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Estado de Minas

Reprovação de Dilma vai a 70,9%, diz pesquisa CNT/MDA

Nova rodada de pesquisa realizada pela CNT/MDA mostra que apenas 7,7% aprovam o governo da petista. É o pior desempenho de um presidente desde o início dos levantamentos, em 1998


postado em 22/07/2015 06:00 / atualizado em 22/07/2015 07:42

À medida que a crise aumenta, pesquisas mostram que popularidade da presidente Dilma despenca(foto: Ed Ferreira/estadão Conteúdo)
À medida que a crise aumenta, pesquisas mostram que popularidade da presidente Dilma despenca (foto: Ed Ferreira/estadão Conteúdo)

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A presidente Dilma Rousseff (PT) acumulou nessa terça-feira (21) mais um recorde negativo, com a divulgação da pesquisa da Confederação Nacional do Transporte (CNT/MDA). Segundo o levantamento, apenas 7,7% da população avalia positivamente o governo da petista – em março, eram 11% –, contra 70,9% que o consideram ruim ou péssimo, grupo que somava 65% dos entrevistados em março. Os níveis são os piores da série histórica, iniciada em julho de 1998, superando Fernando Henrique Cardoso (FHC), que teve 8% de avaliação positiva em setembro de 1999. O levantamento aponta também que a rejeição ao governo é acompanhada por um forte pessimismo da população quanto ao futuro do país.


A aprovação pessoal de Dilma também está em baixa e caiu de 19%, em março, para 15,3%, enquanto a parcela que desaprova a chefe de Estado cresceu de 78% para 79,9%, no mesmo período. A situação é tão delicada que 62,8% dos entrevistados disseram ser favoráveis a seu impeachment. Desse total, 44,6% apresentam como motivo para o afastamento da presidente as irregularidades nas prestações de contas do governo (pedaladas fiscais) e nas contas de campanha da petista, além da corrupção na Petrobras.


Vem das mulheres a maior rejeição ao governo da petista. De acordo com a CNT/MDA, 73,5% das entrevistadas consideram a gestão ruim ou péssima. Entre os homens, esse percentual é de 68,1%. A desaprovação entre pessoas com maior escolaridade e renda também é mais alta. Apesar disso, a avaliação negativa entre entrevistados com renda familiar de até dois salários mínimos chegou a 68,2%.

A maioria dos brasileiros acredita que a situação do país ficará mais difícil nos próximos seis meses. Para 75,9%, o custo de vida vai aumentar muito em 2015. Mais da metade (55,5%) respondeu que o desemprego vai piorar e um terço dos entrevistados (33,7%) acredita que a renda vai diminuir. A saúde e a segurança pública ficarão piores na opinião de, respectivamente, 47,5% e 46,2% dos entrevistados. A maior parte dos brasileiros acredita que nada vai mudar em relação à educação (42,1%) e à renda mensal (50,2%).

A crise só vai ser superada daqui a três anos ou mais, na previsão de 61,7% dos entrevistados. A grande maioria (84,6%) considera que Dilma não está sabendo enfrentar a crise econômica, sendo o ajuste fiscal inadequado na avaliação de 61,5% dos entrevistados. Enquanto isso, brasileiros sentem no bolso os impactos da crise. Mais da metade dos entrevistados (53,9%) informou ter alguma dívida vencida ou a vencer. Quase um terço (28,2%) disse estar com alguma conta ou prestação atrasadas, principalmente cartão de crédito, crediário e conta de luz.

O pessimismo estampa também resultados sobre a Operação Lava-Jato, que apura esquema de propina na Petrobras. Para 67,1% dos entrevistados que afirmaram já ter ouvido falar na investigação, os envolvidos não serão punidos. A maior parte dos entrevistados considerou a presidente Dilma e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como responsáveis pelo esquema. Mais da metade (52,5%) respondeu que o governo não será capaz de combater a corrupção na estatal. A maior parte (53,4%) avalia que a corrupção é um dos principais problemas do país. A pesquisa CNT/MDA entrevistou 2.002 pessoas em 137 municípios de 25 estados, em todas as regiões do país. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais, com 95% de nível de confiança.

Tucanos venceriam Lula


Se as eleições de 2018 fossem hoje, os tucanos teriam lugar garantido no Palácio do Planalto, deixando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fora da disputa. A pesquisa CNT/MDA, divulgada ontem, analisou três cenários na corrida pela Presidência da República. Todos trazem Lula (PT), Marina Silva (PSB/Rede) e o deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) entre os candidatos.

Numa primeira simulação, os três disputariam com o senador Aécio Neves (PSDB-MG). De acordo com o levantamento, o tucano teria 35,1% das intenções de voto para presidente no primeiro turno, contra 22,8% de Lula, 15,6% de Marina Silva e 4,6% de Bolsonaro. Na disputa com Lula no segundo turno, Aécio ficaria com 49,6% dos votos e o ex-presidente, com 28,5% da preferência dos eleitores.

De acordo com o levantamento, 44,8% dos entrevistados acreditam que, se Aécio Neves, derrotado nas últimas eleições, tivesse vencido a eleição, o governo dele estaria melhor do que o de Dilma. A pesquisa também projeta cenários em que, no lugar de Aécio, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), e o senador José Serra (PSDB) entrariam na disputa presidencial de 2018. Apesar de o ex-presidente Lula acumular mais intenções de votos que os dois tucanos no primeiro turno, tanto Alckmin quanto Serra venceriam o petista no segundo turno.

Outras pesquisas

No início do mês, a rejeição da população à presidente Dilma Rousseff (PT) foi a mais alta já registrada entre todos os presidentes desde a redemocratização, em 1985, de acordo com pesquisa encomendada pela Confederação Nacional das Indústrias (CNI) ao Ibope. O percentual que considera o governo de Dilma ruim ou péssimo subiu de 64%, em março, para 68%, em junho. No fim de junho, a pesquisa Datafolha também apontou que a reprovação da presidente atingiu o índice mais alto desde o início do mandato da petista, em 2011, chegando a 65%. Segundo a pesquisa, a taxa de rejeição do governo Dilma está em patamar próximo à enfrentada por Fernando Collor em setembro de 1992 (68%), pouco antes de ser afastado da Presidência da República.


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