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Estado de Minas

Zaida Sisson, mulher de ex-ministro do Peru, ganhou R$ 364 mil de Dirceu

Relatório da PF indica que ela foi destinatária de valores remetidos pela JD Assessoria e Consultoria, criada pelo ex-ministro depois que ele teve cassado seu mandato de deputado e virou réu do mensalão


postado em 04/08/2015 17:01 / atualizado em 04/08/2015 17:10

Zaida Sisson, mulher de Rodolfo Beltrán Bravo, ex-ministro da Agricultura do Peru (governo Alan García), é alvo da Operação Pixuleco, 17.º capítulo da Lava-Jato. Nesta segunda-feira, a Polícia Federal vasculhou um apartamento no Centro de São Paulo, endereço de Zaida Sisson, segundo os investidores. Brasileira, ela teria sido elo do ex-ministro-chefe da Casa Civil José Dirceu em negócios da empreiteira brasileira Engevix no Peru.

As buscas foram realizadas pela PF no imóvel porque Zaida Sisson foi citada na delação premiada do lobista Milton Pascowitch, que denunciou propinas para o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu (Governo Lula), preso na Pixuleco. O caso virou notícia na imprensa peruana.

Relatório da PF indica que Zaida Sisson foi destinatária de valores remetidos pela JD Assessoria e Consultoria, criada pelo ex-ministro depois que ele teve cassado seu mandato de deputado e virou réu do mensalão. Ela foi beneficiária de 20 transferências bancárias realizadas pela JD entre 16 de janeiro de 2009 e 16 de novembro de 2011, totalizando R$ 364.398,00.

"Zaida foi mencionada por Milton como esposa do Ministro da Agricultura do Peru e indicada por Dirceu a atuar na obtenção de contratos para a Engevix naquele país. Aliás, Zaida também foi citada em informações prestadas por outra empreiteira cartelizada, a Galvão Engenharia, como responsável pela SC Consultoria S.A.C., indicada por Dirceu para prestar assessoria à Galvão no Peru", aponta documento do Ministério Público Federal no pedido de prisão de Dirceu.

"José Dirceu expandiu sua "consultoria" para Zaida, que, segundo Milton Pascowitch, seria casada com um agente político do Peru, para atuação naquele país", aponta a PF.

Um dos novos delatores da Lava Jato, Milton Pascowitch contou à força-tarefa que em meados de 2008 fez uma viagem ao Peru, que buscava a internacionalização da empreiteira Engevix. Pascowitch é apontado como operador de propinas da Engevix na Diretoria de Serviços da Petrobras.

"Em meados de 2008, o declarante (Pascowitch), José Dirceu, Gérson Almada e José Antonio Sobrinho,foram ao Peru, e tiveram reunião com alguns ministros daquele país, como "ministro das águas", "ministro de energia", e com o presidente da PetroPeru, equivalente à Petrobras; que na ocasião José Dirceu apresentou uma conhecida sua, brasileira, chamada Zaida Sisson, esposa do ministro da Agricultura do Peru, a qual ficou como representante encarregada de levar adiante as negociações travadas naquele país com vistas a obter contratos para a Engevix", diz Pascowitch.


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