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Estado de Minas

Dilma faz campanha em Pernambuco

Com Lula a tiracolo, Dilma percorreu durante o dia o estado que deu vitória a Marina


postado em 22/10/2014 06:00 / atualizado em 22/10/2014 07:32

Júlia Schiffarino, Sávio Gabriel e Aline Moura

Dilma Rousseff (PT), presidente e candidata à reeleição, em Petrolina, uma das paradas da maratona pelo sertão pernambucano, sobre a eleição de Paulo Câmara (PSB) ao governo do estado:
Dilma Rousseff (PT), presidente e candidata à reeleição, em Petrolina, uma das paradas da maratona pelo sertão pernambucano, sobre a eleição de Paulo Câmara (PSB) ao governo do estado: "Não haverá tratamento diferenciado, porque o governador foi eleito pelo povo e ele é um parceiro. Os meus parceiros, é o povo quem escolhe" (foto: Ichiro Guerra/Divulgação)

Recife – Na reta final de campanha, a presidente Dilma Rousseff (PT) mirou Pernambuco numa tentativa de ampliar o máximo possível a diferença para Aécio Neves (PSDB) no Nordeste. Reduto do então candidato do PSB, Eduardo Campos, morto em acidente aéreo em agosto, o estado deu vitória a Marina Silva, que o substituiu, no primeiro turno das eleições. Historicamente, no plano federal, os pernambucanos sempre deram vitórias esmagadoras ao PT. Ontem, Dilma e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fizeram uma maratona do sertão à capital. Realizaram comício em Petrolina, terra do senador eleito Fernando Bezerra Coelho (PSB), que anunciou apoio a Aécio Neves, visitaram uma fábrica de automóveis em Goiana e concluíram com uma caminhada pelas ruas do Centro do Recife.

A investida é uma reação à família Campos, que, no segundo turno, declarou apoio ao candidato tucano. Em Goiana, a petista negou retaliações do governo federal a Pernambuco. “Nunca fizemos retaliações. Tanto é assim que durante o meu governo foram transferidos R$ 6 bilhões. No governo do PSDB, foram apenas R$ 600 milhões”, afirmou. Na semana passada, o secretário da Fazenda de Pernambuco, Décio Padilha, reclamou de diminuição de repasses nos últimos meses e da não renovação do Programa de Reestruturação e Ajuste Fiscal (PAF), que permite contratação de empréstimos com bancos públicos.

Dilma também afirmou que, se reeleita, manterá boas relações com o governador eleito no estado, Paulo Câmara (PSB). “Não haverá tratamento diferenciado, porque o governador foi eleito pelo povo e ele é um parceiro. Os meus parceiros são o povo quem escolhe”, disse. Ainda no discurso que fez, falou do fortalecimento dos bancos públicos durante o governo PT.

“O ativo do Banco do Brasil era de R$ 204,6 bilhões em 2002. Hoje é de R$ 1,401 trilhões. O BNDES tem um ativo oito vezes superior ao de 2002. Nós valorizamos os bancos públicos… O financiamento da Fiat (nova fábrica no estado) foi pelo BNDES, o Minha Casa, Minha Vida, seguro desemprego e abonos salariais são por bancos públicos”, falou.

A presidente também comparou o percentual de inadimplência dessas instituições financeiras com as privadas. “A inadimplência do Banco do Brasil é de 2%, a da Caixa é de 2,8% e a do BNDES, 0,07%. Enquanto isso, a dos privados é de 4%”, detalhou. “Número eu sei que é chato, mas número é incontroverso. Ninguém pode ficar discutindo com número”, disse a presidente. “Qualquer tentativa hoje de enfraquecer bancos públicos dizendo que eles não dão lucro ou que têm poucos ativos está fadada ao fracasso”, afirmou.

Ao deixar Goiana, Dilma e Lula foram de helicóptero para o Recife. Os militantes se concentraram no Parque 13 de Maio e caminharam até a Praça da República, no Centro. Os dois foram acompanhados pelos senadores Humberto Costa (PT) e Armando Monteiro Neto (PTB), a presidente estadual da sigla, deputada estadual Teresa Leitão, e os deputados federais Pedro Eugênio e Fernando Ferro, ambos petistas.


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