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Estado de Minas

Em visita à capital, Eduardo Cunha prega independência em relação ao Executivo

Candidato do PMDB a presidente da Câmara criticou adversários e cantou vitória em primeiro turno


postado em 24/01/2015 06:00 / atualizado em 24/01/2015 07:30

Em discurso, Eduardo Cunha disse que apoiadores mais %u2018ardorosos%u2019 estão em Minas(foto: Jair Amaral/ EM/D.A Press)
Em discurso, Eduardo Cunha disse que apoiadores mais %u2018ardorosos%u2019 estão em Minas (foto: Jair Amaral/ EM/D.A Press)

O candidato à Presidência da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ), tornou-se ontem cidadão honorário de Belo Horizonte. A oito dias das eleições, a homenagem, na Câmara Municipal de BH, virou palanque para o deputado federal, que pregou a independência do Poder Legislativo e metralhou para todos os lados. Sem modéstia, Cunha, que também é líder da bancada do PMDB, afirmou que sairá vencedor da disputa em primeiro turno e ainda criticou dois dos seus adversários. Chamou Arlindo Chinaglia (PT-SP) de submisso ao governo federal e disse que Júlio Delgado (PSB-MG) representa “um terceiro turno que não queremos fazer dentro do plenário da Câmara dos Deputados”.

“Acredito que a eleição será decidida em primeiro turno e que serei vitorioso”, afirmou. Apesar de já ter feito críticas diretas à interferência do Executivo no processo eleitoral, segundo o deputado federal, sua candidatura não será de oposição. “Não seremos uma presidência de oposição, mas não seremos também submissos ao governo”, disse. Segundo Cunha, sua postura será de independência. “A Casa não quer a hegemonia do partido do Poder Executivo no Legislativo. Não pode acontecer a interferência do Poder Executivo na eleição do Legislativo”, disse.

Aliados no Executivo, PT e PMDB têm trocado farpas na Câmara dos Deputados. Ontem, Eduardo Cunha voltou a atacar diretamente Chinaglia, candidato do PT. “O meu oponente do PT já foi presidente da Casa, já se comportou como submisso. O PT é submisso ao governo em todas as circunstâncias”, afirmou. Mas o deputado não poupou Júlio Delgado, apoiado pelo PSDB: “A outra candidatura representa uma oposição, justamente o terceiro turno eleitoral que não queremos fazer dentro do plenário da Câmara dos Deputados”.

A homenagem ao deputado federal foi capitaneada pelo vereador Marcelo Aro (PHS), eleito deputado federal em outubro. Durante a solenidade, o PHS anunciou oficialmente apoio a Cunha, que aproveitou a vinda à capital mineira para consolidar conversas com deputados da bancada mineira. Segundo Aro, em jantar oferecido a Cunha em sua casa, na quinta-feira, estavam presentes de 20 a 30 deputados federais. “Houve uma adesão muito boa, inclusive com a presença do vice-governador Toninho Andrade (PMDB)”, afirmou.

O líder do PMDB está confiante na vitória e convicto de que terá apoio dos 66 deputados do partido nas eleições em 1º de fevereiro, que têm votação secreta. Também contabiliza os votos de deputados do Solidariedade, PSC, PTB, PRB, DEM e PHS. Segundo Eduardo Cunha, estão em Minas seus apoiadores mais “ardorosos”. Pelas contas do deputado federal Leonardo Quintão (PMDB-MG), o colega de partido terá o apoio da maioria dos 53 mineiros na Câmara, inclusive daqueles que anunciaram voto em outros candidatos. “De Minas, sairão entre 30 e 35 votos”, afirmou Quintão, que apontou que a disputa no Congresso não interferiu na relação entre PT e PMDB em Minas.

Psol na disputa  

O deputado federal Chico Alencar (Psol-RJ) vai disputar a Presidência da Câmara dos Deputados no próximo dia 1º. De acordo com nota divulgada ontem pelo partido, a candidatura de Alencar é definida como “o resgate de ética na política, certeza de administração honesta e defesa de uma pauta legislativa a favor dos trabalhadores e do povo”. O Psol elegeu quatro deputados nas eleições de outubro.


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