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Estado de Minas

Coluna do Baptista Chagas de Almeida


postado em 21/08/2015 12:00 / atualizado em 21/08/2015 07:50


A agenda de Dilma e a de seus ministros

Antes, o cantor e compositor cantava, quase declamando, “está provado, que só é possível filosofar em alemão”. Atualmente, está tudo muito diferente. Prova disso, a agenda da presidente Dilma Rousseff (PT) de ontem no Palácio do Planalto: 10h – Cerimônia oficial de chegada da chanceler da República Federal da Alemanha, Angela Merkel. 11h20 – Reunião ampliada. 13h –Declaração à imprensa. 13h30 – Almoço em homenagem à chanceler da República Federal da Alemanha, Angela Merkel, desta vez no Palácio Itamaraty.

Ainda ontem, houve uma série de reuniões bilaterais de autoridades alemãs com ministros brasileiros. 8H –  Encontro do ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, com o vice-ministro do Trabalho e Assuntos Sociais da República Federal da Alemanha, Jörg Asmussen, para tratar de temas, como distribuição de renda, valorização do salário mínimo e proteção ao emprego. Tema bem atual, aliás.

E tem mais: 8h – Encontro do ministro do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias, com o ministro da Alimentação e Agricultura da República Federal da Alemanha, Christian Schmidt. E não parou por aí.

8h – Encontro ministro das Cidades, Gilberto Kassab, com a ministra do Meio Ambiente, Conservação da Natureza, Construção e Segurança Nuclear da República Federal da Alemanha, Barbara Hendricks. É pouco? 8h30 – Encontro da Educação, Renato Janine Ribeiro, e da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aldo Rabelo, com o vice-ministro da Educação e Pesquisa da República Federal da Alemanha, Georg Schütte, para assinatura de Declaração Conjunta de Intenções – cooperação bilateral em matéria de ciência, tecnologia e inovação, formação acadêmica e profissional. E vários outros ministros.

Claro, tinha que ter a economia: 8h30 – Reunião do ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Nelson Barbosa, com o vice-ministro das Finanças da República Federal da Alemanha, Jens Spahn.

Então, avise ao compositor Caetano Veloso com urgência. A música precisa mudar. Agora, “está provado, que só é possível negociar em alemão”.

Desculpa boa
Mesmo com a chegada dos irmãos Ciro e Cid Gomes ao partido, o PDT não vai mudar a postura de independência que adotou em relação à presidente Dilma Rousseff (PT) nas votações no Congresso. A posição é de não fazer oposição sistemática e muito menos uma adesão automática. Aí fica a pergunta: e o ministro do Trabalho, Manoel Dias, continua no cargo? E vem então a desculpa do título: o Ministério do Trabalho é produto de uma opção eleitoral do ano passado, quando os pedetistas marcharam juntos pela reeleição de Dilma. Ah, bom!

Chacina em SP
O presidente da comissão parlamentar de inquérito (CPI) que investigou a chacina de jovens negros e pobres, deputado Reginaldo Lopes (PT-MG), quer uma comissão externa para acompanhar investigações realizadas sobre a chacina de 18 pessoas na periferia de Osasco, Barueri e Itapevi, em São Paulo.A suspeita é de envolvimento de policiais militares nos assassinatos, em represália pela morte de um integrante da corporação em Osasco. Para o deputado, a gravidade dos fatos justifica a participação dos parlamentares para garantir isenção e transparência.

Abrir para fora
Presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, o deputado Marcos Montes (PSD-MG) esteve ontem com o ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, para reclamar da ação de órgãos como o Incra, Anvisa, Funai, Ibama e por aí vai. E levou um caso concreto. O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e o Ministério do Trabalho baixaram a instrução normativa que exacerba os poderes dos órgãos. Para se ter uma ideia, um fiscal do trabalho que perceber que a porta do alojamento abre para dentro – a norma é abrir para fora – pode interditar a fazenda e colocá-la na reforma agrária. Mercadante disse que nada passou na Casa Civil e vai suspender a norma.

Aos amigos...
Pergunta que não quer calar é: por que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, dividiu os denunciados em dois grupos, colocando no primeiro time de alvo de denúncias de corrupção Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Fernando Collor (PTB-AL) e Ciro Nogueira (PP-MG), todos não afinados com o governo Dilma? E, já que não ofende, outra pergunta: e por que Edison Lobão (PMDB-MA), Humberto Costa (PT-PE), Romero Jucá (PMDB-RR), Renan Calheiros (PMDB-AL) e Gleisi Hoffman (PT-PR), foram para o fim da fila? Aos amigos tudo, aos inimigos, os rigores da lei.

Equação eleitoral
Quem tem encontro marcado hoje com o prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda, presidente estadual do PSB, é o deputado Marcus Pestana (PSDB-MG). Nas palavras do tucano, “para prosseguir o diálogo em torno das eleições de 2016”. E acrescenta que a eleição de BH é “central para o PSDB em seu planejamento de médio e longo prazo”. A questão é que a tradução de longo prazo é 2018. E, neste caso, Lacerda já traça planos para entrar na disputa pelo comando do Palácio da Liberdade. E será uma equação difícil de resolver.

PINGAFOGO

Curiosidade na Câmara dos Deputados. Em caso de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) ser afastado, quem assume é o vice-presidente Waldir Maranhão (PP-MA). Só que ele tem dificuldade de fala. E precisa de ajuda. Tem sempre uma espécie de porta-voz dele na condução dos trabalhos.

Waldir Maranhão, no entanto, não sofreria muito no cargo. Em poucas sessões, nova eleição para presidente da Câmara dos Deputados é convocada para efetivar um novo presidente.

O Japão é um dos principais mercados do agronegócio mineiro. Só de janeiro a julho deste ano, foram exportados US$ 661 milhões para o país, dos quais o setor de café foi responsável por nada menos que mais de 40% do total.

Japonês gosta muito de cafezinho, né! Com um valor de US$ 190,7 milhões, o grupo “café e derivados” é o mais exportado para o país, crescimento de 22,7% em relação ao mesmo período do ano passado.

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e o senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL), foram denunciados pelo Ministério Público Federal (MPF) no Supremo Tribunal Federal (STF).

Mas não se anime. A novela está apenas começando. E vai ser um lenga-lenga danado até chegar ao capítulo final.

 


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