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Estado de Minas

Profissionais da segurança pública de Minas protestam contra escalonamento de salários

Praças e oficiais da Polícia Militar, do Corpo de Bombeiros e outros profissionais querem que os rendimentos seja pagos na íntegra


postado em 02/02/2016 15:34 / atualizado em 02/02/2016 17:24

(foto: Juliana Cipriani/EM/D.A Press )
(foto: Juliana Cipriani/EM/D.A Press )

O escalonamento do pagamento dos servidores de Minas Gerais segue causando insatisfação. Nesta terça-feira praças e oficiais da Polícia Militar, do Corpo de Bombeiros e outros profissionais da área da segurança pública fazem uma manifestação na Praça da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, Região Centro-Sul de Belo Horizonte. Centenas de policiais ocupam a ocupam a entrada da Casa. Com faixas, cartazes e palavras de ordem a categoria pretende pressionar o governador Fernando Pimentel (PT) para suspender a medida. De acordo com a Polícia Militar que acompanha o movimento são cerca de 500 manifestantes. O trânsito nas proximidades é bastante complicado.

Em comunicado para os associados, a Associação dos Oficiais da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais afirma que “não aceita os atrasos e parcelamentos dos salários” e faz outras reivindicações como a garantia de aposentadoria aos 30 anos de serviço, dos direitos previdências e ainda pede a recomposição das perdas salariais. Para o ato de hoje foram convocadas caravanas vindas do interior que, segundo a associação dos praças, estavam sendo bancadas “por entidades de classe e por parlamentares”.

Um dos mais exaltados no ato desta tarde, o coronel Alberto Luiz, ex-porta-voz oficial da Polícia Militar, lembrou a greve de 1997 e disse que se for preciso o movimento se repetirá. “O recado está dado. Não aceitamos atraso de salário, não aceitamos parcelamento. É um desrespeito à categoria. Antes eu estava do outro lado e não podia falar”, afirmou.

Representantes dos policiais se reuniram com o presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, deputado Adalclever Lopes (PMDB), a quem entregaram manifesto pedindo volta do pagamento no 5º dia útil.

Em janeiro o governo de Minas anunciou que 75% dos servidores, que somam 477 mil funcionários públicos do estado, que ganham até R$ 3 mil, receberiam os salários integralmente até o 5º dia útil a partir de fevereiro. Os outros 25% do funcionalismo teriam o pagamento escalonado. Ou seja, 100% dos servidores vão receber R$ 3 mil até o quinto dia útil e o restante do pagamento nas seguintes datas: para quem ganha até R$ 6 mil, a segunda parte será paga em 12 de fevereiro. Acima desse teto de R$ 6 mil, receberá em três vezes, nos dias 5,12 e 16 de fevereiro. A medida se estende ao salário de março, referente ao mês de fevereiro.

Apesar do protesto, o entendimento dentro do governo é que a medida de escalonar o pagamento pode ser ampliada. Nessa segunda-feira, o Secretário de estado de Casa Civil e de Relações Institucionais, Marco Antônio Rezende, afirmou que é muito difícil o estado voltar a pagar os salários dos servidores estaduais em dia no início de maio. “A tendência é manter o escalonamento”, afirmou. Segundo ele, os rendimentos de abril, pagos no mês seguinte, ainda devem seguir o parcelamento que começa a praticado no salário de janeiro, pago em fevereiro.

Ainda segundo Marco Antônio Rezende, o governo estadual espera que o pagamento escalonado seja a pior consequência da crise. Apesar disso, ele afirmou que, se necessário, outras medidas podem ser tomadas. “O que eu não posso é garantir que não teremos outra situação pior”, disse, mas não quis adiantar quais poderiam ser essas situações.

Em nota, o governo de Minas afirmou que tem adotado a política de “transparência e diálogo” com as entidades de sindicais. Sobre o escalonamento, a administração estadual destacou que a medida é em caráter “emergencial” diante do cenário de déficit orçamentário. “O governo vem adotando medidas austeras para reduzir os gastos públicos e estimular a arrecadação, a fim de superar as dificuldades financeiras que afetam todos os estados brasileiros e a União”, esclarece a nota.


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