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Estado de Minas

Coluna do Baptista Chagas de Almeida


postado em 22/02/2015 12:00 / atualizado em 22/02/2015 12:37


Previsão do tempo: chuvas e trovoadas


Dizem que o ano no Brasil começa depois do carnaval, embora com a folia ainda animada hoje em várias capitais. Mas o horário de verão já passou. É um fim de semana com uma hora a mais para pensar o que acontece atualmente no país. Se existe risco de racionamento de água, os escândalos políticos transbordam e os reservatórios de ética estão mais baixos do que aqueles que abastecem as casas dos brasileiros.

A previsão na política é de chuvas de palavras e ataques ao estilo das trovoadas. E partem das principais lideranças do país. Depois de ficar na defensiva desde que as urnas foram fechadas no ano passado, a presidente Dilma Rousseff (PT), provavelmente em estratégia traçada na reunião de emergência em plena quarta-feira de cinzas no Palácio do Planalto, decidiu partir para o ataque.

Sobre o escândalo da Petrobras, resolveu atirar no ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB): “A corrupção deveria ter sido apurada nos anos 90”, portanto antes de o PT chegar ao poder. FHC fugiu ao seu estilo e devolveu com um tom acima do normal: “A Dilma é o tipo de pessoa que furta e grita ‘pega ladrão’”.

Uma troca de acusações que nada acrescenta à vida cotidiana dos brasileiros que estão pagando a conta da recessão e da má administração no governo federal, agravada pela ausência de medidas necessárias durante o período eleitoral. Tudo pela vitória nas urnas, nada para a correção de rumos no país.

E para completar, ainda tem a batalha no Congresso esta semana por causa do veto na correção da tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF). O tom governista foi de chantagem, mesmo com a enorme defasagem que aumenta o tributo sem a necessidade de elevar a alíquota, o que vem de muitos anos.

Até os sindicalistas – vários ligados ao PT – rejeitam a posição da presidente Dilma e defendem a correção de 6,5%, dois pontos percentuais acima dos 4,5% que o governo propõe. O custo do IR dá para calcular: R$ 1,7 bilhão a mais. O rombo na Petrobras é incalculável!

Votação moderna

Até uma inovação tecnológica pode atrapalhar ainda mais a vida da presidente Dilma Rousseff (PT) na votação de terça-feira dos vetos no Congresso, em especial o da correção da tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF). Será introduzido o uso da cédula eletrônica com a identificação do parlamentar. Assim, deputados e senadores poderão votar vários vetos ao mesmo tempo, embora possa haver destaques para a votação em separado. O mais importante, porém, é que não será mais necessária aquela eterna ladainha de abrir cédula por cédula e cantar o voto dado.

Com trocadilhos

A Justiça do Distrito Federal, em liminar, determinou um pit stop sem hora para acabar nas contas do ex-governador Agnello Queiroz (PT). A medida pedida pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MP-DFT) em alta velocidade pede o bloqueio de R$ 37 milhões em bens do ex-governador. Tudo por causa de derrapagens administrativas detectadas em investigações nos contratos de reforma do Autódromo Nelson Piquet e de publicidade para uma corrida de Fórmula Indy em Brasília. O novo governo cancelou a corrida. Não haverá a largada em 2015.

Hino do Galo

A Força Expedicionária Brasileira (FEB) realizou ontem solenidade comemorativa aos 70 anos da vitória brasileira na Batalha de Monte Castelo (Itália) durante a 2ª Guerra Mundial. Entre os homenageados, estava o prefeito Marcio Lacerda (PSB). Depois de todas as homenagens, condecorações e desfile da tropa, a Banda do Exército terminou a solenidade tocando o hino do Clube Atlético Mineiro. Tem explicação: o Comandante da 4ª Região Militar, Mário Lúcio Alves de Araújo, é atleticano doente.

Gol de placa

Romário (PSB-RJ) estreia no Senado com uma boa ideia. Quer aproveitar o fato de o Brasil sediar os Jogos Olímpicos do ano que vem para criar um fundo para financiar projetos para atletas de alto rendimento e garantir a manutenção da estrutura criada. “O ambiente olímpico dos jogos deve ser aproveitado como gatilho para continuar alavancando o desempenho dos atletas brasileiros em campeonatos mundiais e nas Olimpíadas”, justifica com razão o ex-jogador de futebol. Se Romário conseguir aprovar a sua proposta, quem sabe não terá marcado mais um golaço.PEC da BengalaVai dar pano para manga. A briga promete ser forte para a votação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que aumenta para 75 anos a aposentadoria compulsória dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Hoje, ela é de 70 anos. O pano de fundo da briga é que, sem a mudança, o PT teria indicado até o final do mandato da presidente Dilma Rousseff todos os ministros do STF e quase todos do STJ. O governo, é claro, resiste. Mas a oposição tem um aliado de peso. O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) é muito ligado a vários ministros atuais que querem continuar mais tempo na Corte.

PINGA FOGO

O chavismo do governo brasileiro incomoda os senadores Cristovam Buarque (PDT-DF), Ricardo Ferraço (PMDB-ES) e, claro, Álvaro Dias (PSDB-PR). Os três repudiaram a prisão do prefeito de Caracas, Antonio Ledesma.

E falaram no mesmo tom sobre o assunto, cobrando do governo brasileiro que repudie a atitude do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, por ato que consideram ser autoritário e violento.

O vice-primeiro-ministro de Portugal, Paulo Portas, aceitou convite do governador Fernando Pimentel (PT) para vir a Minas Gerais, provavelmente este semestre, liderando missão empresarial.

Como o próprio nome indica. Pimentel quer que o português Paulo abra as portas para incentivar negócios da comitiva empresarial em Minas. De novo, com o perdão do trocadilho.

Escrevem os leitores Sérgio Feitosa Henriques e André Bastos e André Malta condenando nota em que a coluna defendeu a não aceitação, pela presidente Dilma Rousseff (PT), das credenciais do embaixador da Indonésia.

Com razão, condenam o uso de drogas. A coluna não criticou a Indonésia por combater as drogas. Condenou a pena de morte, que não deveria haver em nenhuma situação.


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