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Estado de Minas

Dilma tem 10 dias para definir nomes para 34 ministérios

Presidente tem a tarefa de definir os nomes do primeiro escalão até o fim do ano, em meio à investigação do escândalo da Petrobras e das ameaças de manifestações no dia da posse


postado em 21/12/2014 06:00 / atualizado em 21/12/2014 08:34

Presidente Dilma pode enfrentar manifestações contra sua posse, em 1º de janeiro, em Brasília(foto: JUAN MABROMATA)
Presidente Dilma pode enfrentar manifestações contra sua posse, em 1º de janeiro, em Brasília (foto: JUAN MABROMATA)

Brasília
– A 10 dias do fim do ano e antes dos pedidos para 2015, a presidente Dilma Rousseff tem pela frente uma das tarefas mais complicadas da gestão. Ao fazer uma reforma ministerial “em partes”, a definição de 34 nomes do primeiro escalão ficou para a última hora. Nesta semana, Dilma terá o desafio de atender aos pedidos do PMDB sem, contudo, esbarrar em nomes citados nas denúncias da Operação Lava-Jato, da Polícia Federal. O Palácio do Planalto ainda se preocupa com as manifestações previstas para a posse da petista em 1º de janeiro, em Brasília.

A organização nacional do PT quer contar com um grande número de entusiastas da presidente, frente ao eventual cancelamento da festa de réveillon, que deveria ser promovida pelo Governo do Distrito Federal. Dos 39 ministros, apenas cinco nomes estão definidos. Além da equipe econômica – formada por Joaquim Levy (Fazenda), Armando Monteiro (Desenvolvimento), Nelson Barbosa (Planejamento) –, foram acertados Miguel Rossetto (Secretaria-Geral) e Kátia Abreu (Agricultura).

Cabe a Dilma ainda decidir se vai atender aos desejos do PMDB, que pede seis cadeiras, uma a mais em relação às ocupadas no primeiro mandato. Atualmente, o partido controla Minas e Energia, Previdência Social, Agricultura, Turismo e Aviação Civil, mas está de olho no Ministério da Integração Nacional, também cobiçado pelo PROS – atual mandatário da pasta – e pelo PP.

A equação ministerial ficou ainda mais complicada com a revelação da lista de 28 políticos citados pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa como beneficiários do esquema de corrupção na estatal, conforme revelou o jornal O Estado de S. Paulo. Um nome que era antes cotado, como o do presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), tem menos força de entrar na escalação de Dilma. Também citado na Operação Lava-Jato, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, é outro que deve deixar o governo. Peemedebistas dizem, no entanto, que Lobão já havia demonstrado a vontade de deixar o cargo, assim como Garibaldi Alves (PMDB-RN), chefe da Previdência.

Receios A equipe de Dilma Rousseff também teme a mobilização nas redes sociais para eventos contra a posse da presidente. O ministro da Secretaria-Geral, Gilberto Carvalho, enfatizou o interesse do PT em ter um número grande de entusiastas na festa do 1º de janeiro, na Praça dos Três Poderes. “Achamos que, se botarmos só 10 mil pessoas na praça, é um convite para que o outro lado faça uma provocação. Se botarmos bem mais gente que isso, duvido que alguém vai querer fazer alguma provocação”, disse Carvalho na semana passada. O receio é que a ausência da celebração popular na noite de 31 de dezembro poderá esvaziar a festa da posse de Dilma.

Na sexta-feira, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDF) acatou o pedido da liminar do Ministério Público impedindo que qualquer contrato seja assinado ou pagamentos sejam feitos pelo GDF em pregões eletrônicos da organização da festa. Para contornar o problema, o PT nacional já está planejando alternativas de entretenimento para os que forem a Brasília no dia 31. Para fechar o rosário de Dilma, a Federação Nacional dos Trabalhadores em Aviação Civil, filiada à CUT, promete manifestações “surpresas” nos aeroportos do país.

A escalação
» O que Dilma definiu até agora


Ministério da Fazenda
Joaquim Levy

Ministério do Planejamento
Nelson Barbosa

Ministério do Desenvolvimento
Armando Monteiro

Secretaria-Geral da Presidência
Miguel Rossetto

Ministério da Agricultura
Kátia Abreu


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