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Estado de Minas

Coluna do Baptista Chagas de Almeida

O grande problema de Dilma atende pelo nome Eduardo e sobrenome Cunha, está sentado na cadeira de presidente da Câmara dos Deputados


postado em 02/08/2015 12:00 / atualizado em 02/08/2015 12:08


Previsão do tempo: muita turbulência


Acabou a calmaria passageira do recesso branco no Congresso, que volta aos trabalhos esta semana. A presidente Dilma Rousseff (PT) até que reuniu os governadores para pedir uma espécie de armistício. Eles foram cordiais no encontro, mas saíram do Palácio do Planalto reclamando mundos e fundos por causa do ajuste fiscal.

O cinto que aperta os cofres da União dói mais nos caixas estaduais. Tanto que o governador Geraldo Alckmin (PSDB) foi um dos que mais queixas fizeram.
E olha que ele governa o estado mais rico da Nação. Imagine então a situação nos estados mais pobres.

O primeiro grande problema de Dilma atende pelo nome Eduardo e sobrenome Cunha, é do PMDB do Rio de Janeiro e está sentado na cadeira de presidente da Câmara dos Deputados. Ele vai partir com unhas e dentes para cima do governo, inclusive desarquivando pedidos de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT).

E olha que o peemedebista é alvo da Operação Lava-Jato da Polícia Federal sobre os malfeitos na Petrobras. Mas a cara não queima. Antes pelo contrário, queima de raiva. Desta vez, no caso de Eduardo Cunha, não dá para dizer que a vingança é um prato que se come frio.

Em temporada de ânimos acirrados, inclusive com explosão de bomba em frente ao Instituto Lula, que o PT, com toda razão, é claro, faz questão de explorar politicamente, a volta do Congresso terá ingredientes de todo tipo.

O que não inclui a possibilidade de o próprio ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter que prestar depoimento à Polícia Federal.

Daí a decisão do PSDB de descer do muro e apoiar as iniciativas de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) em relação aos pedidos de impeachment. Os tucanos avaliam, bem ao seu estilo, que ruim com eles, pior sem eles. Optam por fazer o governo sangrar.

Cumprir mandato


É muito pouco provável que o senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) se disponha a disputar a Prefeitura de Belo Horizonte. Por seu jeito de ser, ele acha importante cumprir os sete anos de mandato. Como toda regra tem exceção, em caso de o senador Aécio Neves (PSDB-MG) disputar e vencer as eleições presidenciais, Anastasia será o ministro forte do eventual governo tucano. Até porque Aécio não abriria mão dessa participação por nada deste mundo. Não é à toa que Anastasia chega a ser classificado como o melhor servidor público do país.

Data marcada


Embora o presidente do PDT, Carlos Lupi, tenha dificuldade, por causa da amizade com o ministro do Trabalho, Manoel Dias, ele pode começar a arrumar as malas. O partido vai esperar apenas pelas manifestações do dia 16, previstas para ocorrer país afora, para preparar o desembarque do governo. E já tem até data marcada. Aliás, uma data simbólica. Será em 24 de agosto, o dia em que o então presidente Getúlio Vargas (foto) deu um tiro no peito e deixou a vida para entrar na história.

Disputa em família


O governador Fernando Pimentel (PT) faz terça-feira, em Curvelo, mais um dos fóruns que estão sendo realizados em 19 regiões do estado. Ele estará acompanhado de vários secretários e parlamentares. Entre eles, o deputado Gabriel Guimarães (PT-MG), o que dá um toque especial ao evento. O prefeito de Curvelo é Maurílio Guimarães (DEM), irmão de Gabriel e seu ferrenho adversário político. “Mas só no período eleitoral, só durante a campanha”, faz questão de ressaltar o parlamentar. Depois do fórum, Gabriel volta a Brasília com a retomada dos trabalhos na Câmara dos Deputados.

Em cima do muro


Como só é possível filosofar em alemão, o sociólogo e ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) subiu no muro das consolações, em entrevista à revista germânica Capital. Sobre a presidente Dilma Rousseff (PT), apesar da Operação Lava-Jato e tudo mais na Petrobras, declarou: “Eu a considero uma pessoa honrada”. E mesmo condenando o ex-presidente Lula, não deixou de tucanar: “Ele tem uma história emocionante. Um trabalhador humilde que foi presidente da sétima economia do mundo”. Precisa mais?

Nitroglicerina pura

Não é a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) que mais preocupa o Palácio do Planalto. O maior temor está na CPI dos Fundos de Pensão. Para se ter uma ideia, em levantamento preliminar, o Postalis, fundo dos Correios, que não é dos maiores, tem aplicações suspeitas de R$ 6 bilhões. Imagine, então, quando a investigação entrar a fundo no Funcef, da Caixa Econômica Federal, e no fundo do Banco do Brasil. Não é à toa que o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), já mandou desengavetá-las.


Pingafogo

. Para apoiar o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) que o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), quer bancar a todo custo, o PSDB escolheu uma desculpa bem mineira.

. Os tucanos alegam que não têm compromisso com nenhum dos dois lados. Tanto que apoiaram, na disputa pela presidência da Câmara, Júlio Delgado (foto) (PSB-MG), que ficou atrás de Cunha e de Arlindo Chinaglia (PT-SP).



. A Construtora Camargo Corrêa admite que houve cartel na usina de Angra 3. Como se diz, é mais uma denúncia que pode adquirir característica de mais uma bomba nuclear contra o governo.
E prestes a explodir...

. Na volta do recesso na Assembleia Legislativa, os deputados vão apreciar projeto enviado pelo governador Fernando Pimentel (PT) que permite o parcelamento de dívidas tributárias e não tributárias de empresas em recuperação judicial.

. E o PT continua batendo na tecla do atentado ao Instituto Lula, que classifica como intolerável. E tem toda razão. Não é assim que a política brasileira vai ficar mais aprimorada e séria. Aliás, muito antes pelo contrário.

. O Congresso volta a trabalhar esta semana. E, pode anotar, serão sessões de muita tensão diante do quadro político atual.


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