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Estado de Minas

Coluna do Baptista Chagas de Almeida


postado em 05/05/2015 12:00 / atualizado em 05/05/2015 12:06

(foto: Arte/Soraia Piva)
(foto: Arte/Soraia Piva)

"Hora de blindar a presidente Dilma"

O panelaço do Dia das Mulheres país afora, enquanto falava em cadeia de rádio e televisão, parece ter traumatizado a presidente Dilma Rousseff (PT). Tanto que ela não fez o tradicional pronunciamento do dia 1º de maio, o Dia do Trabalho, ou melhor, o Dia do Trabalhador, como os petistas gostam de dizer.

Agora, é a vez de a presidente Dilma não gravar participação para o programa do PT, também em rede nacional, que vai ao ar esta noite. Para tentar suprir a lacuna, os petistas recorreram ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele também resistia em aparecer no programa, mas acabou gravando.

O melhor é a explicação que vem do Palácio do Planalto, de alguns dos interlocutores mais próximos da presidente. Eles alegam que é hora de preservar a sua imagem. Preservar a imagem, com as pesquisas a colocando como a mais rejeitada presidente do país depois da redemocratização? Outra justificativa dá a senha da estratégia palaciana: “É hora de blindar a presidente”.

O PT vai à televisão no momento em que o país enfrenta graves problemas econômicos. Pode estar aí a decisão da presidente Dilma de não aparecer. E, por ironia do destino, na véspera do programa, a Volkswagen paralisa a produção e dá férias coletivas a mais de 8 mil operários. E onde? Em São Bernardo do Campo, berço do PT.

Até notícias que parecem ser boas para o país escondem uma outra realidade. Em abril, a balança comercial do Brasil mostrou que as exportações superaram em R$ 491 milhões as importações. Só que foram mais de 23% menores em relação ao ano passado. O superávit foi por causa da queda das importações. É mais um efeito da recessão.

São apenas dois exemplos que aconteceram ontem, mas suficientes para mostrar que o PT vai à televisão sem um discurso capaz de melhorar os ânimos dos brasileiros. Portanto, “é hora de
blindar a presidente”.

PEC da Bengala


Em Uberaba, no fim de semana, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), esteve com líderes de entidades ligadas ao agronegócio e traçou o cenário político nacional. Traçou, não. Melhor: descascou o cenário nacional. Condenou as centrais sindicais contra a terceirização, mas aliviou quando indagado sobre eventual impeachment de Dilma. Acha que não há fato contundente. E vai armar mais uma contra o governo: pretende pôr esta semana em votação a PEC da Bengala, que aumenta para 75 anos a aposentadoria compulsória dos ministros do Supremo Tribunal Federal.

Discurso discreto


Quem também esteve em Uberaba foi o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB). E ao saber da presença de Eduardo Cunha com os ruralistas, não titubeou. Apareceu de surpresa e também discursou. E foi discreto, pouco entrou nos temas polêmicos do momento. Mais tarde, Alckmin fez questão de postar a reunião em Uberaba em seus perfis na rede social.

Terceira via

O PPS municipal e o estadual irão se reunir nos dias 13 e 23 deste mês para se posicionar formalmente sobre a fusão com o PSB, aprovada pelas executivas nacionais. Pelo menos em Minas, a tese tem amplo respaldo do PPS. “A fusão tem caráter político importante, pois é preciso criar no país alternativa mais plural à polarização entre o PT e o PSDB”, afirma Luzia Ferreira, secretária municipal de Políticas Sociais e presidente estadual do PPS. A legenda integra a administração Marcio Lacerda (PSB) na PBH.

Ajuda pluripartidária

A Vara da Justiça do Trabalho que atende Muriaé e mais 18 municípios vizinhos conta agora com sede própria. Inaugurada pela presidente do TRT-MG, desembargadora Maria Laura Franco Lima de Faria, a nova sede já opera com o Processo Judicial Eletrônico. A construção do prédio foi viabilizada com recursos do Poder Judiciário Federal e com emendas parlamentares apresentadas ao Orçamento da União pelos deputados Renzo Braz (PP-MG) (R$ 500 mil) e Padre João (PT-MG) (R$ 250 mil).

Luto e dengue

O deputado Júlio Delgado (PSB) vai tentar ir a Brasília para participar do depoimento de Paulo Roberto Costa na CPI da Petrobras. Vai tentar, porque está com suspeita de dengue. Além disso, está de luto. Quando Delgado nasceu, seus avôs tinham morrido em um soterramento. Procópio José de Andrade, seu tio, assumiu a posição de avô e morreu esta semana. Ele coordenava as campanhas de Tarcísio Delgado e, ultimamente, as de Júlio.

PINGAFOGO


O ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Nelson Barbosa, foi convidado a participar de audiência pública, amanhã, na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados.

Resta saber se o ministro Nelson Barbosa vai comparecer, já que é convite, não uma convocação, e se vai atravessar da Esplanada para a Câmara de bicicleta. É que os deputados querem discutir as “pedaladas fiscais” do governo.

Calma, gente. Desta vez, não é troca de prefeito em Lavras, é troca de partido. O prefeito de Lavras, Silas Costa Pereira, desfiliou-se ontem do PSDB, e vem sendo cortejado para ingressar no PMDB.

Os peemedebistas, com uma política agressiva, pretendem atrair vários prefeitos do interior mineiro, e Silas Costa Pereira seria um dos alvos imediatos do partido.

Articulador político do governo, o vice-presidente Michel Temer (PMDB) passa por seu primeiro teste de fogo com as votações das medidas provisórias do ajuste fiscal. Tanto que se reuniu com líderes dos partidos aliados.

Nos últimos tempos, o governo tem tomado uma tamancada atrás da outra em votações importantes, principalmente na Câmara dos Deputados. E muita gente faz restrições ao ajuste fiscal. Temer terá que se esforçar.

 


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