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Estado de Minas ENTREVISTA

'Eleitor vota em candidatos com pé no chão', afirma João Leite pré-candidato à PBH

Deputado diz que população não quer saber de promessas mirabolantes de 'super-homem'


postado em 24/07/2016 18:00 / atualizado em 24/07/2016 18:20

(foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press)
(foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press)

No sexto mandato como deputado estadual, João Leite (PSDB) quer usar sua experiência no Legislativo para comandar Belo Horizonte. Se eleito, promete trabalhar contra o que chamou de “abandono” das pessoas pelo poder público. Derrotado na disputa de 2000 para Célio de Castro (PT) e de 2004 para o hoje governador Fernando Pimentel (PT), desta vez o tucano pensa que será diferente: “Não existe mais o candidato super-homem”. Para conquistar o voto do eleitorado da capital, espera contar com a participação do senador Aécio Neves (PSDB) na campanha.

 

Por que o eleitor de Belo Horizonte deve votar no senhor?
Pela minha experiência, pela vida na cidade onde eu nasci. Passei boa parte da minha vida como parlamentar, como vereador, secretário municipal, secretário de Estado, sou deputado já no sexto mandato.

Qual é o principal problema hoje em Belo Horizonte e como o senhor fará para resolvê-lo?

O maior problema hoje é o sentimento de abandono das pessoas nos momentos mais críticos de suas vidas. São políticas que dependem efetivamente do Estado, e quando eu digo Estado, é município, estado, União, que é a educação, aquela vaga para o bebê, o atendimento na saúde, o momento mais grave da vida da pessoa, e a segurança. Quando a pessoa é vítima de um assalto, de um furto daquilo que é mais caro para ela, que vem amealhando a vida inteira trabalhando. O sentimento que eu tenho hoje em Belo Horizonte, no contato com as pessoas, é essa ausência de assistência. As pessoas se sentem de alguma forma abandonadas.

E como o senhor vai resolver esse problema?
Com a minha experiência de parlamentar, de contato direto com as pessoas, de ouvir pessoas, levar esse atendimento público para perto das pessoas, para elas se sentirem acolhidas e assistidas nesses momentos mais graves.

O senhor já foi candidato a prefeito em duas eleições e foi derrotado. O que o senhor vai tirar dessas experiências para evitar erros e ganhar a disputa deste ano?
Não considero que a gente teve erros. Nós tivemos a campanha que era possível fazer naquele momento. Na primeira campanha, em 2000, enfrentei o dr. Célio de Castro (que tentava a reeleição). Ele tinha a máquina na mão e nós tínhamos muito pouco coisa. Não tínhamos nem aliança. Nossa chapa era eu e o professor Elias Murad (ex-deputado federal pelo PSDB, já falecido). Ele ajudou muito pela história dele e ainda chegamos ao segundo turno. Foi uma chapa pão com pão, enfrentamos tudo sozinhos e perdemos por 5%. O tamanho que a campanha da gente tinha foi o possível. Depois veio a campanha de 2004 contra Fernando Pimentel (ele era vice de Célio de Castro e assumiu a prefeitura quando o prefeito se afastou por problemas de saúde, em 2001), e vendo o que eles tinham pra campanha, era impossível vencer. Tínhamos uma boa proposta para Belo Horizonte, inovadora para a cidade, mas não conseguimos êxito. Primeiro, porque ficou quase uma disputa de um lado contra o outro, e eles com muitos recursos. Em cada lugar que a gente chegava em Belo Horizonte, nenhum argumento que a gente pudesse usar mudaria o voto de qualquer líder da comunidade. Estavam todos já bem sabedores ems quem eles voltariam.

E o que mudou desde então? Por que agora será diferente?
O Pimentel e o PT não são mais aqueles. Aquela expectativa de Belo Horizonte, que eles teriam algo excepcional, não existe mais. O metrô não avançou em 13 anos de governo do PT, o tráfico internacional de drogas é o maior da história do Brasil, o contrabando de armas é o maior da história do Brasil. São todas políticas de segurança de responsabilidade do governo federal. O Anel Rodoviário, o rodoanel prometido não existe.

Mas o senhor está falando só do PT. O senhor vai enfrentar candidatos também de outros partidos, como o PMDB, PSD, PSB, PDT, PCdoB...
Eu estou dizendo o que mudou daquela época. Não existe mais o candidato super-homem. Existe hoje uma realidade e a população de Belo Horizonte conhece bem até pelas últimas votações. O eleitor tem votado em candidatos que têm o pé no chão, não fazem promessas mirabolantes.

Como vai ser a participação do senador Aécio Neves na campanha do senhor?
O senador tem um papel em nível nacional e nós temos candidatos em praticamente todas as capitais e grandes cidades brasileiras. Ele é o presidente nacional do PSDB. Eu tive muita alegria da vinda do senador Aécio Neves a Belo Horizonte apoiar a nossa candidatura, decidida pelo PSDB. E claro, dentro das possibilidades dele sempre será uma satisfação muito grande. Belo Horizonte vem historicamente reconhecendo o papel importante que o senador tem na vida dos belo-horizontinos. Mesmo com um prefeito de oposição a ele, investiu na cidade, depois com Marcio Lacerda fez grandes investimentos em Belo Horizonte, mudando a realidade da cidade, posso citar aqui o Vetor Norte, com a Cidade Administrativa, Linha Verde, duplicação da Pedro I, investimento na Lagoa da Pampulha.

Chegando ao segundo turno o senhor espera contar com o apoio de quem?

Com o apoio de todos. Pela experiência de vida, eu não quero contar ainda com nada. Falta um tempo para jogar, e será um jogo difícil, tem bons candidatos, pessoas que colocaram seus nomes em um momento muito grave da vida brasileira e que todos sabem que os municípios estão sofrendo muito pela falta de repasses de recursos, especialmente para a saúde. E todos tiveram a coragem de colocar seus nomes. Penso que vai ser uma boa disputa e espero que Belo Horizonte ganhe com boas propostas para a cidade.


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