que eles prometem, mas não tem nada pronto", afirmou.

IPTU


O terceiro bloco, com as perguntas entre candidatos, esquentou o debate. A dívida de IPTU do ex-presidente do Atlético Alexandre Kalil entrou no debate, porém de forma menos direta que em ocasiões anteriores. Délio Malheiros usou sua pergunta para João Leite para dizer que tem uma proposta de que os que devem IPTU possam pagar prestando serviços ao município. Fez referência também à frase "Infelizmente, a cidade vive um momento difícil, com um problema sério de negligência da atual administração", disse o petista. "A experiência em gestão nos ensina a resolver os problemas. João Leite disse que é muito importante que as pessoas paguem seus impostos. "Tenho a alegria de pagar meus impostos em dia e contribuir com a cidade", afirmou.

Já Reginaldo Lopes e Alexandre Kalil usaram o embate para fazer críticas ã atual gestão. Lopes disse que a atual gestão privatizou a cidade com as parcerias público-privadas. O petista disse que, se eleito, dará um ponto final nisso e estabelecerá parcerias com as comunidades. Kalil perguntou como acabar com essa “praga” e, em seguida, disse que, em sua gestão, se alguém for acusado de corrupção ou suspeito, estará fora dos contratos e licitações da prefeitura. "O prefeito tem obrigação de suspender todas as licitações da Odebrecht, porque o dono está sendo acusado de corrupção", cobrou.

(foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press )
(foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press )


Sargento Rodrigues disse que pretende fazer auditoria nas empresa de transporte de BH e prometeu implantar o passe livre e reduzir o preço das passagens de ônibus. Marcelo Álvaro Antônio voltou a criticar a prefeitura, dizendo que, ao longo dos anos, a periferia foi deixada de lado. "O que a gente quer fazer é inverter essa realidade perversa".

Confronto direto


O primeiro confronto direto entre os candidatos ocorreu no quarto bloco, quando o candidato Sargento Rodrigues perguntou a Tibé o que ele pensava sobre a empresa de Kalil que foi à falência e sobre a dívida de IPTU do candidato. "A Justiça Federal inclusive condenou Kalil à prisão”. Kalil obteve direito de resposta e rebateu. "Entrei no Atlético devendo e saí do Atlético devendo. Tenho problemas sim. Aqui em BH ja venderam o partido, daqui a pouco vão vender ate a mãe. Vou resolver meus problemas porque tenho honra e não sou político, não vivo pendurado nas tetas do poder público", criticou.

Délio Malheiros defendeu a atual administração e citou obras em escolas municipais como exemplo de boa gestão do atual governo. "Criticar e destruir é fácil, mas sente-se na cadeira do prefeito. É preciso muito preparo para lidar com os problemas", afirmou, ressaltando o momento de crise econômica e queda na arrecadação.

No quinto bloco, os candidatos responderam questionamentos de internautas nas redes sociais. Indagado sobre educação, Malheiros aproveitou para falar das unidades de educação infantil da prefeitura (Umeis) e, mais uma vez, frisou: "Ao contrário do que muitos candidatos falam, BH tem muita coisa boa e que funciona bem. Precisamos melhorar", afirmou.

Marcelo Álvaro Antônio disse que falta vontade política, ao responder por que o Move não chegou ao Barreiro. Afirmou que vai criar um banco de contas da cidade para fiscalizar cada licitação e, com isso, economizar R$ 350 milhões por ano.

Sobre o excesso de multas de trânsito, Reginaldo Lopes disse que vai mudar o modelo da cidade, que hoje prioriza os veículos, para que os usuários da cidade sejam mais importantes. Já Rodrigo Pacheco afirmou que vai respeitar os motoboys e cuidar para que todas as profissões tenham transparência, formalidade e legalidade.

Kalil criticou a PBH ao falar sobre alagamentos e a colocação de placas de alerta em pontos de risco. “O que tem que fazer é prevenção responsável", afirmou. Tibé e Sargento Rodrigues responderam perguntas sobre os direitos dos animais. Tibé prometeu um hospital público veterinário e um sistema móvel de castração. Disse que a atual gestão não trata bem as pessoas, quanto mais os animais.

Sargento Rodrigues falou em separar os animais da área de alimentação do Mercado Central. João Leite disse que seu primeiro ato de governo será chamar os motoristas de Uber e táxi para conversar e resolver a situação na cidade. "O que não pode é ter violência", afirmou.


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