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Estado de Minas

Ex-ministro Guido Mantega é preso na 34ª fase da Lava-Jato

A prisão temporária do ex-ministro Guido Mantega ocorreu quando ele estava em um hospital acompanhando a mulher. Mantega foi retirado da sala de cirurgia


postado em 22/09/2016 07:13 / atualizado em 22/09/2016 11:22

Guido Mantega foi ministro da Fazenda durante os governos dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff(foto: Antônio Cruz/Agência Brasil )
Guido Mantega foi ministro da Fazenda durante os governos dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff (foto: Antônio Cruz/Agência Brasil )

O ex-ministro da Fazenda Guido Mantega foi preso nesta quinta-feira-feira, em São Paulo, na 34ª fase da Operação Lava-Jato. A prisão é temporária, ou seja, tem prazo de até cinco dias. Na operação de hoje estão sendo cumpridos 33 mandados de busca e apreensão, oito de prisão temporária e oito de condução coercitiva em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Bahia e no Distrito Federal.

A ação de hoje da Polícia Federal foi batizada de Operação Arquivo X, que investiga fraude na Petrobras de processo licitatório, corrupção de agentes públicos e repasses de recursos a agentes e partidos políticos.

Mantega foi preso no hospital Albert Einstein, no Morumbi, Zona Sul de São Paulo, onde acompanhava a mulher, internada para uma cirurgia. A prisão ocoreu enquantoe le estava no centro cirúrgico.

O ex-ministro já havia sido conduzido coercitivamente pela Operação Zelotes - que investiga venda de decisões do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), órgão ligado ao Ministério da Fazenda.

Aproximadamente 180 policiais federais e 30 auditores fiscais estão cumprindo as ordens judiciais. A atual fase investiga fatos relacionados à contratação pela Petrobras de empresas para a construção de duas plataformas (P-67 e P70) usadas para a exploração de petróleo na camada do pré-sal, as chamadas Floating Storage Offloanding (FSPO´s).

Fraude


Nesta nova fase da Lava-Jato, policiais federais investigam fraude do processo licitatório, corrupção de agentes públicos e repasses de recursos a agentes e partidos políticos responsáveis pelas indicações de cargos importantes na Petrobras.

De acordo com a Polícia Federal, empresas se associaram na forma de consórcio para obter os contratos de construção das duas plataformas. Ainda conforme a PF, as empresas consorciadas não tinham experiência, estrutura ou preparo para a obra.

Dívidas de campanha


Os policiais  federais responsáveos por esta etapa da Lava-Jato afirmam que durante 2012 o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega teria atuado diretamente junto ao comando de uma das empresas para negociar o repasse de recursos para pagamentos de dívidas de campanha do PT. Estes valores teriam como destino pessoas já investigadas na operação e que atuavam no marketing e propaganda de campanhas políticas de petistas.

São apuradas as práticas, dentre outros crimes, de corrupção, fraude em licitações, associação criminosa e lavagem de dinheiro.

A Polícia Federal não informou quais partidos, além do PT, também estão envolvidos na operação de hoje.

Está marcada para esta quinta-feira, às 10 horas, uma coletiva à imprensa para detalhar esta nova fase da Lava-Jato

Nome da Operação


O nome “Arquivo X” dado à investigação policial é uma referência a um dos grupos empresarias investigados e que tem como marca a colocação e repetição do “X” nos nomes das pessoas jurídicas integrantes do seu conglomerado empresarial.

Nos casos dos investigados para os quais foram expedidos mandados de condução coercitiva, eles estão sendo levados às sedes da Polícia Federal nas respectivas cidades onde foram localizados. Os investigados serão liberados após serem ouvidos.

Os investigados com prisão cautelar decretada serão levados à sede da Polícia Federal em Curitiba, no Paraná, onde ficarão à disposição das autoridades responsáveis pela investigação.

Em Minas

 

O diretor de Negócios Industriais da Mendes Júnior, Ruben Costa Val, foi preso pela Polícia Federal na manhã desta quinta-feira, em Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, dentro da 34ª fase da Operação Lava-Jato. O diretor de Engenharia da construtora, Victorio Duque Semionato (foto acima), foi levado de Rio Acima, também na Grande BH, para prestar depoimento por mandado de condução coercitiva. De acodo com a Polícia Federal, ainda há mandados de busca e apreensão em BH e em Juiz de Fora, na Zona da Mata.


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