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Estado de Minas

Vídeo-selfies entram na nova cena política

Alternativa vem sendo utilizado por parlamentares, especialmente do Congresso Nacional, como instrumento de marketing


postado em 28/12/2014 11:24

Fim das eleições, fim dos palanques, certo? Não completamente. Com as novas formas de emissão e recepção de mensagens oferecidas pelas redes sociais, o cenário mudou. Entraram em cena os “palanques virtuais” e, dentre as opções de postagem nas redes, uma em especial caiu recentemente no gosto dos políticos, sobretudo no Congresso Nacional: o vídeo-selfie.

Derivação dos selfies (autorretratos), utilizados ostensivamente nas eleições deste ano, os vídeos capturados pelos próprios parlamentares fornecem aos seguidores uma atualização em tempo real sobre determinada pauta no Congresso. Se durante as eleições as diversas plataformas tecnológicas serviam para turbinar as campanhas, agora são utilizadas para que os políticos se mantenham em evidência e não caiam no esquecimento do eleitor.

Um exemplo do uso dos vídeo-selfies ocorreu durante as sessões plenárias para votação do Projeto de Lei 36 (PL), que culminou com a eliminação da meta fiscal de 2014. Em sua página oficial no Facebook, o deputado federal pernambucano Bruno Araújo (PSDB) postou três vídeos onde atualizava seus seguidores sobre os acontecimentos de uma das tumultuadas sessões. O terceiro, postado às 4h55 da manhã - momentos antes do fim da sessão que durou 17 horas - atingiu quase 900 mil visualizações. Os senadores Aécio Neves (PSDB) e Lindenbergh Farias (PT) foram outros parlamentares que se manifestaram sobre o episódio por meio de vídeo-selfies nas redes sociais.

Para o professor de Comunicação e Política da Unicap, Juliano Domingues, o sucesso dos vídeos deve-se, entre outros fatores, à forma aparentemente amadora como são feitos, contrastando com as produções com script previamente definidas, como os guias eleitorais. “O vídeo-selfie sugere ao eleitor que não há maquiagem ou estratégias de marketing, embora sejam peças pensadas, obviamente, como parte de um plano mais amplo de comunicação”, avalia.

De acordo com Domingues, a visibilidade das postagens podem transformar o “apoio virtual” em novos eleitores. “Normalmente, o internauta tem acesso aos vídeos por meio de um amigo. Esse vínculo agrega valor ao que é compartilhado, sobretudo em tempos de descrédito da classe política”, aponta o professor.


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