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Estado de Minas

Coluna do Baptista Chagas de Almeida


postado em 12/02/2016 12:00 / atualizado em 12/02/2016 12:05

(foto: Arte/Soraia Piva)
(foto: Arte/Soraia Piva)

O Aedes aegypti e o drama de Lula

As queixas que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) faz em relação ao afastamento de sua pupila política, a presidente Dilma Rousseff (PT), pouco efeito estão surtindo. Muito antes pelo contrário. Dilma quer distância dos problemas de seu antecessor. E ainda deu sorte de encontrar uma agenda que consegue esconder bem a manobra. A decisão de ontem não mente.

Haverá uma grande mobilização dos ministros e da própria presidente para participar de eventos que tratem de ações para combater o mosquito Aedes aegypti, responsável pela transmissão do vírus da zika, da dengue e da febre chikungunya. E será grandioso. Dilma vai ao Rio de Janeiro. Os ministros vão se deslocar para 23 cidades de Norte a Sul do país.

E isso sem contar a participação das Forças Armadas, que sempre chamam a atenção e viram atração, especialmente para as crianças. O contingente mobilizado será de 220 mil militares, de acordo com informações do Ministério da Defesa.

E enquanto a presidente Dilma aproveita o mosquito em busca da popularidade perdida, o ex-presidente Lula já se queixa, abertamente, diga-se de passagem – de não ter apoio de sua criatura, exatamente no momento em que passa pelo seu pior momento na política, pior até que as prisões na época das greves dos metalúrgicos no ABC paulista. Mas é melhor não falar em prisões. Não são greves, são importantes operações da Polícia Federal (PF), a Lava-Jato e a Zelotes.

O silêncio ensurdecedor da presidente Dilma Rouseff (PT) em relação ao ex-presidente Lula, se baseia, pelo menos na versão que vaza do Palácio do Planalto, em sua estratégia de que não há nenhum sinal de seu envolvimento nas denúncias apuradas pela Polícia Federal. Então, é repetir a pergunta: por que se meter?

Guerra virtual
A disputa política extrapola o plenário e atinge as redes virtuais. Foi o que aconteceu, por exemplo, entre o deputado Afonso Florence (PT-BA) e o presidente da Fundação Ulysses Guimarães (PMDB), Moreira Franco, que bateram boca em blog. Tudo por causa do artigo de Florence “Uma ponte para o futuro”. Moreira Franco pegou pesado: “O líder do PT na Câmara enumera as conquistas econômicas e sociais obtidas por mais de 40 milhões de brasileiros na década passada, mas não explica que estão levando os brasileiros, nos últimos dois anos, a perder tudo o que conquistaram”.

Dura realidade
Moreira Franco sobe ainda mais o tom: “E passa ao largo do violento retorno da inflação e do desemprego. Assim, escamoteia duas desgraças que se abatem sobre todos nós, desconhecidas dos que hoje estão com até 35 anos. Estes, por não terem convivido com a inflação e com o desemprego não sabem se proteger. Terão que aprender nesse retrocesso ao passado”. Um diagnóstico deste não merece contestação. Infelizmente, é a dura realidade.

Golaço político
O senador Romário (PSB-RJ) não desiste, muito antes pelo contrário, ele insiste. Presidente da CPI do Futebol, o craque socialista quer ouvir os ex-presidentes da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) Ricardo Teixeira e José Maria Marin. No fim do ano passado, foi ouvido o atual presidente a CBF, Marco Polo del Nero. Romário, que não é de dar caneladas, ao contrário, foi vítima delas em campo, acredita que o relatório final do colegiado vá contribuir para melhorar o futebol nacional. Tomara que ele faça mesmo o golaço da moralização.

Os abnegados
Enquanto as casas legislativas pelo país afora estão praticamente paradas, o Senado, pelo menos, teve sessão em plenário. E com direito a discursos. Foram à tribuna: os senadores Dário Berger (PMDB-SC),  Cristovam Buarque (PDT-MG), Marcelo Crivella (PRB-RJ), Paulo Paim, ainda no (PT-RS), Rose de Freitas (PMDB-ES), Lindbergh Farias (PT-RJ), além de Antonio Anastasia (PSDB-MG). A ordem foi de inscrição feita pelos oradores, nenhum privilégio para ninguém. Os assuntos foram desde a Campanha da Fraternidade a pedidos de duplicação de estradas.

A vez do leitor
Sob o título “Triplex”, escreve Genaro Faria, especialista em descobrir pérolas nas redes sociais – e assuntos sérios também, antes que algum maldoso faça alguma crítica: “Construído apenas pelo dono, sem qualquer ajuda de empreiteira. Um abraço.”

PINGAFOGO

Esta é do vice-presidente Michel Temer (PMDB), em sua defesa no processo de impeachment na Justiça Eleitoral: “Não se pode demonizar doações legais”. Ah! Então há outras que são de fato demoníacas?

Integrantes da Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa estiveram no Aglomerado da Serra e voltaram com uma constatação, no mínimo, preocupante.

Os deputados estaduais ouviram que os moradores de lá não têm medo de bandidos e dos policiais. “Eles tem medo é do mosquito Aedes aegypt. É o Estado criando cativeiros do mosquito”, contou um deles. Que coisa, hein?

E o governo federal adia para o mês que vem o anúncio da tesourada que dará no Orçamento da União deste ano. O anúncio, veja bem. Começar a cortar, são outros quinhentos. Que tipo de ajuste fiscal será tão paciente assim?

Com o deputado Leonardo Picciani (PMDB-RJ), a presidente Dilma pode conseguir a volta da CPMF. Mas se o candidato de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Hugo Mota (PMDB-PB), ganhar, terá que rebolar para evitar uma derrota.

É, até na briga pelo maior escândalo do mundo, a Petrobras deu azar. Ficou em segundo lugar e ninguém gosta de ser vice. Perdeu para o ex-presidente ucraniano Viktor Yanukovich condenado por desvios milionários.

 

 


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