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Estado de Minas

Líder do PT abre mão de sigilos na investigação Lava Jato


postado em 24/11/2014 07:37

O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), informou nesse domingo, em nota oficial, que coloca seus dados pessoais, inclusive bancários, à disposição de todos os órgãos envolvidos nas investigações da Operação Lava a Jato. Na nota, replicada em seu perfil no Twitter, o petista “nega veementemente ter pedido a quem quer que seja que solicitasse qualquer doação de campanha ao Paulo Roberto Costa”, delator do esquema de corrupção e ex-diretor de Abastecimento da Petrobras.

Segundo reportagem do jornal O Estado de S. Paulo de ontem, Paulo Roberto afirmou à Justiça que o líder do PT recebeu R$ 1 milhão do esquema de desvios de recursos envolvendo a Petrobras. De acordo com o jornal, a citação foi feita em depoimento sigiloso que integra a delação premiada assinada pelo ex-diretor. O senador diz ainda que espera com “absoluta tranquilidade” o pronunciamento da Procuradoria Geral da República (PGR) sobre as acusações antes de tomar providências.

O jornal afirma que, segundo Paulo Roberto, o dinheiro a Costa foi solicitado pelo empresário Mário Barbosa Beltrão, presidente da Associação das Empresas do Estado de Pernambuco (Assimpra). Paulo Roberto teria dito que o dinheiro saiu da cota de 1% do PP. Segundo o jornal, o ex-diretor não soube informar como ocorreu o repasse, mas declarou que o empresário lhe confirmou o pagamento. Humberto Costa afirma também não haver qualquer razão que justificasse o apoio financeiro de outro partido à sua campanha.

“Mais inverossímil ainda é a versão de que se Paulo Roberto não tivesse autorizado tal doação, correria o risco de ser demitido, como se eu, à época sem mandato e tão somente candidato a uma vaga ao Senado, tivesse poder de causar a demissão de um diretor da Petrobras”, declarou. Segundo o líder, todas as suas doações de campanha em 2010 foram devidamente registradas e informadas à Justiça Eleitoral. E acrescenta: “Sou defensor da apuração de todas as denúncias. (…) Porém, entendo que isso deve ser feito com o cuidado de não macular a honra e a dignidade de pessoas idôneas”.


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