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Estado de Minas

Ministro do Supremo defende reforma política

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) defendeu, em evento nos EUA, que a medida é necessária para atrair mais pessoas para a política


postado em 21/04/2015 06:00 / atualizado em 21/04/2015 07:19

(foto: Fellipe Sampaio/STF/SCO )
(foto: Fellipe Sampaio/STF/SCO )

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso defendeu, em evento nos EUA, que a reforma política é necessária para atrair mais pessoas para a política, que não pode ser “espaço de gente que não deu pra nada”. “Sou professor há mais de 30 anos. Já formei juízes, desembargadores, advogados. Mas não devo ter tido um que foi para a política. Não atraí vocações. Não podemos deixar que a política seja espaço de gente que não deu pra nada”, disse o ministro em palestra na Universidade de Harvard.

Para Barroso, uma das formas de possibilitar o acesso de novos quadros na política seria o financiamento público. “A política não pode ser o espaço dos aventureiros e gente interessada em fazer negócios”, disse o magistrado, para quem os novos políticos devem ser guiados pelo “patriotismo, idealismo e serviço público”. Na opinião do ministro, o Judiciário “não pode ser protagonista” da reforma política, e ele diz confiar que o Congresso chegará a um avanço na matéria, “mesmo que não agrade a todos”.

Em dezembro de 2013, o Supremo começou a julgar um pedido da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) para que seja declarado inconstitucional o financiamento de campanhas por empresas. Em abril, quando a maioria da corte (seis ministros) já havia votado contra o financiamento privado, o ministro Gilmar Mendes pediu vista do processo, que está parado desde então. Na semana passada, Mendes defendeu que a decisão sobre o tema cabe ao Congresso e que o STF deveria “calçar as sandálias da humildade”. Na sexta, o PT anunciou que os diretórios do partido não poderão mais receber doações de empresas.

Opinando “como eleitor e cidadão”, Barroso disse preferir um misto de financiamento público e privado de pessoas físicas nas campanhas eleitorais, para evitar que o debate público “seja de exercício do grande capital”. Para o ministro, se esse modelo não for possível, deve-se regulamentar a participação das grandes empresas. “Se a empresa vai participar, tem que ter limite. O limite para mim é: não pode financiar todos os candidatos. Tem que escolher um”, disse.


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