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Estado de Minas

Pimentel reclama e pede mais dados sobre as contas de Minas

Governador eleito afirma que informações repassadas à sua equipe de transição são insuficientes. Governo atual contesta e diz que tem sanado todas as dúvidas apresentadas


postado em 25/11/2014 06:00 / atualizado em 25/11/2014 07:15

O governador eleito de Minas, Fernando Pimentel (PT), disse nessa segunda-feira, em Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, durante encontro com empresários, que ainda não tem “números reais” da situação financeira do estado. Segundo Pimentel, sua equipe teve acesso a dados do Tesouro Nacional, mas ainda insuficientes para dar um quadro geral do estado. A fala do Pimentel foi uma resposta a um questionamento feito durante palestra para empresários sobre o déficit primário (diferença entre despesas e receitas) de R$ 86 milhões registrado pelos cofres do estado em 2013. Ele disse que espera trabalhar o primeiro ano com um “orçamento contido”. Apesar disso, afirmou que a intenção de seu governo é aumentar a arrecadação, “atraindo para a base tributária quem está fora dela”.

Em entrevista coletiva, Pimentel minimizou a falta de dados e disse que, apesar de não ter tido acesso a todas as informações que desejava, não vai assumir o estado “no escuro”. “Nós temos dados suficientes para ter uma ideia da situação geral do estado. Eu esperava que na transição a gente pudesse chegar a um nível maior de detalhamento, aprofundar mais a informação, mas infelizmente isso não está ocorrendo. A equipe (de transição) talvez não tenha entendido que é preciso detalhar mais para ganharmos tempo”, disse.

O decreto instituindo a comissão de transição foi assinado pelo governador Alberto Pinto Coelho (PP) em 25 de outubro, mas a primeira reunião da equipe de Pimentel com técnicos da Secretaria Fazenda para tratar da situação financeira do estado vai ocorrer somente na sexta-feira.

Já o vice-governador eleito, Antônio Andrade (PMDB), foi mais crítico em relação à postura da comissão de transição. Para ele, a equipe poderia ter ajudado mais e o repasse de informações poderia ter sido mais fácil. “Principalmente em relação às estatais e seus contratos em andamento”, reclama.

Ele também afirmou que o estado está atrasando medições de obras para deixar os pagamentos para janeiro, quando o novo governo assume. Antônio Andrade disse ainda que nenhum dos projetos que aumentam despesas e que foram enviados pelo governo para o Legislativo será aprovado até que o futuro governo tenha mais clareza sobre a real situação financeira do estado. “Como definir a votação se não conhecemos a situação financeira do estado?” Até o momento foram realizadas 16 reuniões que trataram de temas como saúde, educação, transporte e obras públicas, meio ambiente, esporte e turismo.

Por meio de nota, o governo do estado afirmou que todas as informações sobre a administração estão sendo transmitidas à equipe de transição do governador eleito em reuniões que foram agendadas em conjunto entre as equipes da atual gestão e da futura. Diz ainda que tem sanado todas as dúvidas da equipe do governo eleito durante as reuniões e que o processo está sendo conduzido de “forma democrática e republicana”. “Porque entende que este momento de transição é importante para a população mineira, para a avaliação que o próximo governo fará sobre as políticas públicas implementadas no estado e para a continuidade na prestação dos serviços.”

Campanha questionada


Parecer técnico conclusivo do Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG) pede a reprovação das contas de campanha do governador eleito Fernando Pimentel (PT). Segundo o documento, foram encontradas “falhas de natureza qualitativa e quantitativa que comprometem a regularidade e transparência das contas”. Além de problemas com recibos de doação, o TRE-MG identificou gastos de R$ 10,1 milhões acima do limite declarado. Pimentel disse que o parecer é preliminar, que as falhas são sanáveis e que a campanha vai esclarecer todos os questionamentos. De acordo com o TRE-MG, o documento segue para análise e parecer da Procuradoria Geral Eleitoral e depois vai ser analisado pela corte do tribunal.


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