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Estado de Minas

Coluna do Baptista Chagas de Almeida


postado em 30/08/2015 13:18 / atualizado em 30/08/2015 13:43

(foto: Arte/Soraia Piva)
(foto: Arte/Soraia Piva)


LIGAÇÃO DIRETA

ANTONIO ANDRADE, VICE-GOVERNADOR

(foto: Arte/EM/D.A Press)
(foto: Arte/EM/D.A Press)

O senhor é o presidente estadual do PMDB. Que participação o senhor tem na tentativa de pacificar o partido nacionalmente?


Tenho tentado contribuir para a manutenção da harmonia dentro do PMDB. Hoje, o partido desempenha um papel fundamental no Brasil.

O senhor acha que há uma mínima possibilidade de reconciliar os presidentes da Câmara, Eduardo
Cunha, e do Senado, Renan Calheiros?


Sem dúvida, mas o PMDB é um partido democrático e énatural que haja divergência de ideias.

O PMDB e o PT no Congresso não conseguem se entender direito nem em votações de interesse do
governo. Tem solução?


É claro que sim. O entendimento entre os dois partidos é essencial para o fim da crise política em Brasília.

Como está em Minas o relacionamento entre os peemedebistas e os petistas que participam do
governo? Assim como está em Brasília?

PMDB e PT são governo em Minas Gerais. A relação é excelente.

PMDB e PT estarão juntos na disputa da Prefeitura de BH? De que forma?

É possível que haja uma composição. Belo Horizonte é prioridade para o PMDB. Teremos candidato.

A conspiração nos bastidores


Está em curso no Brasil uma conspiração política como há muito tempo não se vê. E, pelo jeito, está sendo levada a sério. Um grupo de deputados, com representantes de muitos partidos, e ministros de tribunais superiores, na ativa e jáaposentados, tem se reunido com frequência em Brasília para traçar o caminho
para tentar votar o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT).

Nos encontros, os juristas têm alertado que a decisão precisa ser política. Não acreditam que os rocessos no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e no Tribunal de Contas da União (TCU) cheguem a decidir pelo impedimento da presidente. “Nós qui somos cinco ou seis e os sinais dos tribunais são são favoráveis”, alertam.

A mecânica do jogo político já está delineada. Seriam recolhidas as assinaturas necessárias para apresentar o requerimento. O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), desafeto de Dilma, teria, então, três alternativas: entar em cima e nada deliberar, acatar ou pedir o arquivamento, o que é mais provável. Neste caso, haveria recurso para desarquivar.

O PSDB na Câmara dos Deputados promete entregar os 53 votos da bancada. O problema no ninho tucano, no entanto, são os caciques do partido–opresidentenacional, senador Aécio Neves (MG), os senador José Serra (SP) e o governador paulista Geraldo Alckmin. Cada um tem uma posição diferente, de acordo com seus próprios interesses políticos, e não conseguem se entender.

O contraponto pode ser o PMDB, partido do vice-presidente Michel Temer, caso ele seja o beneficiado e passe a ocupar a cadeira de Dilma. De qualquer forma, a conta precisa ser feita com muita convicção. Na calculadora do impeachment, são necessários pelo menos dois terços da Câmara dos Deputados, ou seja, 342 dos 513 deputados, para que o processo tramite.

MASSACRE DO MENSALÃO


Nem presidente da República, nem governador do Rio, muito menos governador de São Paulo. O ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa continua o mesmo. Até para negar que será candidato, ele faz troça. Primeiro, diz que é “impossível”, como se pudesse adivinhar o futuro. Depois, deixa a língua pátria de lado e refere usar o inglês. Joaquim Barbosa diz ser um outsider e que seria “massacrado”. Depois do julgamento do mensalão que ele presidiu, é bem capaz mesmo. Ah! E deu palpites céticos sobre eventuais processos contra Dilma.

ME TIRA DESTA


Teimosia pouca é bobagem. Mesmo visada pelo vice-presidente Michel Temer(PMDB) de que ele nada poderia fazer pela volta da CPMF, que os peemedebistas rejeitam, a presidente Dilma resolveu que ela mesma vai negociar com o Congresso. Sem os votos do PMDB e com boa parte da base governista rebelada, será difícil a CPMF voltar.

PITACO DE LULA

Está explicado por que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem condenado a possibilidade de a
presidente Dilma Rousseff (PT) reduzir o número de ministérios. É que os ministros do PT não querem deixar os cargos e o resto da base está furiosa, temendo que os petistas sejam preservados e só os partidos aliados percam espaço no alto escalão do governo. O problema é que a sociedade civil também tem feito pressão. Afinal, um governo com nada menos que 39 ministérios não tem como ter agilidade administrativa.

PINGA FOGO

Nas reuniões para tratar do impeachment de Dilma, um experiente senador, de partido da base do governo,
mas distante do Palácio do Planalto, faz previsão de que a presidente não resiste no cargo até setembro. Muito precipitado, não? Palpite arriscado.

Ainda no mesmo grupo, é lembrada a tentativa do hoje senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL) de impedir o processo de impeachment. Convocou a população para sair de verde e amarelo no 7 de setembro. Deixou o governo 22 dias depois.

E por falar em Temer e PMDB, quem liderou a derrubada da CPMF tempos atrás foi a senadora Kátia Abreu que era filiada ao DEM. Hoje, peemedebista, é ministra de Agricultura de Dilma. Vai ajudar a chefe?

E agora é toda semana. Diante da situação, a agenda de amanhã da presidente Dilma Rousseff (PT), se não
for modificada, prevê apenas “9h – reunião da coordenação política”. As articulações vão começar cedo.

Ah! No fim de semana, já que ninguém é de ferro, a agenda da presidente Dilma previa apenas “sem
compromissos oficiais”. Bem, ela pode aproveitar para dar umas pedaladas, sem trocadilho, de bicicleta.

A semana passada foi de calmaria no Congresso, tanto no Senado, quanto na Câmara dos Deputados. Será que o espírito de tranquilidade vai continuar esta semana? Façam as suas apostas.


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