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Estado de Minas

Cidade que votou em peso em Dilma espera recompensa com benefícios

Bonito de Minas, que tem 9,6 mil habitantes e 7,5 mil eleitores, fica no Norte do estado. No município, a presidente reeleita obteve 88% dos votos válidos


postado em 10/11/2014 06:00 / atualizado em 10/11/2014 07:27

Bonito de Minas, uma das cidades mais pobres do estado, com 1,5 mil famílias cadastradas no Bolsa-Família, deu 88% dos votos para Dilma(foto: Christiano Lorenzato - 10/1/03)
Bonito de Minas, uma das cidades mais pobres do estado, com 1,5 mil famílias cadastradas no Bolsa-Família, deu 88% dos votos para Dilma (foto: Christiano Lorenzato - 10/1/03)

Bonito de Minas, de 9,6 mil habitantes e 7,5 mil eleitores, no Norte do estado, foi o município mineiro que proporcionalmente mais deu votos a Dilma Rousseff na eleição de 2014. Nada menos que 88% dos votos válidos foram para a petista no segundo turno. Por causa da grande preferência pela atual presidente, além de aparecer na imprensa nacional, Bonito de Minas, que é uma das cidades mais pobres do estado, recebeu visitas de jornalistas estrangeiros e foi focalizada até em reportagem veiculada no site da TV Al-Jazeera, do Oriente Médio. A comunidade espera agora que a presidente Dilma reconheça a votação expressiva que recebeu dos seus eleitores e a recompense com benefícios.

No segundo turno, a petista teve 3.881 votos na cidade enquanto os 12% da preferência por Aécio Neves (PSDB) representaram 835 votos. Em um povoado da zona rural, chamado Japão, distante 100 quilômetros da área urbana, todos os 108 votos apurados no segundo turno foram dados a Dilma. Outro fato curioso é que, apesar da pouca votação em Aécio, na segunda gestão do tucano à frente do Governo do Estado, Bonito de Minas foi contemplada com o asfaltamento da estrada que liga o município a Januária, um trecho de 40 quilômetros.

O prefeito de Bonito de Minas, José Reis (PPS), acredita que a grande preferência do eleitorado local pela presidente reeleita deu uma exposição nacional ao município. Mas pondera: “Ainda não deu para sentir nenhum resultado prático dessa visibilidade. Esperamos que a partir de janeiro, quando a presidente Dilma tomar posse para um novo mandato, os votos dados a ela em Bonito de Minas sejam transformados em benefícios para a cidade”, comenta.

O prefeito disse que a grande reivindicação de Bonito de Minas ao governo federal é a construção de estradas para retirar o município do isolamento. A população pede a pavimentação da estrada que liga a cidade ao município de Chapada Gaucha, numa extensão de 130 quilômetros. A rodovia interliga a cidade com o Noroeste do estado, permitindo o escoamento da produção.

Além do programa Bolsa-Família, que tem 1,5 mil famílias cadastradas no município, diversos programas sociais, maquinários e recursos liberados pelo atual governo contribuíram para a expressiva votação que Dilma obteve em Bonito de Minas. Entre as ações implementadas destaca-se a entrega de 300 cisternas de captação de água de chuva, uma das medidas para o combate e convivência com os efeitos da seca e de um caminhão-pipa para o socorro às famílias atingidas pela falta de água no período crítico da estiagem. O município também recebeu do governo federal patrulha mecanizada, incluindo trator, pá carregadeira e uma máquina patrol. Esses equipamentos são de suma importância porque grande parte da população mora em áreas isoladas da zona rural e as estradas precisam receber reparos permanentes para a passagem de veículos pequenos.

Otimista, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Bonito de Minas, Faustino Rodrigues Silva, disse que a população local aguarda agora os benefícios que poderá receber no segundo mandato da presidente Dilma. “Temos muitas dificuldades para o escoamento da produção e, com certeza, a presidente vai nos ajudar a resolver isso”, afirmou Faustino. Já a servidora pública Marta Barbosa de Oliveira espera que a votação que a presidente recebeu resulte em obras para a cidade. “A prefeitura precisa de mais recursos para continuar o calçamento das ruas da cidade. Também necessita de verbas para melhorar a educação e construir áreas de lazer”, afirmou.


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