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Estado de Minas

Faltando pouco mais de um ano para as eleições, filiados fazem troca-troca entre partidos

Com a aproximação do fim do prazo de filiação para quem vai concorrer em 2016, cresce o número de parlamentares, prefeitos e lideranças locais que buscam abrigo em outras legendas


postado em 23/09/2015 06:00 / atualizado em 23/09/2015 07:42

Apesar da possibilidade de o prazo mínimo de filiação partidária para concorrer às eleições do ano que vem ser ampliado pela reforma política – que aguarda apenas sanção da presidente Dilma Rousseff –, o troca-troca partidário já começou. Somente na última edição do Diário de Justiça Eleitoral, foram publicados 253 pedidos e autorizações para desfiliações. Minas Gerais tem hoje 1.608.059 pessoas filiadas a 32 partidos. Número menor do que o do mês anterior, quando a conta somava 1.612.978. Os interessados em disputar a eleição ano que vem têm, pela legislação em vigor, até o dia 2 de outubro, um ano antes das eleições de 2016, para se filiar a uma legenda. Caso a presidente sancione a reforma política, esse prazo vai ser reduzido para seis meses.

Entre os que já comunicaram mudança de legenda estão o ex-deputado estadual Fahim Sawan, que deixou o PMDB e se filiou ao PDT de Uberlândia para disputar a prefeitura ano que vem. Fahim já é oficialmente o novo presidente do PDT de Uberlândia. Também deixou o PSB o ex-deputado federal José Fernando Aparecido de Oliveira, que deve se filiar à Rede Sustentabilidade, legenda que deve ser legalizada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a tempo de participar da disputa em 2016, que vai escolher prefeitos e vereadores. José Fernando pode ser candidato a prefeito de Belo Horizonte pela legenda. O ex-prefeito de Sete Lagoas Ronaldo Canabrava deixou o PSL e deve migrar para outra legenda para tentar ser candidato, apesar de ter sido impedido pela Lei da Ficha Limpa de participar da última disputa.

O ex-prefeito de Araçuaí Aécio da Silva Jardim deixou o PDT e deve ir para outro partido tentar se eleger novamente. A prefeita de Padre Paraíso, no Vale do Jequitinhonha, Dulcinéia Duarte de Souza Pinto, pediu a desfiliação do PT e deve disputar a reeleição pela legenda de seu marido, Saulo Pinto, filiado ao PTB. Do interior de Minas vem a maior parte das mudanças, já que na capital e na Região Metropolitana a expectativa dos candidatos é de que haja mais tempo para as trocas e também para os acertos envolvendo a disputa pela prefeitura e pelas vagas nas câmaras. Anteontem, o PSB mineiro filiou de uma vez só 15 prefeitos, entre eles o ex-tucano Antônio Andrada, que comanda Barbacena, na Zona da Mata Mineira, e também os vereadores de Belo Horizonte Pelé do Volei e Vilmo Gomes, que foram eleitos pelo PTdoB, e Valdivino Pereira, que estava filiado ao PPS. Também na capital o vereador Juliano Lopes, que já tinha deixado o PSDC para ir para o Solidariedade (SDD) em 2013, agora está no PTC.

A mudança de quem está no cargo está sendo protelada por causa da ação da Procuradoria Regional Eleitoral em Minas Gerais (PRE-MG), que pediu ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) que oficiasse todos os 351 cartórios do estado para que informem as trocas de partido feitas desde julho. Seis vereadores da capital e do estado que mudaram de partido a partir desse prazo já são alvo de ações de cassação de mandato por causa de infidelidade partidária. A expectativa é de que novas ações sejam ajuizadas nos próximos dias por causa de troca de legenda sem fundamento legal.


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