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Estado de Minas

Coluna do Baptista Chagas de Almeida


postado em 04/09/2015 12:00 / atualizado em 04/09/2015 07:45

(foto: Arte/Soraia Piva)
(foto: Arte/Soraia Piva)

Tomara que caia! Calma, é uma roupa

“Peças excessivamente decotadas, tanto na frente quanto nas costas, blusas de frente única ou tomara que caia, shorts, bermudas, miniblusa, minissaia, trajes de banho e de ginástica”. Tomara que caia, então, nem se fala. São palavras proibidas pelo menos no Palácio do Planalto. A autora do texto que consta em documento oficial é a deputada Cristiane Brasil (PMDB-RJ). E tem mais.

Em relação às calças jeans, vale para homens e mulheres, mas todo cuidado é pouco. Elas não poderão estar “rasgadas, desbotadas, estilizadas, muito justas ou com cintura baixa”. No texto, Cristiane Brasil deixa claro que não poderá haver “exposição do abdômen ou lombar”. E proíbe roupas muito “justas e apertadas”. Uso de chinelos “ou similares”, salvo quando houver recomendação médica, nem pensar.

O encarregado de tratar desta importante negociação política com as senhoras deputadas será o primeiro-secretário da Mesa Diretora da Câmara, deputado Beto Mansur (PRB-SP). Ele se dispôs a preparar um texto para ser apreciado com os demais integrantes da Mesa Diretora, na prática, os dirigentes da Casa. Beto Mansur, é óbvio, destacou que o “público-alvo é o feminino”. E concluiu: “Houve um pedido para fazer uma regra de vestimenta aqui na Casa. Queremos manter a liberdade de ir e vir das pessoas, mas com regras”.

Restaurado o decoro parlamentar no quesito vestuário, vamos passar a ações mais práticas. Que tal aproveitar o “tomara que caia” lá de cima e abrir as investigações com as dezenas – que alguns acreditam que podem ultrapassar uma centena – de deputados que se beneficiaram das benesses financeiras já detectadas pela Polícia Federal no âmbito da Operação Lava-Jato. Aí sim, com um lava a Jato, é possível deixar limpas roupas mais respeitosas para as congressistas e os funcionários. Só não dá para limpar, por enquanto, a sujeira da corrupção que ainda está embaixo de um tapete imundo.

Vetos! Ah, os vetos
Depois da confusão, com direito a bate-boca criada pelo 1º vice-presidente do Congresso, deputado Waldir Maranhão (PP-MA), que encerrou a sessão para analisar vetos quando faltavam apenas três senadores para completar o quorum, o troco veio do presidente do Congresso, Renan Calheiros (PMDB-AL). Ele já marcou para quarta-feira que vem nova sessão para apreciar mais de 20 vetos presidenciais, alguns deles que o governo nem sonha em ver derrubados. A oposição, no entanto, não vai desistir de pedir uma punição a Waldir Maranhão por causa da manobra que fez.

Pauta-bomba
Na pauta, entre outros itens, estão os vetos que tratam de temas como o reajuste dos servidores do Judiciário, o aumento dos aposentados e a flexibilização do fator previdenciário. Assuntos que o governo tem arrepios. Só para os servidores do Judiciário, que chegaram a fazer manifestações até com vuvuzelas, os índices vão de 53% a 78,56%, a serem concedidos de maneira escalonada até o fim de 2017. Não é à toa que o risco de perder a votação e ter o veto derrubado dá arrepios na equipe econômica e na própria presidente Dilma Rousseff (PT).

Cafezinho amargo
Ficaram meio estremecida as relações políticas entre o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e o senador Aécio Neves (PSDB-MG). Tudo por causa da declaração dada pelo presidente nacional tucano de que, se o plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) aprovar as investigações contra Cunha, ele deve se afastar do comando da Casa. E por falar em Cunha, a presidente Dilma Rousseff (PT) teve que engolir o sapo de chamar o seu declarado desafeto para uma conversa reservada no Palácio do Planalto. E ele ainda declarou, na saída, que não recuou do rompimento com a presidente. Nem o cafezinho do palácio ajudou.

Vaivém político

Um grupo formado tanto por tucanos quanto por peemedebistas está tentando articular um encontro mais objetivo entre o PSDB e o PMDB, para discutir a atual situação política e não escondem que até o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) poderia ser assunto da reunião. O problema é que o PSDB fica no vaivém com o PMDB e a recíproca é verdadeira. Mas os rumores sobre as conversas têm deixado a presidente Dilma assustada, a ponto de chamar o presidente da Câmara dos Deputados ao Palácio do Planalto.

Masoquismo tucano
Depois de se encontrar com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) para pedir ajuda, o deputado Chico Alencar (foto) (PSol-RJ) procurou também o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), para tratar do mesmo assunto. É a emenda que o relator da reforma política, senador Romero Jucá (PMDB-RR), que limita a participação em debates nas campanhas eleitorais aos partidos com maior número de parlamentares, o que não é o caso do PSol. Sobre o encontro, Aécio comentou com alguns amigos próximos: “Eles estão pedindo o direito de bater em mim no próximo debate, como fez a Luciana Genro no ano passado”.

PINGAFOGO


Pérola de um parlamentar sobre a polêmica da Comissão Mista de Orçamento: Quando se fala em investigar a presidente Dilma Rousseff (PT) e o ex-presidente Lula, falam que é golpe, Quando há possibilidade de derrubar vetos, eles dão um golpe.

Previsão do tempo: na Região Metropolitana de Belo Horizonte, o tempo segue estável, com predomínio de sol. Em Belo Horizonte, a temperatura mínima foi de 14 graus, a máxima prevista é de 31 graus e umidade relativa do ar à tarde deve ficar na casa dos 30%. Tempo quente e seco. Igual à política.

No fim de semana e no feriado de Independência do Brasil, o tempo mudará e ocorrerá chuva isolada em Minas Gerais, especialmente, no Sul, Campo das Vertentes, Zona da Mata, Vale do Rio Doce e boa parte da Região Metropolitana de Belo Horizonte. O tempo dá uma aliviada. Os políticos estão em recesso.

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Fundos de Pensão aprovou requerimento convocando o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu. Uma vidente previu o que ele vai dizer: “Reservo o meu direito de ficar calado”.

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, cobrou da presidente Dilma Rousseff (PT) apoio para produzir superávit no que vem. Ministro cobrando de presidente é quebra de hierarquia.

 


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