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Estado de Minas

Dilma 'desmontou o golpe', diz Lindbergh

Para o senador Lindbergh Farias (PT-RJ), a sessão de hoje foi "um massacre" contra o impeachment e Dilma "desmontou o golpe" com as suas falas. "Saio daqui com a alma lavada", declarou.


postado em 30/08/2016 06:00 / atualizado em 30/08/2016 08:39

No final do interrogatório da presidente afastada Dilma Rousseff, na noite de ontem, a petista agradeceu aos parlamentares e foi aplaudida de pé por aliados. Ao final de sua fala, o plenário estava mais esvaziado e havia poucos governistas presentes no Senado. Defensores da petista ecoaram cantos como "Dilma, guerreira da pátria brasileira".

Alguns convidados da acusação que assistiam à cena, em sua maioria representantes de movimentos sociais, reagiram com vaias e gritaram palavras como "golpistas", porém o ato não diminuiu a animação da oposição, que avaliou o interrogatório como muito positivo para Dilma.

Para o senador Lindbergh Farias (PT-RJ), a sessão de hoje foi "um massacre" contra o impeachment e Dilma "desmontou o golpe" com as suas falas. "Saio daqui com a alma lavada", declarou. Segundo ele, os aliados da presidente ainda estão conversando com parlamentares para tentar reverter votos.

"A gente ainda não jogou a toalha, sabemos que é difícil e que todos estão conversando com os dois lados, mas o jogo ainda pode virar", disse Lindbergh. Ele afirmou que há um grupo de seis senadores que sinalizou que pode mudar de voto, porém eles só farão isso com a garantia de que todos votarão juntos.

Advogado da defesa, José Eduardo Cardozo considerou que Dilma se apresentou com a clareza de uma chefe de Estado acusada injustamente. "Dilma foi absolutamente correta nas declarações e não se furtou a responder nenhuma pergunta", disse.

Segundo Cardozo, não se pode afastar uma presidente por pretextos tão frágeis quanto os da acusação. "Se for uma situação de razoabilidade, o depoimento de Dilma altera todos os votos, mas há componentes que fogem à justiça, prova disso é que esse processo chegou até aqui. (...) Será uma pena o País sofrer essa violência."

O presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, anunciou que a sessão desta terça-feira, 31, começará às 10h. Já há cerca de 60 senadores inscritos para falar, por no máximo dez minutos. Além deles, defesa e acusação possuem, no total, até cinco horas para exposições. A expectativa é de que a votação final da denúncia ocorra na manhã da quarta-feira, 31.


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