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Estado de Minas

Suíça suspeita que remessas ultrapassam US$ 23 milhões

Executivos citados no escândalo da Petrobras são investigados criminalmente no país europeu por lavagem de dinheiro


postado em 26/11/2014 09:37 / atualizado em 26/11/2014 10:09

A Justiça suíça suspeita que o esquema de remessas ilegais para contas no paraíso fiscal envolvendo o escândalo da Petrobras movimentou um volume de recursos superior aos US$ 23 milhões já bloqueados. Entre os suspeitos de terem enviado dinheiro para contas na Suíça estão o suposto operador do PMDB, Fernando Soares, o Baiano, e Renato Duque, o ex-diretor de Serviços da Petrobrás.

Nessa terça-feira, uma delegação de procuradores brasileiros que trabalham na Operação Lava Jato esteve em Lausanne por mais de quatro horas revisando documentos e movimentações bancárias colhidas pela Justiça suíça. O acesso aos documentos ocorreu nos escritórios do Ministério Público suíço e continuará hoje. Além de identificar quem enviou os recursos para as contas na Suíça, os brasileiros tentam desenhar o caminho dos recursos para fazer a denúncia formal.

Os procuradores Delton Dallagnol e Orlando Martello, que integram a delegação, também negociam com os suíços um acordo para acelerar o repatriamento de US$ 23 milhões depositados em cinco contas do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa. O dinheiro está congelado.

Pelos acordos assinados pelos suíços, recursos bloqueados apenas são enviados ao País de origem se a Justiça que o investiga condena o suspeito em última instância. No caso do ex-prefeito Paulo Maluf, os recursos levaram mais de 10 anos para voltar aos cofres públicos.

Os executivos citados no escândalo da Petrobras são investigados criminalmente na Suíça por lavagem de dinheiro, mas as autoridades locais não informam os nomes das pessoas investigadas em processo sob segredo de justiça.

De acordo com os suíços, não foi a Justiça brasileira que pediu ajuda para os suíços, mas o contrário. A previsão é de que a conclusão da investigação e eventual indiciamento ocorram em 2015. Se condenados, os envolvidos no caso poderiam pegar entre três e cinco anos de prisão.


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