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Estado de Minas PARTIDOS

PSDB elege nova executiva neste domingo

Escolhidos serão responsáveis pela estratégia das eleições de 2016 e por pavimentar o caminho para a disputa presidencial. Aécio continuará no comando


postado em 05/07/2015 06:00 / atualizado em 05/07/2015 08:19

Entre os senadores Serra (E) e Aloysio Nunes, Alckmin e Aécio se abraçam: presidente do PSDB afirma que o partido vai reforçar o diálogo com a juventude(foto: Orlando Brito - 6/10/14)
Entre os senadores Serra (E) e Aloysio Nunes, Alckmin e Aécio se abraçam: presidente do PSDB afirma que o partido vai reforçar o diálogo com a juventude (foto: Orlando Brito - 6/10/14)
Nove meses depois das eleições presidenciais nas quais obteve o seu melhor resultado desde a reeleição de Fernando Henrique Cardoso, em 1998, o PSDB realiza, hoje, a convenção nacional para eleger a nova executiva da legenda, que traçará as estratégias para as eleições municipais do ano que vem e para a oposição ao governo da presidente Dilma Rousseff (PT). A convenção contará com as duas principais estrelas do partido neste momento,  postulantes ao Planalto em 2018: o presidente nacional da legenda, senador Aécio Neves (MG), e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. “Não vamos antecipar o debate que será feito mais à frente. O PSDB vive, hoje, o momento de maior união em seus 27 anos de história”, declarou Aécio ao Estado de Minas.


A nova executiva foi montada de maneira negociada entre Aécio e Alckmin. O senador mineiro será reeleito para a presidência do partido para mais dois anos, como consequência do bom desempenho nas urnas no ano passado, quando perdeu a disputa presidencial para Dilma Rousseff por uma diferença de pouco mais de 3 milhões de votos. O governador reeleito de São Paulo emplacou o aliado e deputado federal Sílvio Torres (SP) para a secretaria-geral da legenda. E o suplente de senador José Aníbal (SP) deve ser escolhido para presidir o Instituto Teotônio Vilela.


Aécio explicou que, a partir do segundo semestre, a legenda intensificará o movimento de filiações e promoverá diálogo mais próximo com os jovens, como uma maneira de oxigenar e renovar o partido. Além disso, o PSDB começará a conversar com siglas que hoje orbitam em torno do PT, para consolidar alianças de olho nas eleições municipais de 2016. Essas negociações já ocorreram em 2014, quando, por exemplo, Aécio costurou acordo com o PTB. “Mas, de lá para cá, o desgaste petista só aumentou. Ninguém quer ter a sua imagem atrelada ao PT e aos escândalos de corrupção”, disse o senador.


O tucano mineiro ainda acha cedo para explicitar os planos municipais, mas admite que, nos locais onde não houver nomes competitivos do PSDB para disputar as prefeituras, o partido não terá nenhum problema em formar alianças competitivas. Outro objetivo traçado por Aécio é mostrar que, definitivamente, o partido é uma alternativa concreta de poder ao atual governo. “Retomamos a polaridade com o PT.”

Escândalos Vice-presidente da CPI da Petrobras, o deputado Antonio Imbassahy (PSDB-BA) lembra que a população brasileira tem acompanhado atentamente os escândalos de corrupção na Petrobras e a crise econômica vivida pelo país. “Com todo esse desgoverno que existe aí, os brasileiros têm a consciência de que somos nós a oposição ao governo do PT. Não existe espaço para uma alternativa”, acredita o baiano.

O deputado Ricardo Tripoli (PSDB-SP) acha que o equilíbrio na composição da Executiva trará harmonia no debate político. “Temos nomes do Centro-Oeste, do Norte, do Nordeste. Todas as regiões estão contempladas.” Ele acredita que a executiva nacional que será eleita em 2017 tende a ser mais tensa, já que será a responsável por definir os rumos da corrida presidencial de 2018. Para outro tucano, no entanto, os parâmetros começarão a ser lançados hoje. “Teremos o PSDB do Brasil inteiro à espera do discurso de Alckmin e de Aécio. Será o primeiro momento para eles testarem o poder de influência e de liderança interna”, prevê um cacique do PSDB, que pediu anonimato.

Os tucanos nas urnas
Confira a votação do PSDB nas eleições presidenciais desde a redemocratização

1989
Mário Covas — 7.786.939 votos (quarto colocado)

1994
Fernando Henrique Cardoso — 34.364.961 votos (eleito em 1º turno)

1998
Fernando Henrique Cardoso — 35.936.540 votos (reeleito em 1º turno)

2002
José Serra — 33.356.860 votos no segundo turno (perdeu para Lula)

2006
Geraldo Alckmin — 37.543.178 votos no segundo turno (perdeu para Lula)

2010
José Serra — 43.711.388 votos no segundo turno (perdeu para Dilma)

2014
Aécio Neves — 51.038.023 votos no segundo turno (perdeu para Dilma)


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