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Estado de Minas

Disputa pela Prefeitura de SP envolve três dos maiores partidos país

Maiores partidos do país, PMDB, PT e PSDB medem forças para governar cidade mais populosa. Marta quer voltar à prefeitura, Haddad busca se reeleger e Dória tenta decolar candidatura


postado em 25/07/2016 06:00 / atualizado em 25/07/2016 07:24

Brasília – Maior cidade do país, a capital paulista é o alvo de cobiça dos três maiores partidos brasileiros: PMDB, PT e PSDB. Depois de muito tempo a reboque do PSDB e do PT, que oficializaram seus candidatos ontem, o PMDB filiou a ex-petista e ex-prefeita Marta Suplicy para tentar administrar São Paulo. A estratégia está dando certo. Marta está em segundo lugar, atrás apenas do candidato do PRB, Celso Russomano. O líder nas pesquisas de intenção de voto disse que “não está preocupado, está tranquilo” em relação ao julgamento do Supremo Tribunal Federal, previsto para agosto, de uma ação em que é réu por supostamente empregar recursos públicos da Câmara para pagar os salários de uma funcionária que atuava para sua produtora de TV. “Eu não tenho insegurança jurídica nenhuma. Assim como o meu caso existem outros 116 casos análogos e todos foram arquivados”, declarou Russomanno.

O PSDB tem cautela para divulgar os nomes dos pré-candidatos, afirmando que as convenções só serão concluídas em 5 de agosto. Mas o partido terá nomes fortes em São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Minas Gerais, além de buscar a reeleição em Manaus, Belém, Maceió e Teresina. Na capital paulista, os tucanos lançaram o nome do empresário João Dória, que consegue estar ainda pior do que Haddad na corrida eleitoral, aparecendo em quinto lugar. Para evitar o desgaste interno provocado pela escolha de um nome que não era do partido, o diretório municipal do PSDB decidiu formar uma chapa puro sangue, com o deputado Bruno Covas sendo vice. O evento que oficializou a candidatura não contou com a participação de tucanos históricos, mas teve o governador Geraldo Alckmin como protagonista. A ausência do chanceler José Serra, do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e do presidente nacional do partido, Aécio Neves (que enviou uma mensagem em vídeo), foi compensada pelo senador Aloysio Nunes, que fez campanha contra Doria nas prévias da legenda.

DESGASTE Afastado do poder federal pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff — cujo processo deve ser concluído no fim de agosto, pouco mais de um mês antes das eleições municipais de outubro — o PT realizou ontem a convenção na única capital que administra: São Paulo. Com a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que terá de provar ainda ser um cabo eleitoral forte, após os desgastes provocados pela Operação Lava-Jato, o partido ratifica a campanha à reeleição de Fernando Haddad, que aparece apenas em quarto lugar nas pesquisas eleitorais. Não é só a mudança de poder federal que provocará todo um rearranjo de forças políticas no país. Será a primeira eleição municipal sem financiamento privado de campanha e com um tempo reduzido de 90 para 45 dias de campanha. “Essa é uma realidade à qual temos que nos acostumar. Os candidatos estão orientados a encaixar as campanhas dentro das novas realidades financeiras”, afirmou o secretário-geral do PSDB, deputado Silvio Torres (SP).

Mesmo chamuscado pelas denúncias, Lula terá um papel ativo nas eleições. “Qual liderança política nacional tem o peso e o carisma de Lula?”, indagou o secretário de organização do PT, Florisvaldo Souza. “Ele já está viajando pelo país todo, preparando o discurso de nossa militância”, completou o dirigente petista. Esse discurso será centrado, basicamente, nas queixas quanto à postura de Michel Temer e do PMDB, mas também à necessidade de um resgaste do discurso social da esquerda.

“Esta possivelmente será a eleição mais difícil que a gente vai concorrer em São Paulo”, disse Lula, ontem, na convenção que oficializou a candidatura de Haddad na chapa formada pelo PT, PCdo B, PDT, PR e o Pros, fechado de última hora, tendo Gabriel Chalita como vice. Segundo Lula, a fórmula para conquistar a reeleição é a mesma usada há quatro anos: mostrar as qualidades de Haddad e investir no diálogo com a periferia. A diferença, para ele, é que este ano tanto Haddad quanto Chalita “são mais conhecidos que nota de R$ 2”. “O que não é conhecido são as maravilhas que ele fez pela cidade”, disse.

Por diversas vezes a frase “Fora, Temer” foi gritada pelo público e repetida por alguns oradores. Ausente do evento, a presidente afastada Dilma Rousseff disse a Haddad, por meio de carta, que “o Brasil golpista e o Brasil democrático estarão duelando na eleição de outubro em São Paulo”.


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