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Estado de Minas

Aécio diz que mandato de Dilma ainda está na corda bamba

Aécio avalia que a possibilidade de afastamento de Dilma pode ter perdido força com as acusações contra Eduardo Cunha, mas acredita que o mandato dela ainda está sob risco


postado em 20/11/2015 06:00 / atualizado em 20/11/2015 07:44

Aécio fez seu cadastramento biométrico nessa quinta-feira (19) na sede da Justiça Eleitoral em BH. Tecnologia, segundo ele, é mais garantia de segurança para o eleitor(foto: Túlio Santos/EM/D.A Press)
Aécio fez seu cadastramento biométrico nessa quinta-feira (19) na sede da Justiça Eleitoral em BH. Tecnologia, segundo ele, é mais garantia de segurança para o eleitor (foto: Túlio Santos/EM/D.A Press)

Apesar de o enfraquecimento do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB/RJ), poder adiar um eventual processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) para o ano que vem, o mandato dela ainda está “sob risco”. A avaliação é do presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, que afirmou na tarde dessa quinta-feira (19) que a oposição “não tem pressa” em retirar a petista do poder. “Pode ser que, neste primeiro momento, em razão até mesmo das denúncias em relação ao presidente da Câmara Eduardo Cunha, ele tenha perdido parte da condição de conduzir esse processo. Mas nada que fez o governo nos permitiu superar o principal, que é a crise econômica”, afirmou.

Segundo o tucano, uma “tempestade perfeita” está sendo armada para o ano que vem com os indicadores como alta de inflação e desemprego e, enquanto Dilma não for capaz de retirar o país desse cenário, o mandato dela estará em risco. Aécio também aposta em uma investigação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para enquadrar a presidente em crime eleitoral, o que também lhe tiraria o mandato. “O TSE poderá apontar outros indícios de fraude. Não temos pressa, nosso papel é garantir que as instituições funcionem”, afirmou.

Para ele, o Tribunal Superior Eleitoral e o Tribunal de Contas da União apontam que Dilma cometeu crime de responsabilidade, o que dá instrumentos legais para que ela sofra o impeachment e, se for comprovado que houve uso de propina em sua campanha eleitoral, as sanções virão. “Em qualquer país que preze as suas instituições, isso seria motivo para o afastamento da presidente”, disse. Porém, de acordo com Aécio, o impeachment de Dilma não depende do PSDB, que nem mesmo teria votos suficientes para encabeçar o processo. “Obviamente, se for colocado em votação, vamos estar a favor da lei, do que dizem o TSE e o TCU”, afirmou.

Aécio apontou um “esforço enorme” da presidente, com a distribuição de cargos entre aliados como fator que lhe deu uma sobrevida, com o adiamento do impeachment e as votações da pauta bomba que conseguiu aprovar no Congresso. “O que a presidente fez, com a distribuição de cargos públicos a aliados, talvez tenha sido adiar o desfecho desse processo”, afirmou. Para o tucano, a aprovação da repatriação de recursos e a manutenção do veto ao reajuste do Judiciário, entre outras votações desta semana, são vitórias de pirro. “Basta ver o resultado que a presidente teve a favor. O que existe é que em determinadas matérias há da nossa parte a responsabilidade com o país”, afirmou.

O presidente do PSDB antecipou que fará um discurso no Congresso em 8 de dezembro para falar sobre os 13 anos de gestão petista no Palácio do Planalto e apresentar as soluções do PSDB para a crise. Aécio disse que o partido vive seu melhor momento em 27 anos. Segundo ele, em pesquisa encomendada ao Instituto GPP de Campinas pelos tucanos, o PSDB foi apontado como o partido preferido para a filiação por 14,5% dos entrevistados. Já o PT foi o partido mais rejeitado, com 65% das pessoas dizendo que não entrariam na legenda de jeito nenhum.

Biometria Aécio fez seu cadastramento biométrico no Tribunal Regional Eleitoral (TSE) a convite do presidente Paulo Cezar Dias. O tucano disse que o processo é mais um passo a favor da eficiência e garantia das eleições. A meta do TSE é biometrizar um milhão de eleitores nesta campanha que é voluntária. O uso das digitais não será obrigatório em 2016. Nas próximas eleições, Minas Gerais terá 244 cidades com biometria, destas, 80 terão o sistema obrigatório e em 164 o modo será misto.

 


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