(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas COLUNA

Em dia com a política: Agenda cheia da presidente

Deve anunciar os ministros da área econômica, já que o quase ex-ministro Guido Mantega já não aguenta mais bancar a rainha da Inglaterra


postado em 16/12/2014 12:05 / atualizado em 16/12/2014 12:07

Enquanto enfrenta as agruras da montagem de sua equipe ministerial para o segundo mandato presidencial, Dilma Rousseff (PT) tem agenda cheia esta semana. Amanhá, por exemplo, vai à 47ª Cúpula Presidencial do Mercosul encontrar-se com seus pares do grupo em Entre Rios, uma província argentina.
No dia seguinte, um programa bem mais satisfatório. Vai à solenidade de diplomação para o seu segundo mandato como presidente do Brasil. Também o vice-presidente Michel Temer (PMDB) será diplomado. E, como não poderia deixar de ser, adivinhe quem estará lá para bater palmas? Ganha o doce quem respondeu primeiro o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que fez dura campanha – em alguns casos até com agressividade acima do tom – para garantir a vitória de sua afilhada.

No restante da semana – desde ontem – Dilma enfrenta compromissos mais desconfortáveis. Deve anunciar os ministros da área econômica, já que o quase ex-ministro Guido Mantega já não aguenta mais bancar a rainha da Inglaterra. E enfrentar a fúria do Movimento Sem-Terra se bater o pé na indicação da presidente da Confederação Nacional da Agricultura, senadora Kátia Abreu (PMDB-TO), para o Ministério da Agricultura. Agrada ao agronegócio e irrita os sem-terra. Faz melhor negócio para as finanças do país.

E ainda tem o PMDB, tanto na montagem do quinhão do ministério que caberá a ele quanto na disputa pela presidência da Câmara dos Deputados, onde Eduardo Cunha (PMDB-RJ) trabalha como um louco e o PT insiste em ter candidatura própria. E o deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), o nome mais cotado, tem temperamento difícil.

Mas é assim a vida de uma presidente da República. Fatos a comemorar, decepções a lamentar. E todo dia ter que enfrentá-los. Faz parte.

Briga boa


Continua a polêmica da votação do Orçamento da União de 2015 no Congresso ainda este ano. E quem defende é o presidente do Senado, Renan Calheiros. A ideia é trabalhar entre 23 deste mês e 31 de janeiro, antes de a atual legislatura acabar. O objetivo todo mundo conhece. É dar uma chance aos deputados e senadores que não se reelegeram a apresentar as suas emendas, seguindo a regra de metade para suas bases eleitorais e a outra metade para ações na área de saúde. Cada parlamentar, reeleito ou não, teria direito a R$ 16,32 milhões, o que dá um custo total ao Senado de R$ 9,7 bilhões.

Sem conversa

Pelo menos por enquanto. Nem mesmo com a intermediação do vice-presidente da República e presidente nacional do PMDB, Michel Temer (SP), considerado um gentleman pelos próprios colegas, Arlindo Chinaglia (PT-SP), que já não conta com muita simpatia dos colegas, aceita conversar sobre a disputa pela presidência da Câmara dos Deputados. Ele até que tentou despistar. Disse que não foi procurado e que ainda não procurou representantes do PMDB. Enquanto isso, o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) percorre o país em franca campanha. Será difícil para o petista.

Será no domingo

Deputados reeleitos e mesmo os eleitos estão num desânimo danado com a posse em 1º de fevereiro. É que cai em um domingo. E o ritual é longo. Primeiro, é dada posse a cada um dos deputados, o que já leva um bom tempo. Depois, vem a eleição da Mesa Diretora. Como tudo indica que haverá vários candidatos a presidente e deve haver disputa também em outros cargos da mesa, é praticamente certo que haverá segundo turno. Pelo jeito, a votação vai entrar noite adentro. Do domingo. Tem deputados, especialmente os reeleitos, que já não escondem a preguiça de perder o fim de semana.

Líder socialista


Candidato à Presidência da Câmara dos Deputados, Júlio Delgado (PSB-MG) vai assumir a presidência do partido no encerramento dos trabalhos legislativos. Ele substitui o deputado Beto Albuquerque (PSB-RS), que não se reelegeu porque foi candidato a vice-presidente da República na chapa da ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva (PSB). Júlio Delgado, no entanto, fará apenas a transição e, claro, aproveitando o cargo para valorizar o seu passe na briga eleitoral na Câmara. Assim que os trabalhos da próxima legislatura se iniciarem, os socialistas farão eleição para definir a liderança.

Aproximação cuidadosa

Quem esteve discretamente em Belo Horizonte semana passada foi o presidente nacional do PSD e provável ministro Gilberto Kassab (SP). Ele reuniu as bancadas estadual e federal de deputados para um encontro com o governador eleito Fernando Pimentel (PT). Foi uma visita mais institucional, conforme revelou um dos presentes. A ideia inicial é manter um diálogo, uma posição de equilíbrio e até de parceria, mas não cair no colo do governo, apesar de entender o respeito que Kassab tem pela presidente Dilma Rousseff.

Pingafogo

O senador Pedro Simon (PMDB-RS) já começou a limpar as gavetas e a encaixotar documentos para deixar o Senado. Aos 85 anos de idade e 32 anos com assento no Senado, Simon deve encerrar a vida pública. Uma pena!

Aliás, Pedro Simon está deixando o Senado, mas não perdeu a língua afiada. E sobrou para a presidente Dilma Rousseff (PT). O gaúcho pegou na veia: “A presidente brinca de montar ministério e até hoje não demitiu a presidente da Petrobras”.

Alencar, as you read this, republican and democratic leadership in Congress are working together to overturn Initiative 71, a ballot measure legalizing marijuana that 70% of voters in our nation's capital voted for last month.
 
O Alencar citado acima é o deputado estadual Alencar da Silveira Filho (PDT), que recebeu manifesto da Aliança de Política de Drogas, que reúne os rivais republicanos e democratas no Congresso, e que faz mobilização para derrubar a liberação da maconha em Washington. Em tempo: Alencar é combatente do tabagismo.

n A economia brasileira já não está mais andando de lado. De acordo com o Banco Central, teve inesperado recuo de 0,26% em outubro. E olha que vem mais alta de juros por aí. A crise já está abrindo a porta.

n A Comissão da Verdade quer punir tanto os integrantes das forças de repressão quanto os militantes que usaram violência e fizeram luta armada. Pelo jeito, cutucaram a onça com vara curta.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)