Fecundada no contexto da redemocratização do Brasil, a gestação da Constituição mineira durou cerca de três anos até o dia de sua promulgação, em 1º de setembro de 1989. Ela nasceu logo depois da Constituição Federal de 1988 e contou com a contribuição de técnicos, políticos e sociedade civil, num processo que até hoje emociona quem participou. A Assembleia Legislativa de Minas Gerais recebeu cerca de 10 mil sugestões populares ao anteprojeto do texto constitucional.
“Foi a melhor experiência que já tive em minha vida parlamentar”, conta o deputado estadual Bonifácio Mourão (PSDB), que foi relator da Constituinte ainda
Em seu sexto mandato, Mourão se recorda que uma das mais polêmicas pretendia implementar o Parlamentarismo em Minas Gerais. A proposta chegou até a fazer parte do texto da Constituição. “Outro deputado entrou com emenda para liberar o jogo do bicho”, lembra. Mas a mais inusitada, segundo o parlamentar, foi a proposta de emancipar 57 municípios em Minas, que também recebeu seu parecer contrário. “Lembro-me de que o Anastasia (Antonio Anastasia, senador eleito), que era nosso assessor, colocou a mão no rosto e disse: que horror!”