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Estado de Minas

Lista de Janot com políticos suspeitos de envolvimento na Operação Lava-Jato sai esta semana

Dezenas de nomes de parlamentares apareceram nos depoimentos dos delatores da Operação Lava-Jato


postado em 02/03/2015 08:07 / atualizado em 02/03/2015 08:48

A lista do procurador-geral das República, Rodrigo Janot, é esperada para definir os rumos da CPI da Pertrobras(foto: Cleiton Borges/Correio de Uberlandia)
A lista do procurador-geral das República, Rodrigo Janot, é esperada para definir os rumos da CPI da Pertrobras (foto: Cleiton Borges/Correio de Uberlandia)
Brasília - A semana começa com a expectativa de quais políticos terão o nome cravado na lista do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, como citados no esquema de corrupção da Petrobras. A preocupação maior no meio político é com a possibilidade de Janot apresentar denúncias contra parlamentares ao Supremo Tribunal Federal - o que significaria haver indícios fortes da participação do acusado nos desvios de verba.

Apreensivos, alguns políticos já tentam reduzir o impacto da medida com o argumento de que, se houver apenas pedidos de inquérito - quando há necessidade de mais investigação -, o reflexo pode ser a desidratação do escândalo de corrupção na Petrobrás e diminuição da força do trabalho que está sendo desenvolvido pelo juiz federal Sérgio Moro, que conduz as investigações da Lava-Jato.

Dezenas de nomes de parlamentares apareceram nos depoimentos dos delatores da Operação Lava-Jato, entre eles os dos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e Renan Calheiros (PMDB-AL), que negam as acusações. Conforme revelou o Estado em dezembro passado, só na lista do ex-diretor da Petrobrás Paulo Roberto Costa são ao menos 28 políticos mencionados.

A lista também é esperada para definir os rumos da nova CPI da Petrobras na Câmara. A bancada do PSOL pretende solicitar ao Supremo que os citados na lista não integrem a comissão.

Existem 42 procedimentos no Supremo relativos aos fatos apurados em duas delações da Lava-Jato. O número não coincide necessariamente com a quantidade de políticos citados.

Além da lista de Janot, que deve ser apresentada até quarta-feira, os acordos de delação premiada firmados por dois executivos da Camargo Corrêa - Dalton Avancini e Eduardo Leite - são outro motivo de apreensão no meio político. Eles são os dois primeiros executivos de uma empreiteira de grande porte que aceitaram colaborar com as investigações. O temor é de que essas delações estimulem outros empreiteiros a também contar o que sabem, o que poderá ampliar o leque de atingidos.


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