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Estado de Minas

Em acordo, Andrade Gutierrez pagará R$ 1 bi e confessa suborno

A intenção da empreiteira é evitar que a empresa seja impedida de contratar com o poder público


postado em 27/11/2015 15:07 / atualizado em 27/11/2015 19:46

A construtora Andrade Gutierrez acertou um acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República, de acordo com o Jornal Folha de S. Paulo. A empreiteira teria concordado em assumir o pagamento de propinas em diversas obras feitas para a Copa do Mundo, na Petrobras, em Angra 3. O pagamento para ter os contratos teria sido feito também para a usina de Belo Monte e ferrovia Norte-Sul. A empreiteira ainda pagará o maior valor de multa até o momento, cerca de R$ 1 bilhão.

No acordo teria ficado acertado benefícios para a empresa e seus executivos. A intenção da estratégia seria evitar a proibição de celebrar contratos com o poder público. Isso poderia ocorrer caso a construtora fosse considerada inidônea. Boa parte de seus contratos são com o governo.

Para que fosse fechado o acordo Otávio Azevedo, presidente da empreiteira, concordou em confessar crimes que vinham sendo negados por ele e o valor da multa. A penalidade financeira será usada para ressarcir outras empresas que acabaram sendo lesadas por causa do acerto de cartel nas obras publicas.

Entre as obras em que o sistema de cartel foi operalizado está na reforma do estádio Mané Garrincha, em Brasília, Maracanã, no Rio de Janeiro. Além do Beira-Rio, em Porto Alegre e Arena Amazonas, em Manaus.

As negociações do empresário com a força-tarefa do Ministério Público Federal se prolongam há cerca de dois meses. Otávio Azevedo vai citar os nomes de ‘autoridades com foro privilegiado’ que teriam recebido valores ilícitos porque, de alguma forma, abriram caminho para a empreiteira fechar contratos com a Petrobras. Entre essas autoridades estão pelo menos dois senadores.

O empreiteiro vai falar de obras da Andrade Gutierrez na usina nuclear de Angra 3 e da Copa do Mundo. Os últimos detalhes do acordo estão sendo fechados. Até o início da semana os termos estarão todos acertados.

A reportagem tentou falar com o criminalista Celso Vilardi, que defende Otávio Marques de Azevedo. O advogado disse que não poderia se manifestar.

No último dia 13 de novembro, Otávio Marques de Azevedo ficou em silêncio em audiência na Justiça Federal do Paraná, onde responde ação criminal por corrupção e lavagem de dinheiro. Na ocasião, ele limitou-se a agradecer a família diante do juiz Sérgio Moro.

Com Agência Estado


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