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Estado de Minas

PSDB quer se aliar a líderes contrários ao governo Dilma

Tucanos querem conversar com os grupos apartidários que têm protestado pelo país contra o governo Dilma


postado em 14/04/2015 06:00 / atualizado em 14/04/2015 07:15

Caberá a Aécio Neves a interlocução com os líderes dos movimentos (foto: Beto Novaes/EM/D.A Press)
Caberá a Aécio Neves a interlocução com os líderes dos movimentos (foto: Beto Novaes/EM/D.A Press)

A direção nacional do PSDB quer se aproximar dos líderes dos grupos contrários ao governo Dilma Rousseff (PT), tais como Vem para Rua e Movimento Brasil Livre, que foram às ruas de todo o país em 15 de março e no úlrimo domingo (12). A interlocução caberá ao presidente da legenda, senador Aécio Neves (MG), que optou por não participar da passeata em Belo Horizonte, no domingo, com a justificativa de não interferir no caráter apartidário do movimento. O objetivo dos tucanos é afinar o discurso da oposição aos anseios dos manifestantes, o que será feito com cautela, levando-se em conta o caráter difuso dos grupos.

De acordo com o senador e vice-presidente nacional do PSDB, Álvaro Dias (PR), há hoje uma divisão clara nos movimentos entre aqueles que querem a participação de políticos nos atos e os que preferem manter o caráter apartidário. Por isso, a necessidade da conversa, que será marcada nos próximos dias. “Vamos ouvi-los para saber o que eles desejam, se preferem ou não o distanciamento dos partidos”, afirmou.

O tucano lembrou que, independentemente de participação nas ruas, os parlamentares da oposição têm usado a tribuna da Câmara dos Deputados e do Senado para manifestar o descontentamento com o Palácio do Planalto. “Temos a nossa forma de expressar, mesmo sem sair às ruas”, disse o senador. O PSDB vem sendo criticado por manifestantes, que cobram uma posição mais incisiva da legenda contra o governo federal. No último domingo (12), Álvaro Dias preferiu não participar das manifestações para evitar o risco de ser classificado como “oportunista”.

Embora institucionalmente o PSDB tenha optado por não participar dos protestos, vários filiados à legenda foram às ruas. Entre os mineiros que participaram do evento está presidente estadual do partido, deputado federal Marcus Pestana. “Nós precisamos estabelecer um diálogo com os movimentos”, argumentou o tucano.

Marcus Pestana afirmou ainda que a meta do PSDB é abrir um canal com os manifestantes, e não se apropriar do movimento. Até porque, segundo ele, no domingo foi cobrada, na Praça da Liberdade, a presença da oposição. “Temos uma cultura diferente do PT, que se apropria dos movimentos sociais, da CUT (Central Única dos Trabalhadores), do MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra) e da UNE (União Nacional dos Estudantes)”, disse o parlamentar mineiro.

Na sexta-feira, durante encontro com representantes de partidos aliados, o senador Aécio Neves chegou a cogitar a possibilidade de participar da manifestação na capital mineira, marcada para a Praça da Liberdade. No entanto, no dia do evento, preferiu se ausentar. “A reflexão política dele é que a sua presença poderia dar argumento aos adversários de que há um terceiro turno”, disse Pestana.


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