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Estado de Minas

População pressiona vereadores para reduzir salário

População de Três Pontas ocupa Câmara para protestar contra projeto que aumenta vencimento de vereadores


postado em 04/09/2015 06:00 / atualizado em 04/09/2015 07:29


Os moradores de Três Pontas, no Sul de Minas, prometem ocupar novamente na próxima terça-feira (8) o plenário da Câmara Municipal para exigir a redução do salário dos vereadores. No começo do mês, os parlamentares aprovaram um projeto de lei aumentando seus vencimentos e também os do prefeito, vice e secretários. Os salários dos “representantes do povo” passaram de R$ 5.380 para R$ 5.450, um aumento de R$ 70. Os novos valores valem para a próxima legislatura.

Na terça (1º), cerca de 300 pessoas ocuparam a Câmara com cartazes de protesto e palavras de ordem exigindo a redução dos vencimentos. “O povo unido jamais será vencido”, gritava a população, que lotou o plenário e também a área externa do Legislativo. A sessão teve de ser encerrada e a polícia foi chamada para garantir a segurança dos vereadores na volta para casa. Amanhã, está convocada uma reunião na praça principal da cidade para discutir a próxima manifestação.


Em diversas cidades do interior do estado estão sendo promovidos protestos para pressionar os vereadores a baixar o próprio salário. Em algumas, como Perdões, no Centro-Oeste mineiro, os salários já foram cortados. Em pelo menos 20 cidades, conforme mostrou o Estado de Minas na edição de domingo, existem movimentos para aprovar o corte ou projetos já em tramitação para que isso aconteça. Os movimentos são inspirados na população de Santo Antônio da Platina, interior do Paraná, onde os parlamentares foram obrigados a recuar de uma proposta de aumento dos salários e, pressionados, acabaram reduzindo seus vencimentos.


Para o presidente da Câmara de Três Pontas, Luis Carlos da Silva (PPS), o aumento foi pequeno perto da revolta da população, mas ele admite que o momento para esse reajuste não foi adequado. “A atual conjuntura, com desemprego aumentando e as cidades passando por dificuldades financeiras, causou revolta na população”, afirma. Questionado sobre a possibilidade de a Câmara acatar a pressão pela redução, o vereador disse que a chance maior é a aprovação pelos parlamentares da redução do número de vereadores. Um projeto propondo a redução de 15 para 10 parlamentares foi apresentado esta semana e deve ser votado em primeiro turno na quinta-feira. Segundo ele, esse corte vai significar uma economia de cerca de 30% nas despesas da Câmara.


Um dos integrantes do movimento, batizado de Redução Já, o administrador de empresas Leonardo Henrique Miranda, 32 anos, disse que a mobilização está crescendo na cidade, juntamente com a revolta pelo aumento. “Eles estão aumentando seus salários em um momento difícil, onde faltam recursos para manter escolas e postos de saúde, em detrimento das necessidades da população”, afirma.


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