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Estado de Minas

Coluna do Baptista Chagas de Almeida


postado em 17/05/2015 12:00 / atualizado em 17/05/2015 12:17



Não adianta, ele continua o mesmo

Já está virando chavão, mas não dá para resistir. O Brasil é mesmo o país da piada pronta. Bem, neste caso, da piada quase pronta. No despacho em que o ministro Luiz Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu ao ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) o direito de cumprir o restante da pena em regime domiciliar, o magistrado escreveu que ele teve “ótimo comportamento”. Ainda bem que a frase completa é: “Ótimo comportamento carcerário”. Ah, bom!

Roberto Jefferson deve estar bem de vida. Para ter a progressão do regime para prisão domiciliar, pagou multa total de R$ 840.862,54. E com valor corrigido pela inflação. Como só agora a carestia chegou com mais força, ainda deu sorte. E o ministro anotou: “Requisito indispensável” para que ele possa volta para casa.

O delator do escândalo do mensalão pagou e saiu feliz da vida. Recepcionado pela mulher, Ana Lúcia Novaes, fez questão de declarar logo na saída da Casa do Albergado no Rio, onde estava preso, sem se preocupar com o português: “Tô bem. Tá pago. Ainda tenho tempo para cumprir. Tô em paz. Agora vou poder me cuidar melhor. Vou namorar muito”. Continua o mesmo fanfarrão de sempre, que detonou o maior escândalo envolvendo alguns dos principais caciques petistas na época.

Mas o perigo ainda estava por vir. Sobre seu futuro, Jefferson falou que estava trabalhando como auxiliar de escritório. E anunciou que iria tentar “saber se eu posso avançar como consultor”, acrescentando: “Vou colocar em prática o que eu sei fazer”. Iiiiih! Será que vem outro mensalão por aí? É o que Jefferson sabe fazer de melhor. O escândalo da Petrobras que se cuide.

Roberto Jefferson entrou para a história política brasileira pela porta dos fundos, pelo caminho da corrupção. Mas é uma figura. No folclore político nacional, tem direito a cadeira cativa. E na fila da frente.

Voz do leitor
Escreve Kleber Pereira Gonçalves: “As mudanças nas regras para escolha dos ministros do STF chegam em boa hora. Elas impediriam o aparelhamento do Supremo Tribunal Federal, tirando da Presidência a prerrogativa das nomeações. Operando no mesmo sentido foi aprovada a PEC da Bengala, que, para mim, com perdão do trocadilho, ficou manca. Além de elevar a compulsória dos ministros para 75 anos, deveria estabelecer limites para a precocidade, tanto nas nomeações quanto nas aposentadorias. Isso poderia impedir nomeações políticas como a de Dias Toffoli, aos 42 anos.”

Palavras ao vento

O que se escuta no Congresso sobre as peregrinações do ex-presidente Lula (PT) por Brasília e seus lamentos sobre a presidente Dilma Rousseff (PT): “Quem inventou ela foi ele. De repente, Dilma assumiu o poder. E não escuta ele mais. Lula quer ser o dono do poder. Dilma tirou o poder dele”. E mais: Lula está percebendo que a crise pode inviabilizar até a chance de ele próprio não conseguir voltar em 2018. E já dá esses sinais, mas vai esperar a conjuntura até o final. De bobo o ex-presidente nada tem.

Futebol...

A Medida Provisória 671, que pretende a modernização da gestão dos clubes de futebol e a negociação de suas dívidas – R$ 6 bilhões – não tem apoio de nenhum de seus dirigentes, conforme depoimentos à Comissão Mista que debate o assunto no Congresso. O jogador mais caro do Bahia, segundo o presidente Marcelo Santana, custa R$ 300 mil mensais: é a dívida da Previdência. Jorge Gonzalez, da Portuguesa (SP), disse que restam três mil dos 100 mil sócios de antigamente.

...sem dinheiro
Como pagar as contas? A proposta do governo para tentar evitar a morte dos clubes é a ironia predominante entre os dirigentes do futebol. Ex-presidente do Cruzeiro, o senador Zezé Perrella (PDT-MG) é o relator-revisor da comissão e aponta como a melhor solução a criação de um programa de refinanciamento como o Refis, já usado pelo governo para outros setores. Mas alerta: “Tentam colocar jabuti na MP para interferir na gestão dos clubes”.

Kassab em BH
Quem estará em Belo Horizonte na quinta-feira é o ministro das Cidades, Gilberto Kassab. Acompanhado de técnicos do ministério, ele tem encontro marcado, pela manhã, com o governador Fernando Pimentel (PT) e parte de sua equipe de secretários. À tarde, Kassab será recebido pelo prefeito Márcio Lacerda (PSB) e pela Frente Mineira de Prefeitos das Cidades Polo. Nos dois compromissos, o ministro, mesmo com o cofre do governo federal trancado, vai discutir projetos para os municípios mineiros.

PINGA FOGO

 

Por falar na Frente Mineira de Prefeitos das Cidades Polo, o atual presidente, Wladimir Azevedo (PSDB), que foi reeleito, deve passar o bastão para o prefeito de Uberaba, Paulo Piau (foto, direita) (PMDB)

Confirmada a eleição de Paulo Piau, ele terá grande chance de incrementar a ação da frente. Deputado federal de vários mandatos, Piau conhece bem o caminho das pedras para buscar verbas nos ministérios.

É, se depender dos presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a batata do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, já está assando.

 Eduardo Cunha (PMDB-RJ) tem exagerado nas ameaças. A interlocutores próximos, usa termo forte caso Janot seja mantido no cargo. Avisa que a presidente Dilma (PT) vai viver um “inferno”. Eu, hein!

E o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, sobre o fim do fator previdenciário, ameaça: “Gastos novos geram novos impostos”.

Por que será que o ministro da Fazenda não toca, por exemplo, no fato de o governo federal ter nada menos do que 39 ministérios? Afinal, gastos velhos com a máquina deste tamanho já geraram novos impostos.

 


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