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Estado de Minas

Delação pode render R$ 20 milhões a investigado


postado em 25/01/2015 06:00 / atualizado em 25/01/2015 07:46

Além de garantir pena máxima de cinco anos de prisão, o doleiro Alberto Youssef terá, com sua delação premiada, uma vantagem financeira ao fim da Operação Lava-Jato. No acordo, a sua defesa conseguiu a inclusão de uma cláusula de performance, a chamada taxa de sucesso, na qual ele receberá 2% de todo o dinheiro que ajudar a recuperar. Caso a Justiça consiga, com apoio de Youssef, colocar as mãos na fortuna de R$ 1 bilhão que circularia em paraísos fiscais, o doleiro embolsará R$ 20 milhões no final da ação.

O valor é metade de todos os recursos confiscados pela Justiça em nome de Youssef, acusado de criar empresas de fachada para enviar ao exterior dinheiro desviado por empresas envolvidas no esquema de corrupção na Petrobras. Além de imóveis e carros de luxo, a PF apreendeu R$ 1,8 milhão no escritório do doleiro em São Paulo. O acordo de delação premiada foi homologado pelo Supremo Tribunal Federal em dezembro do ano passado.

A cláusula de performance de Youssef é de 1/50. Ou seja, ele receberá R$ 1 milhão para cada R$ 50 milhões recuperados. A chamada taxa de sucesso é comum nas operações do mercado financeiro. “Não se trata de privilégio, pelo contrário, tudo foi negociado com a Justiça estritamente dentro da lei. A delação é premiada, portanto, pressupõe vantagens ao meu cliente”, disse Antonio Figueiredo Basto, que defende Youssef.

Em dezembro, ao denunciar 36 suspeitos no esquema, o MPF pediu ressarcimento de R$ 1 bilhão aos cofres públicos, justamente o valor que pode ser recuperado com a ajuda de Youssef. Segundo Basto, foi com a ajuda de Youssef que os procuradores conseguiram chegar às empreiteiras e aos envolvidos no esquema. O doleiro forneceu ao MPF os nomes dos 11 executivos de empreiteiras que estão presos e uma lista com 60 políticos.


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