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Estado de Minas

Tucano acusa governo do PT em Minas de montar teatro

Porta-voz do PSDB, Gustavo Valadares rebate números apresentados pela equipe petista e afirma que Pimentel comete "estelionato eleitoral" ao não cumprir promessas de campanha


postado em 07/04/2015 06:00 / atualizado em 07/04/2015 07:14

"O que eles estão fazendo agora, com esse teatro vergonhoso, é tentar enganar a população para que os mineiros não percebam que o que aconteceu por aqui é o mesmo que aconteceu na esfera federal: um estelionato eleitoral" - Gustavo Valadares (PSDB), líder da minoria na Assembleia Legislativa (foto: Túlio Santos/EM/D.A Press)
O escolhido para rebater as críticas feitas pelo governador Fernando Pimentel (PT) na auditoria divulgada nessa segunda-feira foi o líder da minoria na Assembleia Legislativa, deputado Gustavo Valadares (PSDB). O tucano afirmou que o anúncio do governo petista foi um “teatro montado para justificar o não cumprimento de promessas eleitorais logo no início do governo” e atribuiu a paralisação de obras em Minas Gerais à falta de repasses federais prometidos à gestão passada e cancelados. Segundo ele, por meio de empréstimos do Banco do Brasil, o Palácio do Planalto tinha assegurado a liberação de R$ 1,1 bilhão para investimentos em obras que deveriam ser pagos até agosto.

“O não pagamento desses convênios firmados com os municípios é consequência desse jogo sujo praticado pela senhora presidente da República, Dilma do PT. Com o Banco do Brasil, foi negociado com nosso governo um empréstimo significativo e os valores não foram pagos por questões políticas”, disse Valadares. O tucano afirmou que o ex-governador Alberto Pinto Coelho (PP), que sucedeu a Antonio Anastasia (PSDB) em abril, conseguiu na Justiça que o empréstimo com o banco fosse liberado, mas que, após Pimentel assumir, a vitória conseguida pelo governo anterior foi descartada. “Dessas 500 obras citadas, 60% dependem de liberação desse empréstimo. E já tínhamos assegurado a verba na Justiça. Até que Fernando do PT desistiu da ação e falou que teria uma conversa amigável com o banco. Mas isso eles (governo de Minas) não explicam para a população”, criticou o deputado.

Em entrevista coletiva no final da tarde dessa segunda-feira, poucos minutos após o balanço anunciado pelos secretários do governo de Minas, o líder da minoria fez questão de se referir ao governador como “Fernando do PT” ou “Fernando da Dilma”. Ele disparou contra as promessas feitas pelo petista durante a campanha e afirmou que Pimentel cometeu “estelionato eleitoral”. O tucano citou promessas feitas durante o período eleitoral, como os reajustes para os professores e a redução de impostos.

“O que eles estão fazendo agora, com esse teatro vergonhoso, é tentar enganar a população para que os mineiros não percebam que o que aconteceu por aqui é o mesmo que aconteceu na esfera federal: um estelionato eleitoral. Até agora, o novo governo já admitiu que não poderá cumprir duas propostas de campanha. A redução do ICMS sobre a energia elétrica, que eles falavam que era a mais cara do Brasil, e também o salário dos servidores da educação, que ouviram a promessa de que o piso nacional seria pago, mas acabaram de ficar sabendo que essa promessa não será cumprida”, criticou Valadares. Segundo o balanço apresentado pelo governo Pimentel, a Secretaria de Estado de Educação pretende substituir os designados por concursados. Serão nomeados 60 mil servidores nos próximos quatro anos. Para a questão salarial, o estado já apresentou um plano de recomposição que vai levar ao pagamento do piso nacional em 2018

CHOQUE DE GESTÃO O parlamentar defendeu o choque de gestão que ficou como marca do governo tucano e foi implementado no início da administração de Aécio Neves (PSDB), ressaltando que até mesmo órgãos federais vieram a Minas para aprender sobre o funcionamento do modelo. “Entre 2003 e 2014, o que fizemos foi transformar Minas em um estado que serve como exemplo de gestão. Para rebater a crítica do Fernando do PT, basta verificar que o choque de gestão foi copiado e recebemos visitas de inúmeras prefeituras e governos estaduais interessados em adotá-lo. Um exemplo de órgão que veio nos procurar é o BNDES, que estava ligado diretamente ao ministério no qual Fernando do PT foi ministro”, disse o tucano, em referência ao período em que Pimentel foi titular da pasta do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

“Nosso choque de gestão significou gastar menos com a máquina pública e mais com o cidadão. Se o estado está em total calamidade financeira, era o momento de apertar o cinto e cortar gastos, mas o Fernando do PT faz o contrário. Chegamos ao final de nosso governo com 17 secretarias, enquanto eles, logo no início do governo, chegam a 21. Inclusive criando cargos com salários superiores ao do governador. Foi o que Pimentel fez ao longo desses 100 dias, aumentar os cargos para a companheirada”, disse o tucano.

Valadares apresentou ainda alguns dados relativos às gestões de Anastasia e de Alberto Pinto Coelho para rebater as críticas feitas pelo governo de Minas. Segundo o tucano, entre 2003 e 2015, o estado aumentou em 84% o número de viaturas policiais e ampliou de 5 mil para 30 mil as vagas em presídios no estado. “Fomos o estado que mais investiu proporcionalmente em segurança pública. E todos os recursos saíram dos cofres de Minas. A presidente Dilma e o ex-presidente Lula não ajudaram Minas em nada na questão da segurança nos últimos 12 anos. Que agora, Fernando do PT pare de ‘mimimi’ e ‘chororô’ e comece a governar”, rebateu o tucano.


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