(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Decretadas férias `forçadas` na Assembleia de Minas Gerais

Deputados entram em recesso branco sem votar orçamento e propostas polêmicas, como o reajuste do funcionalismo e a efetivação sem concurso de 98 mil designados da educação


postado em 19/12/2014 06:00 / atualizado em 19/12/2014 07:38

Das 43 matérias previstas para serem apreciadas ontem pelos parlamentares em plenário, somente duas foram votadas e aprovadas(foto: Sarah Torres/ALMG)
Das 43 matérias previstas para serem apreciadas ontem pelos parlamentares em plenário, somente duas foram votadas e aprovadas (foto: Sarah Torres/ALMG)

Deixando para trás uma extensa pauta com projetos de reajustes salariais para o funcionalismo, efetivação ou elevação de nível de servidores sem concurso público, modificações na legislação ambiental e mudanças na regra de execução orçamentária, além do orçamento do estado para 2015, os 77 deputados estaduais entram hoje em uma espécie de recesso branco. Com a obstrução da atual oposição ao Executivo e futura base de Fernando Pimentel (PT), as propostas consideradas espinhosas para o governador eleito foram retiradas da lista de votação em plenário e, das 43 matérias a serem apreciadas ontem, somente duas foram aprovadas. Para “fechar” o ano, foi marcada reunião para a manhã de hoje somente para votar o segundo turno de uma delas. Como não será aprovado o orçamento, oficialmente o ano legislativo não acaba, mas os parlamentares acertaram informalmente a própria liberação dos trabalhos até o fim do ano.


Foi aprovado nessa quinta-feira o projeto que permite ao estado ampliar as garantias dadas ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) por um empréstimo de R$ 11 milhões para melhorias na Defensoria Pública. O estado fica autorizado a incluir arrecadação de impostos receitas tributárias no rol de contragarantias à União. O outro texto aprovado graças à pressão de um grupo de concursados foi o que cria cargos no Tribunal de Justiça Militar (TJM). Este ficou para votação em segundo turno hoje. Depois de vários ensaios, um acordo no meio da tarde levou ao esvaziamento da pauta, chegando aos dois projetos.


Na pauta estavam incluídos o reajuste geral de 4,62% para o funcionalismo estadual, a data base dos servidores do Ministério Público, planos de carreira da educação e a efetivação sem concurso público de 98 mil designados da educação. Também a proposta que elevaria as emendas parlamentares ao orçamento de R$ 1,5 milhão para R$ 7,5 milhões e tornaria a execução obrigatória. Outra que ficou de fora foi a proposta de emenda à Constituição (PEC) que acaba com a reeleição na Mesa Diretora da Assembleia.


“Foi muito pouco. Isso é um retrato do futuro, demonstra o que vai ser essa Casa nos próximos quatro anos. Se continuarmos com essa intransigência do PT, a Assembleia não vai votar”, afirmou o líder da maioria, deputado Gustavo Valadares (PSDB). O líder do governo, Luiz Humberto Carneiro (PSDB), afirmou que a culpa não foi do Executivo, já que por ele todas as matérias estariam liberadas e acusou o PT de incoerência por não querer votar. “Eles vão ser governo, poderiam vetar o que aprovamos.”


Segundo o líder do bloco de oposição, deputado Ulysses Gomes (PT), o acordo foi satisfatório para o atual e o próximo governo. Ele contestou a avaliação de que os petistas tenham se recusado a dar aumentos aos servidores. De acordo com Gomes, Pimentel não quis votar agora porque precisa assumir o governo para avaliar o real impacto das propostas. O parecer sobre a proposta orçamentária foi aprovado ontem `a noite, o que impede modificações no texto. Iniciando a gestão sem orçamento aprovado, Pimentel vai governar por duodécimos, tendo direito a 1/12 dos recursos previstos na proposta que segue em tramitação na Assembleia.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)