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Estado de Minas

Procuradoria afirma que André Esteves mentiu ao depor

O banqueiro André Esteves disse em depoimento após ser preso que não conversou com o senador Delcídio do Amaral (PT). O parlamentar, no entanto, confirmou o diálogo


postado em 30/11/2015 11:00 / atualizado em 30/11/2015 11:09

André Esteves é acusado de financiar a tentativa de compra do silêncio do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró.(foto: Marcos Ribeiro/Divulgação )
André Esteves é acusado de financiar a tentativa de compra do silêncio do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró. (foto: Marcos Ribeiro/Divulgação )

A Procuradoria-Geral da República afirma que o banqueiro André Esteves, do BTG Pactual, mentiu no depoimento que prestou após ser preso, na quarta-feira, 25, passada. Esteves negou conversa com o líder do governo no Senado, Delcídio do Amaral (PT-MS), sobre a delação do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró. No entanto, o senador confirmou o diálogo.

Para investigadores, a constatação de que Esteves "mentiu" permite à Justiça tirar conclusões sobre sua intenção de obstruir as investigações. Essas informações embasaram o pedido da Procuradoria para converter a prisão temporária em preventiva. O pedido foi aceito pelo ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal.

Esteves é acusado de financiar a tentativa de compra do silêncio de Cerveró. Os procuradores dizem que "é no mínimo plausível"que o banqueiro tenha atuado com Fernando Soares, o Fernando Baiano, outro delator do esquema na Petrobras.

Para procuradores, se Esteves estava disposto a financiar o silêncio e até a fuga de Cerveró, ele poderia também usar sua fortuna em benefício próprio. Eles dizem que, além do BTG, o banqueiro é dono de outras instituições financeiras no Brasil e no exterior, incluindo um banco na Suíça, o BSI, comprado pelo BTG Pactual.

"Não seriam suficientes medidas cautelares diversas da prisão preventiva", afirma o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, no documento em que pede a conversão da prisão. Para os investigadores, Esteves poderia interferir nas apurações mesmo em liberdade vigiada.

Assessor


Procuradores afirmam ainda que o chefe de gabinete de Delcídio do Amaral, Diogo Ferreira, também atuou para dificultar a delação premiada de Cerveró. A prisão de Ferreira também foi convertida em preventiva. No documento encaminhado ao Supremo, a Procuradoria descreve como, supostamente, o chefe de gabinete de Delcídio agiu para tentar impedir que Bernardo Cerveró, filho de Nestor Cerveró, gravasse a conversa com o senador petista.

"Ligou o televisor do quarto de hotel de Bernardo Cerveró, de quem não era amigo íntimo, aumentou o volume e postou-se de pé, de costas para os presentes, durante a reunião, para tentar funcionar como barreira física à gravação."


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