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Estado de Minas

Além de Jucá, outros políticos como Lula e Dilma foram apanhados em gravação

Gravações recentes flagraram conversas de Lula, Dilma, Jaques Wagner, Delcídio e até Dona Marisa. Os áudios serão usados em investigação da PF


postado em 23/05/2016 09:58 / atualizado em 23/05/2016 10:44

O ministro do Planejamento, Romero Jucá (PMDB-RR) não é o primeiro político a “entregar” planos em gravações ocultas feitas na Operação Lava-Jato. Em outros áudios que chegaram às mãos da Polícia Federal, foram reveladas articulações para evitar delações premiadas e tentar ajudar na situação de investigados. Como o peemedebista, caíram nas escutas o ex-líder do governo Delcídio do Amaral, o ex-ministro da Educação, Aloízio Mercadante (PT-SP), e até mesmo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a presidente afastada Dilma Rousseff (PT).

O ex-senador Delcídio do Amaral acabou preso em novembro do ano passado por causa de uma gravação em que oferecia dinheiro à família do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró para que ele não fizesse delação premiada. Depois de sair da prisão, ele teve o mandato cassado pelo Senado Federal. No áudio, gravado por Bernardo Cerveró, filho de Nestor, Delcídio oferece até mesmo uma rota de fuga para o empresário escapar da punição na Operação Lava-Jato.

Outro petista que foi apanhado em gravação foi o ex-ministro da Educação Aloízio Mercadante. O assessor de Delcídio, José Eduardo Marzagão, gravou conversas com Mercadante na qual o então ministro oferece ajudar para livrar o ex-líder do governo da prisão e da perda do mandato. Na conversa divulgada em março, Mercadante diz que Delcídio não deveria fazer movimentos precipitados e afirma que “em política tudo pode”. Mercadante promete intervir junto ao presidente do Senado, Renan Calheiros, e afirma que pode conseguir moção do Senado ou uma liminar no Supremo Tribunal Federal a favor de Delcídio.

Lula e Dilma também foram expostos em gravações em março, assim que a presidente afastada anunciou que seu antecessor seria ministro. Nas conversas reveladas na Operação Lava-Jato, Dilma oferece o “termo de posse” ao petista e diz que ele deve usá-lo somente em caso de necessidade. Na interpretação dos investigadores da Lava-Jato, seria uma forma de Dilma interferir, livrando Lula de uma possível prisão preventiva, que havia sido pedida pelo Ministério Público de São Paulo.

Até a esposa de Lula, Dona Marisa Letícia, foi gravada em conversa com seu filho Fábio Luís. Nela, a ex-primeira-dama chama os adeptos dos panelaços de coxinhas e manda eles enfiarem o artefato “no c...”. Na gravação, o filho de Lula diz que a família está no olho do furacão e lhe perguntava se teve muito protesto.

Em uma outra conversa em março, o ex-ministro Jaques Wagner conversa com o presidente do PT, Rui Falcão, sobre a ida de Lula para o ministério. Falcão diz que o governo precisa tomar alguma iniciativa pois o pedido de prisão do companheiro está nas mãos de uma juíza da 4ª Vara de SP. A escuta reforçou a tese de que a nomeação de Lula era para impedir uma possível prisão.


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