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Estado de Minas

Julgamento da Chacina de Unaí termina hoje


postado em 11/11/2015 06:00 / atualizado em 11/11/2015 07:53

Será concluído nesta quarta-feira o julgamento do último réu da chacina de Unaí, o empresário cerealista Hugo Alves Pimenta, delator do caso e acusado de ter sido um dos intermediários na contratação dos pistoleiros que executaram em janeiro de 2004, com tiros na cabeça, no município de Unaí, Noroeste de Minas, os quatro funcionários do Ministério do Trabalho e Emprego. Apesar de seu estreito relacionamento com Norberto Mânica, um dos mandantes do crime, em acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal (MPF), Hugo Pimenta depôs como testemunha de acusação. Em razão disso, se considerado culpado, a sua pena poderá ser reduzida em até dois terços. Nas duas últimas semanas, Norberto e seu irmão Antério Mânica foram condenados a 100 anos de prisão, cada. Os pistoleiros contratados foram julgados no ano passado e já cumprem penas que somam 226 anos.

Presidida pelo juiz federal Murilo Fernandes, a sessão de julgamento se iniciou por volta das 9h dessa terça-feira na sede da Justiça Federal em Belo Horizonte e se estendeu por todo o dia. O corpo do júri é formado por quatro mulheres e três homens. A defesa de Hugo Pimenta dispensou as testemunhas. Pela acusação foram ouvidos o policial civil João Alves de Miranda e o policial federal Antônio Celso dos Santos, que participaram da investigação do caso. Eles revelaram que, a princípio, os pistoleiros foram contratados para matar o fiscal do trabalho Nelson Silva. Mas, quando se depararam com a equipe do Ministério do Trabalho, foram orientados pela intermediação de Francisco Pinheiro a executar todos.

Após os depoimentos, foram exibidos vídeos com reportagens que relataram o drama das famílias das vítimas e peças indicadas pela acusação, como o interrogatório dos pistoleiros já condenados. Hugo Pimenta já declarou, em depoimento, que recebia diariamente a visita do fazendeiro Norberto em sua empresa, a Uma Cereais. Segundo ele, Norberto sempre demonstrava insatisfação com as fiscalizações do Ministério do Trabalho e, por isso, chegou a afirmar que não aguentava mais Nelson Silva e que iria matá-lo.

O julgamento foi acompanhado pelas viúvas Helba Soares da Silva e Marinês Lima, de Nelson Silva e de Erastótenes de Almeida, além de representantes dos auditores fiscais do trabalho, entre eles, Rosa Jorge, presidente do sindicato nacional da categoria.


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