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Estado de Minas COLUNA

Em dia com a política: A reunião da tesoura afiada

Senhores, quero apresentar a vocês. Este aqui é o Joaquim, este o Nelson e aquele o Alexandre. Depois de mim, eles é que mandam


postado em 27/01/2015 12:00 / atualizado em 27/01/2015 12:01

A presidente Dilma Rouseff (PT), que faz tempo anda sumida do grande público – só um seleto público privado tem tido encontros com ela no Palácio do Planalto – faz hoje a primeira reunião ministerial de seu segundo mandato. E o script já está traçado. Para inglês ver, ela vai determinar que os ministros cumpram rigorosamente o corte de 20% no orçamento que ela impôs a todas as pastas. E, claro, vai pedir que isso seja feito sem prejuízo dos programas e obras. Só com mágica então, ou há muito gordura sobrando e a faca será usada mais suavemente.


Na verdade, porém, a presidente Dilma vai aproveitar a reunião para fazer uma espécie de desagravo à sua equipe econômica, que tem sido alvo de fogo amigo: os ministros da Fazenda, Joaquim Levy, e do Planejamento, Nelson Barbosa, além do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini. É que lideranças petistas do porte de um José Dirceu têm condenado a escolha da presidente, tanto da equipe quanto da condução da política econômica. Em privado, até o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já deu pitacos que Dilma não gostaria de ouvir.

O fato é que o governo demorou a tomar as medidas que deveria fazer por causa do período eleitoral, o que fez a situação piorar ainda mais. Foi perdulário e escondeu da população a verdadeira crise.

E não adianta querer usar a desculpa de que a crise é mundial – motor da economia mundial, os Estados Unidos voltaram a crescer já há algum tempo, na ordem de 5% no ano passado, embora a Europa ainda enfrente problemas. Além disso, no auge dos problemas nos países ricos, o Brasil surfava em boa situação.

“Senhores, quero apresentar a vocês. Este aqui é o Joaquim, este o Nelson e aquele o Alexandre. Depois de mim, eles é que mandam.” Deve ser assim a primeira fala de Dilma na reunião.

Enxugando a máquina


A edição de sábado do Minas Gerais, diário oficial do estado, trouxe 87 exonerações, a maioria delas no Escritório de Prioridades Estratégicas, que perderá o status de secretaria na reforma administrativa do governador Fernando Pimentel (PT) e terá seu papel reduzido na gestão do petista. Além disso, a Diretoria Central de Gestão de Direitos do Servidor publicou o resultado de processos em que considerou ilegal vários acúmulos de cargos na administração pública estadual. Semana passada, em ofício enviado a todos os secretários, o governo determinou que 20% dos cargos comissionados fiquem vagos.

Avon chama

A presidente Dilma Rousseff (PT) anda sumida, mas recebe no Palácio do Planalto algumas pessoas especiais, como empresários. Na última sexta-feira, por exemplo, quem esteve com ela foi a presidente da Avon Global, Sheri McCoy, e o presidente da Avon Brasil, David Legher. Discutiram a atuação da empresa no país e sua contribuição socio-econômica, inclusive para o fortalecimento e autonomia da mulher brasileira. Atualmente, o Brasil é o principal mercado da Avon no mundo, contando com um time de 1,5 milhão de revendedoras presentes em todas as regiões. “Fiquei satisfeita com o resultado do encontro. O diálogo está aberto”, afirmou Sheri McCoy.

Bandido bom...

Morreu ontem, aos 89 anos, de traumatismo craniano, depois de tomar um tombo em casa, o lendário secretário de Estado de Segurança Pública José Rezende, que foi também deputado federal. É dele a célebre frase que “bandido bom é bandido morto”.

A voz do leitor

Escreve o arquiteto Kleber Pereira Gonçalves: “Mas o governo estava mais ocupado em reeleger a presidente Dilma Rousseff (PT) e esconder da população a verdadeira situação do país. Baptista Chagas de Almeida mais uma vez pegou na veia. Nunca antes neste país tanta coisa foi empurrada para baixo do tapete por quem dizia que os tucanos é quem exerciam essa prática. E para cima do tapete foi jogado todo o lixo, na campanha mais sórdida a que assisti. Os candidatos de oposição foram desqualificados com mentiras e terrorismo, atribuindo-se a eles tudo que está sendo feito pela presidente. Maquiavel tem nessa turma seu discipulado, que, para se manter no poder, exerce a nefasta prática de os fins justificarem os meios”.

Qualidade literária


O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), apresentou balanço de sua gestão e divulgou relatório para dizer que fez uma economia estimada de R$ 530 milhões no ano passado. Estimada? Eu, hein! Mas o melhor ainda estava por vir. No documento, ele fez questão citar “o exemplo de um conterrâneo, o escritor Graciliano Ramos (1892-1953), que, quando prefeito de Palmeira dos Índios (AL), notabilizou-se pela seriedade no uso do dinheiro público e pela qualidade literária de seus relatórios.”

PINGAFOGO

Depois de se encontrar com deputados tucanos ontem, em São Paulo, o candidato à presidência da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ) teve encontro com o governador do Paraná, Beto Richa (PSDB). Aí tem!

Não é por nada não, mas o candidato Júlio Delgado (PSB-MG), que também disputa o comando da Câmara dos Deputados e tem o apoio do tucanos, a esta altura já deve estar com a pulga atrás da orelha. Ou vai participar da estratégia.

Por falar em tucanos, o líder do PSDB no Senado, Aloysio Nunes Ferreira, decidiu esperar até a última hora para descer do muro na eleição do novo presidente da Casa. É mesmo o velho estilo do partido.

Os tucanos buscam uma alternativa contra a reeleição do atual presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que tem sido um fiel escudeiro do Palácio do Planalto. E há muitos insatisfeitos na base governista.

Para adoçar um pouco a coluna: as exportações de mel e outros produtos apícolas cresceram 304% nas vendas para os Estados Unidos e 30% para a Alemanha no ano passado, em comparação com 2013.

De acordo com o Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, no ano passado, 1,4 mil toneladas de produtos apícolas, incluindo mel, cera e própolis, foram embarcadas para outros países. Crescimento de 133% em relação a 2013.

 


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