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Estado de Minas

Apoio ao impeachment de Dilma provoca divórcio entre PT e PMDB nas eleições municipais

Em apenas uma capital entre oito onde havia a aliança, o acordo será mantido no pleito municipal deste ano. Em Belo Horizonte, o afastamento seria %u2018estratégico%u2019


postado em 29/05/2016 06:00 / atualizado em 29/05/2016 08:06

(foto: Elza Fiuza/Agencia Brasil )
(foto: Elza Fiuza/Agencia Brasil )

Rio – Das oito capitais onde houve aliança entre PT e PMDB em 2012, apenas uma delas, Aracaju (SE), deve repetir o acordo. O confronto em nível federal entre as duas legendas por causa do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) é uma das causas do divórcio, assim como a resolução do Diretório Nacional do PT que restringiu restringir alianças municipais com siglas favoráveis ao impedimento da petista. A determinação, no entanto, abre brechas para acordos pontuais.

Em Aracaju, por exemplo, a ação do governador Jackson Barreto (PMDB) contra o impeachment foi decisiva para a manutenção da aliança. O mais provável é que o PT apoie o peemedebista Zezinho Sobral. “Ficamos isolados do PMDB nacional, mas temos ligação antiga com o PT e participamos do movimento contra o impeachment desde o início”, disse o presidente do PMDB de Sergipe, João Augusto Gama. “Nossa relação com o governador é muito forte, ele teve posição muito definida a favor da presidente. É muito difícil não fazer aliança com o PMDB”, disse o presidente do PT-SE, Rogério Carvalho.

Em Belo Horizonte, Cuiabá, Goiânia, Maceió, Manaus, Rio de Janeiro e São Luís deve ocorrer o contrário. No Rio, o impeachment foi decisivo para a saída do PT da coligação em torno da candidatura do secretário municipal de Coordenação de Governo, Pedro Paulo Carvalho Teixeira (PMDB), escolhido pelo prefeito peemedebista Eduardo Paes. Os petistas devem apoiar a candidatura da deputada Jandira Feghali (PCdoB). A aliança PT-PMDB está garantida, no entanto, em Maricá e em negociações avançadas em Japeri e Queimados, municípios na Região Metropolitana do Rio.

‘Estratégia’ Na capital mineira, haverá um afastamento “estratégico” para as eleições de outubro sem configurar litígio entre as duas legendas, segundo a presidente do PT em Minas, Cida de Jesus. “Não tem crise entre PT e PMDB (em Minas). Em dezembro do ano passado, o PT de Belo Horizonte já havia decidido por candidatura própria. É uma questão de tática eleitoral. Eleições municipais sempre foram muito localizadas, não há essa questão de nacionalizar ou estadualizar”, disse.

Seis deputados do PMDB mineiro votaram a favor do impeachment, inclusive Mauro Lopes, que três dias antes da votação na Câmara era ministro da Secretaria de Aviação Civil de Dilma. Para Cida, “PT e PMDB em Minas têm um projeto construído em 2014. Por mais que a oposição queira, esse projeto não está abalado”.

Em Goiânia, apesar de ocupar a vice-prefeitura, o PMDB lançará candidato em oposição ao prefeito petista Paulo Garcia. Dirigentes locais dos partidos dizem que o afastamento ocorreu antes do impeachment. “Não há possibilidade de estarmos juntos agora. Mas não temos problemas com o PMDB aqui, vamos avançar (na candidatura própria) e quem sabe discutir aliança no 2.º turno”, afirmou o presidente do PT goiano, Ceser Donisete. Em duas cidades importantes, Aparecida de Goiânia e Anápolis, a aliança PMDB-PT deverá ser mantida.

Aliados em 2012, PT e PMDB planejam lançar candidaturas próprias em Maceió (AL). Em São Luís, Cuiabá e Manaus os partidos não repetirão a aliança das eleições passadas e lançarão candidatos ou estarão coligados a outros partidos.

Isolamento Principal partido de oposição ao governo Michel Temer, o PT ficará isolado no Congresso Nacional caso adote a estratégia de obstruir e se opor a todas as proposições enviadas pelo governo do presidente em exercício Michel Temer. Até então seus aliados mais fiéis, PDT e PCdo B – que seguiram ao lado dos petistas até o afastamento da presidente Dilma Rousseff – avisam que vão assumir postura diferente nas votações se o PT apostar na tática do “quanto pior melhor”.

Os dois partidos tentam se livrar da imagem de linha auxiliar dos petistas e dizem que elaboram uma estratégia própria de atuação. Na Câmara, a ideia do PDT é tentar se diferenciar de uma eventual oposição “a qualquer custo” do PT. `À frente de uma bancada de 20 parlamentares, o líder do partido na Casa, deputado Weverton Rocha (MA), defende que a legenda deve construir uma linha oposicionista “construtiva, e não irresponsável igual ao PT”. “Não é inteligente, por exemplo, o PT fazer obstrução a medidas provisórias que eles próprios editaram.”


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