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Estado de Minas

Representação contra Delcídio cabe aos partidos, diz Renan


postado em 01/12/2015 12:31 / atualizado em 01/12/2015 11:52

Brasília - O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse nesta terça-feira, 1, que cabe aos partidos políticos entrarem com uma representação por quebra de decoro parlamentar no Conselho de Ética contra o senador Delcídio Amaral (PT-MS). O petista está preso desde a quarta-feira da semana passada por ordem do Supremo Tribunal Federal sob a acusação de ter tentado obstruir as investigações da Operação Lava Jato.

"Os partidos que devem tomar providências que o façam. Essa tarefa não cabe ao presidente do Senado. Eu hoje vou conversar com todos, vou ouvir pontos de vista e recolher opiniões mas essa iniciativa cabe aos partidos e às bancadas", disse.

Partidos de oposição como o PSDB, o DEM e a Rede pressionaram para que Renan mandasse o caso de Delcídio diretamente para o Conselho sem a necessidade de uma representação movida pelos partidos. Contudo, diante da inércia do peemedebista, as legendas decidiram entrar com o pedido no colegiado hoje.

Para Renan, a iniciativa no Parlamento sempre coube aos partidos e, como as legendas já anunciaram que entrarão com a representação, não adianta a Presidência do Senado tomar uma iniciativa como essa.

Questionado sobre o fato de a oposição alegar que a Casa estaria se omitindo no caso do petista, ele respondeu. "Se os partidos não fizerem, é evidente que caberá à Mesa (Diretora do Senado, presidida por Renan) fazê-lo. Mas o mais recomendável é que os partidos façam, até porque eles estão dizendo que vão fazer isso", frisou.

O presidente do Congresso classificou a prisão de Delcídio - a primeira de um senador durante o exercício do mandato desde 1988 - como grave, relevante e que surpreendeu a todos. "O senador Delcídio tem com todos nós o melhor relacionamento, é um grande relações públicas e qualquer iniciativa vai partir das bancadas, dos partidos", disse.

Inquéritos

Com relação aos dois novos pedidos de abertura de inquérito contra ele pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, na Operação Lava Jato, Renan negou qualquer tipo de relação para além das "institucionais" com ninguém. "Com relação a mim, eu estou inteiramente à disposição para esclarecer qualquer fato", disse Renan, na chegada a seu gabinete.

"Nunca autorizei, nem consenti, nem permiti e nem permitiria que alguém falasse em meu nome em nenhum lugar", destacou o peemedebista.

Em um dos inquéritos, Janot quer investigar conjuntamente o senador Delcídio Amaral, Renan e e o senador Jader Barbalho (PMDB-PA). No segundo inquérito, o pedido é por apurações sobre Renan, Jader e o deputado Aníbal Gomes (PMDB-CE), apontado como um emissário do presidente do Senado. Os parlamentares devem ser investigados pelas práticas de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Essa é a quinta investigação na qual Renan é alvo na Lava Jato.

Cunha


Questionado se a eventual abertura de um processo por quebra de decoro contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), poderia atrapalhar o Congresso, Renan evitou responder diretamente e destacou que "o interesse do País tem que ser colocado acima de qualquer outro".

"É isso que deveremos priorizar, governo e oposição. Nesta hora temos que surpreender o interesse do Brasil com bom senso, com responsabilidade, com equilíbrio, pensando no bem do País. Temos que votar as matérias que sinalizarão com relação a 2016", disse Renan, na chegada a seu gabinete.

O Conselho de Ética da Câmara se reúne hoje à tarde para decidir se abre um processo contra Cunha por quebra de decoro, sob a alegação de ele ter mentido sobre a existência de contas no exterior supostamente abastecidas com recursos oriundos de desvios da Petrobras. Petistas têm sido pressionados a livrar Cunha para evitar que o presidente da Câmara aceite um pedido de abertura de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.


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