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Estado de Minas

Coluna do Baptista Chagas de Almeida


postado em 24/04/2015 12:00 / atualizado em 24/04/2015 12:00

(foto: Arte/Soraia Piva)
(foto: Arte/Soraia Piva)

Mais um conto da Carochinha


O Brasil se supera ao criar fatos que devem ser classificados como o mais puro surrealismo político. A polêmica da vez é o aumento do fundo partidário, que subiu de R$ 289,5 milhões no projeto de Orçamento da União enviado ao Congresso pelo governo para nada mais nada menos que R$ 867,5 milhões.

E o que fez a presidente Dilma Rousseff (PT)? Sancionou o aumento. E agora ela ameaça contingenciar os recursos destinados aos partidos. Se é assim, por que não vetou?

O vice-presidente Michel Temer (PMDB), alçado a articulador político do governo junto à base governista no Congresso, fica entre idas e vindas sobre o assunto.

Na Europa, onde está, chegou a comentar, depois que peemedebistas sugeriram veto presidencial: “O PMDB teve esta preocupação, tendo em vista o ajuste fiscal, mas as importâncias – penso eu – não são tão significativas, mas são relevantes para a atuação partidária”.

Depois, voltou atrás e avisou que o governo pode vir a contingenciar os recursos. Bem, querer é uma coisa, poder é outra bem diferente.

É que o dinheiro do fundo partidário é considerado verba de despesa de execução obrigatória. E quem fez questão de alertar para essa restrição foi o próprio relator do projeto de Orçamento, senador Romero Jucá (PMDB-RR).

Traduzindo: só um novo projeto de lei pode mudar este quadro. Alguém acredita que será aprovado exatamente por aqueles que usufruem do dinheiro em seus partidos? Só se for um conto da Carochinha.

No resumo da ópera, o presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), repetiu o que já havia dito: que a presidente Dilma fez o “que havia de pior” ao ameaçar diminuir o fundo.

De volta ao futebol

O senador Zezé Perrella (PDT-MG) foi indicado relator-revisor da Comissão Especial Mista instalada ontem para apreciar a Medida Provisória 671, que trata da modernização da gestão dos clubes de futebol, incluindo o parcelamento dos débitos com o Estado, que atingem a exorbitante cifra de R$ 3,5 bilhões. Especialista no assunto, com sua experiência na direção do Cruzeiro, Perrella dará sua contribuição e para começar, já tem 180 emendas apresentadas na Câmara dos Deputados para avaliar.

Soldado ilustre

É esta a homenagem que o presidente da Assembleia Legislativa, Adalclever Lopes (PMDB), recebeu do 12º Batalhão de Infantaria. São considerados ilustres os ex-soldados que passaram pelo batalhão e tenham se destacado nos cenários regional e nacional. Em seu discurso, Adalclever fez questão de lembrar que foi ascensorista, office-boy e datilógrafo antes de entrar para o Exército. E acrescentou: “O Exército foi uma fonte de conhecimento e também as raízes que me levaram onde estou hoje”. E ganhou o direito de integrar como o 17º soldado ilustre a galeria de fotografia do batalhão.

Tem que andar

Quem elogia o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), por estar pondo em votação projetos que estavam parados até 15 anos, é o deputado Marcos Montes (PSD-MG). E ele fala com conhecimento de causa. Afinal, teve quatro mandatos na Casa e voltou depois de 12 anos, após dois mandatos como prefeito de Uberaba e dois anos como secretário no governo Aécio Neves (PSDB). “O presidente está pondo para andar. São questões polêmicas, como a terceirização, mas têm que ser discutidas”, argumenta.

Caciques democratas

Há quem aposte, tanto entre democratas e petebistas, que a fusão do DEM e PTB é apenas uma questão de tempo, apesar das negociações terem sido interrompidas, por causa da resistência da turma do senador José Agripino, presidente nacional do partido, que parte, principalmente, do líder da legenda no Senado, Ronaldo Caiado (GO). Outros democratas, no entanto, continuam articulando nos bastidores e esperam que, em breve, será possível vencer as resistências internas na legenda. É melhor aguardar para ver, porque só tem cacique nesta história.

PEC rejeitada

A Proposta de Emenda à Constituição que acaba com o Tribunal de Justiça Militar (TJM) em Minas Gerais foi rejeitada ontem na comissão especial criada para analisá-la. O texto, que tem como primeiro signatário o deputado estadual Sargento Rodrigues (PDT), transfere para o Tribunal de Justiça (TJMG) as competências e atribuições do órgão, mantendo os conselhos de Justiça Militar. Recentemente, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) sugeriu o fim dos tribunais militares. O de Minas gastou somente em 2012 R$ 43,4 milhões, conforme a justificativa da matéria. Além do mineiro, restam os de São Paulo e do Rio Grande do Sul. O relator da PEC, deputado Thiago Cota (PPS), considerou que houve vício de iniciativa e a mudança só pode ser feita por um projeto de autoria do TJMG.

PINGAFOGO

Por causa do projeto de terceirização, é bom não convidar os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para a mesma mesa.

É que Renan ameaçou engavetar a proposta que tramita na Câmara. E Cunha devolveu na mesma moeda, avisando que iria segurar os projetos que chegasse à Câmara vindos do Senado. É, só no Brasil...

Por falar nisso, também é só no Brasil... O Ministério Público Federal pediu a prisão da irmã errada na Operação Lava-Jato. Como se diz, se contar, ninguém, acredita!

As obras de conclusão do Pronto-Socorro do Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia e as passagens inferiores e complementos urbanos da BR-365, que estavam paradas, serão retomadas.

A confirmação foi repassada ao prefeito Gilmar Machado (PT) pelo ministro Pepe Vargas, da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República.

E o vice-presidente Michel Temer (PMDB) descobriu a América, apesar de estar em Madri. Sobre a corrupção na Petrobras saiu-se com essa: “Pegar bem, não pegou”. Só contaram para ele.

 


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