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Estado de Minas

Renan e Cunha travam novo round


postado em 25/04/2015 06:00 / atualizado em 25/04/2015 07:09

Brasília – Em mais um capítulo da recente divergência na cúpula do PMDB, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), divulgou uma nota ontem em que acusa o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de promover uma controvérsia que atinge “o fortalecimento e a independência” do Congresso e que beneficia “aqueles que têm horror ao ativismo parlamentar”. Os dois peemedebistas entraram em choque devido ao projeto que libera as empresas a terceirizar qualquer parcela de suas atividades. Cunha é defensor da medida e liderou a sua aprovação na Câmara, nesta semana. Renan é contra permitir a terceirização da chamada atividade-fim, a principal da empresa, e tem sinalizado que vai trabalhar para barrá-la no Senado.

Ele diz que não vai “engavetar” o tema, mas que irá discuti-lo criteriosamente, envolvendo principalmente os trabalhadores, “referências inafastáveis e prioritárias na discussão”. Maior central sindical do país, a CUT é contra a liberação da terceirização para a atividade-fim. Mesma opinião tem Renan. “Terceirizar a atividade-fim, liberar geral, significa revogar a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), precarizar as relações de trabalho e importa numa involução para os trabalhadores brasileiros. Um inequívoco retrocesso”, diz o presidente do Senado na nota.  “É sabido que os servidores terceirizados têm cargas de trabalho superior, recebem salários menores e a maioria não tem oportunidade de se qualificar melhor”, completou o texto.

Em resposta às declarações anteriores de Renan, Cunha havia ameaçado barrar na Câmara a tramitação de projetos vindos do Senado, entre eles a validação de benefícios tributários concedidos por estados. “Não vou polemizar com o presidente da Câmara dos Deputados. Tal controvérsia só interessa àqueles que não querem o fortalecimento e a independência do Congresso Nacional, àqueles que têm horror ao ativismo parlamentar”, diz Renan na nota. Ele afirma ainda não haver no Senado o engavetamento de nenhum projeto da Câmara.

Procurado pela reportagem, o presidente da Câmara afirmou também não querer polemizar com Renan, mas disse que há sim projetos da Câmara na gaveta do Senado. “Gostaria muito que ele votasse o decreto dos conselhos populares, engavetado lá”, afirmou Cunha, em referência ao projeto que susta a Política Nacional de Participação Social, tema que enfrentou forte resistência da oposição e do PMDB. “Não quero polemizar. Ele (Renan) tem direito a ter a opinião que quiser, só não pode engavetar”, completou o deputado. “Como está falando que não fará, aguardemos.”


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