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Estado de Minas

Diretor da Petrobras nega existência de cartel para bancar propina na estatal

Em depoimento, Paulo Roberto Costa afirmou que existia um esquema de propina de 3% do valor dos contratos da estatal


postado em 29/10/2014 15:51 / atualizado em 29/10/2014 15:57

O atual diretor de Abastecimento da Petrobras, José Carlos Cosenza, afirmou durante depoimento à CPMI que nunca ouviu falar em cartel de empresas para bancar esquema de propina na estatal, como foi citado pelo ex-diretor Paulo Roberto Costa, preso pela Polícia Federal. “Desconheço qualquer existência de cartel. Sou diretor da área de Abastecimento, meu trabalho é conduzir o suprimento do País. Nunca ouvi falar sobre cartel”, disse em resposta ao relator da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga irregularidades na estatal, deputado Marco Maia (PT-RS).

Cosenza acrescentou que nunca ouviu falar de propina na Petrobras. Em áudio do depoimento de Costa, liberado pela Justiça do Paraná e divulgado pela imprensa, Costa diz que havia um esquema de propina de 3% do valor dos contratos, percentual que era destinado, em parte, para atender a PT, PMDB e PP.

“Não mantive contato”, destacou o diretor, se teria mantido contato com Paulo Roberto Costa para manter o suposto esquema de corrupção dentro da empresa por intermédio do seu antecessor.

“Desde que assumi a diretoria da Petrobras, tive, no máximo, três telefonemas ao Paulo Roberto Costa”, comentou Cosenza. Ele também informou que se encontrou duas vezes pessoalmente com o ex-diretor. O deputado Rubens Bueno (PPS-PR) disse que a resposta de Cosenza mudou depois de ele ser lembrado que estava falando sob juramento e poderia responder judicialmente por eventuais mentiras.

Youssef e Argôlo

Cosenza negou conhecer o doleiro Alberto Youssef, preso na Operação Lava Jato, da Polícia Federal, e o deputado Luiz Argôlo (SD-BA). “Nunca estive nem com um nem com o outro. Nem os conheço pessoalmente.” Outras reportagens mostram que a Polícia Federal interceptou, em setembro de 2013, troca de mensagens entre o Youssef - preso por suspeita de comandar esquema bilionário de lavagem de dinheiro - e Luiz Argôlo em que ambos mencionam o nome de José Carlos Cosenza e planejam agendar uma audiência entre o diretor e o doleiro.

Com Agência Câmara


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