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Estado de Minas

Coluna do Baptista Chagas de Almeida


postado em 16/06/2015 12:00 / atualizado em 16/06/2015 12:21

(foto: Arte/Soraia Piva)
(foto: Arte/Soraia Piva)

PMDB, PT e PSDB em dias de tensão

O clima é de tensão – e, em alguns casos, até raivosas – nas relações políticas no Brasil nos últimos dias. Quem mais põe lenha na fogueira é o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que não perde uma única oportunidade de partir para cima do PT. E a recíproca é verdadeira. No congresso do PT na Bahia vários petistas atacaram Cunha. E ele ficou sabendo que foi chamado de “sabotador” e “oportunista de ocasião”. As respostas vieram nas redes sociais. E com a ameaça de romper a aliança com o PT nas eleições presidenciais de 2018.

E por falar em PMDB, a irritação atinge os dois lados. Uma partiu de um gabinete bem próximo ao da presidente Dilma Rousseff (PT), o do ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante (PT). Ele sugeriu que fosse nomeado ministro-chefe da Secretaria de Articulação Política. Só que essa função é exercida, a pedido da própria Dilma, pelo vice-presidente Michel Temer (PMDB). E o sempre cordato Temer queimou no golpe. “Furioso” foi o termo de peemedebistas que com ele conversaram.

Só que, desta vez, a vingança não foi um prato que se come frio. Diante da atitude de Mercadante, os peemedebistas da CPI da Petrobras na Câmara dos Deputados foram fundamentais para a aprovação do pedido de convocação de Paulo Okamotto, presidente do Instituto Cidadania, mais conhecido como Instituto Lula. É claro que o ex-presidente não gostou. E telefonou também furioso para o vice-presidente, reclamando do apoio da bancada do PMDB à convocação.

E no ninho tucano, a situação não parece diferente. Ninguém fala em candidatura presidencial em 2018, mas o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), já trabalha a todo vapor por ela, e o senador Aécio Neves (PSDB-MG) quer aproveitar o recall do pleito passado. E, para completar, o senador José Serra (PSDB-SP) ainda sonha em ser o candidato. O ninho está pequeno para tantas aves de alta plumagem.

Muita coragem
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, já fez a sua inscrição para concorrer à reeleição para o cargo. É muita coragem. Ele vai precisar, antes, ter o apoio dos colegas para integrar a lista tríplice que é enviada à presidente Dilma Rousseff (PT), que escolhe um dos nomes para a aprovação do Senado. Será que Dilma terá coragem para escolhê-lo, depois de seu comportamento diante da Operação Lava-Jato que investiga a corrupção na Petrobras? Mas coragem mesmo, se indicado, Janot precisará para enfrentar a ira de Renan Calheiros (PMDB-AL) e Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

A voz do leitor
Sobre a coluna de sábado, escreve em longo comentário o leitor Daniel Silva Filho, de Belo Horizonte: “Senhor protetor de corruptos dos partidos da elite, seu comentário sobre automóveis é simplesmente ridículo. Você acha que todos os brasileiros têm que possuir carro e têm que trocá-lo todo ano? Eu sou empresário de 56 anos e tenho um carro 2012 que só trocarei se houver algum sinistro com ele suficiente para a seguradora me dar outro”. Como é só parte dele, mais dois trechos: “Por que tanta parcialidade”? E mais: “Duvido que o senhor seja homem suficiente para mostrar correspondência de quem não concorda com suas posições”.

Filiação em massa
“Temos a honra e satisfação de convidá-lo para participar do curso de capacitação política do PDT, onde serão discutidos diversos temas, incluindo a organização partidária, análise das atuações das comissões provisórias e diretórios, prestação de contas, estatuto, reforma política e eleições 2016.” O convite, que foi enviado também a todos os parlamentares pedetistas, termina assim: “Pedimos a todos que forem comparecer para preencher a ficha de filiação que segue em anexo, e nos enviar no email: imprensapdtmg@gmail.com”. Uai, vai filiar os deputados também?

Relator do ramo
O Senado vai instalar hoje a comissão de especialistas que ficará encarregada de elaborar anteprojeto destinado a atualizar o Código Brasileiro de Aeronáutica. Ele é considerado defasado por dois motivos: o grande aumento da demanda de passageiros e a velocidade com que surgem novas tecnologias. A instalação terá a presença do presidente Renan Calheiros (PMDB-AL) e do ministro da Aviação Civil, Eliseu Padilha. Ah! O relator será o senador Vicentinho Alves (SDD-TO), piloto comercial.

Tinta na caneta

Enquanto o ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante (PT), cria confusão, o vice-presidente Michel Temer (PMDB) vem angariando a simpatia dos deputados federais. Em Minas, já começaram a sair nomeações para os cargos federais nos estados, como a presidência da Casemg, por exemplo. E outros dirigentes devem permanecer a pedido da própria bancada. O comentário é que quem conhece Temer bem, sabe que, se o governo não cumprir os compromissos que assumir, ele deixa o cargo de articulador na mesma hora.

PINGAFOGO

Um grupo restrito de deputados e senadores estará hoje na posse do novo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Edson Fachin. É que ele próprio optou por chamar poucos parlamentares para a solenidade.

Um dos poucos privilegiados é o deputado Fábio Ramalho (PV-MG), mais conhecido como Fabinho Liderança, e coordenador da bancada mineira. Aliás, Fabinho transita bem nos Três Poderes.

Quem estará amanhã na Comissão de Legislação Participativa para debater a questão da maioridade penal será o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Sérgio Kukina, que defende as atuais medidas do Estatuto da Criança e do Adolescente.

A sugestão foi do deputado Lincoln Portela (PR-MG), que argumenta: “A violência deve ser combatida com firmeza, afastando-se quaisquer sentimentos de impunidade em nossa sociedade”.

Quem apanhou e muito nos últimos dias nas redes sociais foi o apresentador Jô Soares. Tudo por causa da entrevista com a presidente Dilma Rousseff (PT). Os críticos acham que ele amaciou.

E ainda tem gente achando que não há crise entre o governo e o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). É o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva, porta-voz de Dilma.

 


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